Novo discurso golpista, escreve o “Estadão”, do Presidente do Brasil num ato curto e simples na Avenida Paulista, artéria central de São Paulo, na tarde de 7 de setembro. Ameaçou ministros, jurou que nunca mais lhes obedecerá em novo ataque ao Poder Judiciário.
Dirigindo-se aos milhares de apoiantes que ali se deslocaram enchendo as vias mandou recados eleitoralistas: “Quero dizer aqueles que querem me tornar inelegível em Brasília que só Deus me tira de lá”. “Quero dizer aos canalhas que eu nunca serei preso”, concluiu.
Jair Bolsonaro repete a mentira esperando que se torne verdade, sem nunca apresentar provas que sustentem as afirmações, dizendo que as urnas electrónicas usadas pela Justiça Eleitoral não são seguras: “Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança por ocasião das eleições”, disse Bolsonaro. Uma alegação enganosa, escreve o “Estadão”, já que o sistema tem vários mecanismos de segurança que sempre funcionaram. “Desde a sua implementação em 1996, nunca houve prova ou evidências de fraudes” envolvendo urnas electrónicas. E a introdução do voto impresso foi rejeitada pela Câmara dos Deputados em agosto.
Na Avenida Paulista, montado no carro de som, Bolsonaro gritou que não obedeceria. Usou a recusa do voto impresso para radicalizar os seus apoiantes e ataca o processo eleitoral numa altura em que a sua popularidade está em queda. Em maio passado, comentou uma pesquisa de intenção de voto que apurou que ele perderia as eleições a favor de Luís Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) dizendo “Esse canalha, pela fraude, ganha as eleições do ano que vem”.
Em Brasília, os apoiantes indefectíveis de Bolsonaro tomaram as ruas para apoiarem um golpe de Estado liderado pelo Presidente. Em Brasília, depois de confrontos com a polícia, tal como noutras 24 cidades capitais de todo o país, a força de apoio foi ruidosa: “Presidente Bolsonaro faz uma intervenção. As nossas forças armadas estão empenhadas na democracia e na nossa liberdade”.
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Afeganistão 1. Os talibãs anunciaram um novo Governo no Afeganistão, país que passa a ser um “Emirado Islâmico”. O líder do novo Governo interino é Mullah Mohammad Hassan Akhund, um dos fundadores do movimento, cujo nome figura na lista de sanções das Nações Unidas. Não inclui mulheres. É quase exclusivamente de etnia pastune. Reportando a partir de Cabul, o correspondente da Aljazeera disse que muitos dos nomeados eram “velhas caras” do governo de 1996 a 2001.
Afeganistão 2. Caiu o Vale do Panjshir, região montanhosa considerada inexpugnável em 40 anos de guerra e única bolsa ainda não tomada pelos talibãs. O líder da resistência, Ahmed Massoud, não aceitou a derrota. Encontra-se em parte incerta, afirma ter do seu lado forças do exército regular afegão e milícias locais e é o filho do famoso mujahedin Ahmed Shah Massoud, assassinado a 7 de setembro de 2001, depois de avisar repetidamente o Ocidente de que Osama Bin Laden preparava um ataque ao Ocidente de larga escala. “Estamos no Panjshir e a nossa resistência vai continuar”, escreveu na sua conta de Twitter.
Afeganistão 3. Só os tiros para o ar disparados pelos talibãs dispersaram as manifestações nas ruas de Cabul que clamaram ao longo de toda a terça-feira por liberdade. As pessoas responderam às centenas ao apelo de Ahmed Massoud para que resistissem à ocupação talibã.
Afeganistão 4. Face a um desfecho indesejável, parte do investimento norte-americano ao longo das últimas décadas no Afeganistão poderá virar-se contra a população do país. É o caso, divulgado pela Associated Press, da base de dados, incluindo biométricos, da população afegã construída com o objetivo de promover a lei e a ordem e o controlo modernizando um Estado destruído por décadas de guerra. Os dados caíram nas mãos dos talibãs e podem vir a ser usados para pressão social e punição de supostos inimigos de um Estado.
Medida excecional é como a Comissão Europeia classifica as multas impostas à Polónia por se recusar a obedecer às medidas do Tribunal de Justiça Europeu que procuram repor o normal funcionamento da justiça no país.
Manifestantes anti-vacinas atiram gravilha a Justin Trudeau.
Líderes dos grupos de vigília por Tiananmen foram presos em raide policiais em Hong Kong.
Acapulco foi atingido por um sismo de magnitude 7 na escala de Richter. Há pelo menos um morto a registar
Oposição de Myanmar anuncia “guerra defensiva” contra a junta militar.
Escalões do IRS desdobram. Veja como. Porque falta saber quanto.
(Alguns portugueses vão duvidar, mas) Este foi o verão com temperaturas mais altas desde que existem registos: 48,8º na Sicília e 48º em Atenas.
Quatro em cada cinco adolescentes já foram vacinados contra a covid-19, escreve o Público em manchete enquanto o jornal i refere que as escolas perderam mais de 400 mil alunos em dez anos; Ciganos usam disciplina de voto e decidem quem vai ganhar eleições em Moura, escreve o DN e o JN destaca Seguradora condenada em acidente mortal com carro elétrico demasiado silencioso.
Seleção portuguesa vence o Azerbaijão (3-0) em jogo de qualificação para o Mundial de 2022.
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Caro leitor, boa leitura.