terça-feira, 30 de abril de 2013

Presidente Argelino Não Tem Dano Permanente Após D, Diz Agência

Argélia-O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, foi transferido na noite sábado passado para a França para realizar exames médicos, depois de sofrer um derrame, que, segundo a agência de notícias oficial argelina, não havia causado danos permanentes.

Bouteflika, que governa por mais de uma década o país do norte da África, produtor de gás e petróleo, teve "ataque isquêmico transitório" ou um mini-derrame no sábado.

O médico Rachid Bougherbal afirmou, de acordo com a agência de notícias, que o impacto do derrame não seria permanente. "O estado de saúde do presidente está progredindo, e ele não sofreu danos irreversíveis".

Um ataque isquêmico transitório é um bloqueio temporário no fluxo sanguíneo para o cérebro e é considerado um alerta, pois um terço das pessoas que têm esse tipo de ataque acaba sofrendo um derrame mais sério.

Bouteflika, de 76 anos, é parte de uma antiga geração de líderes que têm dominado a política da ex-colônia francesa. Nos últimos meses, o presidente não tem aparecido muito em público, o que leva a especulações sobre a sua saúde.

Ele foi transferido para um hospital militar francês, depois da recomendação dos seus médicos. O ministro do Exterior da França, Laurent Fabius, desejou que Bouteflika, "um amigo da França", se recupere logo.

Durante a recente Primavera Árabe, o governo de Bouteflika evitou os protestos com aumento de salários e empréstimos para os jovens. Cerca de 70% dos argelinos têm menos de 30 anos, e 21 por cento dos jovens não têm emprego.

UE Doa 200 Mil euros Para a Luta Contra a Cólera

 

Guiné-Bissau-A União Europeia (UE) anunciou sábado, que irá doar à Organização Mundial de Saúde (OMS) 200 mil euros para a luta contra a cólera na Guiné-Bissau.

Em comunicado divulgado em Bissau pela delegação da UE, a organização lembra que «ainda persistem casos residuais e há receios do reaparecimento da doença».

O investimento permitirá, assim, fortalecer a deteção, gestão e o acompanhamento de casos de colares do país, seis meses depois de uma epidemia.

Segundo a UE, desde outubro de 2012 foram detetados quase quatro mil casos de cólera na Guiné-Bissau.

«O objetivo principal deste financiamento é permitir à OMS melhorar a sua capacidade de intervenção na luta contra a cólera», afirmou o embaixador Joaquín González-Ducay, chefe da delegação da UE em Bissau.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Agricultores da Guiné-Bissau Preocupados Com Preços Baixos do Caju

Bissau - Os agricultores da Guiné-Bissau consideram baixos os preços de venda de caju, o principal produto do país, e querem a intervenção do governo para que haja mais compradores e por isso mais concorrência e melhores preços.
 
Os agricultores e a Câmara de Comércio reuniram-se em Bissau com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros, e o presidente da Assembleia Nacional (e Presidente da República em exercício dado a ausência do país do Presidente de transição), tentando sensibiliza-los para o problema.
 
"A situação no terreno é precária, os preços não são os melhores. Estão a 100 francos (15 cêntimos) o quilo, no máximo 150 francos. E há troca de caju por arroz, um quilo de arroz por três de caju. Isto é inaceitável", disse aos jornalistas o presidente da Associação Nacional de Agricultores, Mamasamba Embaló.


Tribunal da Guiné-Bissau Condena Capitão a Cinco Anos de Prisão por Ataque a Quartel

Bissau - O capitão do Exército bissau-guineense Pansau N'Tchama foi condenado a cinco de prisão efectiva, pelo ataque ao quartel dos para-comandos em Outubro passado. O tribunal regional de Bissau absolveu ainda oito militares por falta de provas.
 
Pansau N'Tchama, Jorge Sambu e Braima Djedju foram acusados de crimes de traição à pátria e uso indevido de armas de fogo. Por isso, o tribunal regional de Bissau condenou-os a cinco anos de reclusão efectiva, informa a rádio francesa RFI.
 
Um outro militar foi condenado a quatro anos de prisão, dois a penas de três anos e seis meses e três ficarão presos durante três anos. Do grupo, sete militares e um civil foram absolvidos por falta de provas.
 
O tribunal concluiu que Pansau N'Tchama, a mando do ex-chefe das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Zamora Induta, tentou subverter a ordem constitucional no país, numa operação que teria sido preparada a partir da Gâmbia. A operação culminou com o ataque ao quartel dos para-comandos em Bissau.
 
Mbisan Na N'Quilin, porta-voz do colectivo de advogados de defesa, salientou o facto de pela primeira vez "um caso militar" ter sido julgado na Guiné-Bissau, mas afirmou que a defesa não concorda com as sentenças.

Comissão Europeia e Comissão da União Africana Reúnem-se Para Preparar a Próxima Cimeira África-UE

 Adis AbebaO Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e seis Comissários europeus irão reunir-se com os seus homólogos da União Africana (UA), em 25 e 26 de Abril, em Adis Abeba, Etiópia. Este evento de alto nível, que decorre no âmbito do 50.º aniversário da Organização da União Africana (OUA), irá lançar os preparativos da Quarta Cimeira África-UE, a realizar em Bruxelas em Abril de 2014.
 
Esta reunião será uma oportunidade para intensificar a cooperação bilateral e o diálogo político entre os dois continentes, promover interesses partilhados e fazer face a desafios regionais e globais comuns no âmbito da Estratégia Conjunta África-UE.
 
A este propósito, o Presidente José Manuel Durão Barroso declarou: «A África e a Europa são os vizinhos mais próximos um do outro. A parceria entre a Comissão Europeia e a União Africana tem vindo a tornar-se cada vez mais importante com o tempo. Congratulo-me com a próxima reunião dos nossos dois Colégios (C2C), um acontecimento que simboliza a cooperação, a convergência e a cumplicidade existentes entre as duas organizações congéneres que estão na origem da integração regional tanto na Europa como em África. Podemos estar orgulhosos de tudo o que conseguimos realizar em conjunto até à data. E estou convencido de que podemos ir muito mais longe no futuro, fazendo face, em conjunto, aos nossos desafios comuns, desde a ação para o clima à segurança regional, erradicando a pobreza e partilhando as vantagens do comércio e do crescimento.»
 
A UE é o principal parceiro comercial de África e continua a ser o seu doador mais importante. Os países africanos receberam cerca de 24 mil milhões de euros de ajuda pública ao desenvolvimento (APD) da UE no período de 2007 a 2012.
 
Mais recentemente, a UE concedeu 50 milhões de euros para apoiar a Missão Internacional de Apoio ao Mali sob liderança africana (AFISMA) através do Mecanismo de Apoio à Paz em África, que apoia a União Africana e as organizações regionais africanas na realização de operações de manutenção da paz, como a AMISOM, na Somália, e a MICOPAX, na República Centro-Africana. Através do Mecanismo de Apoio à Paz em África, a União Europeia suporta principalmente as despesas não-militares da força, como as ajudas de custo diárias, as despesas médicas e de transporte. Desde 2004, a UE afetou mais de 1100 milhões de euros através do Mecanismo de Apoio à Paz em África para evitar conflitos e promover a paz, por exemplo no Darfur, na Somália e na República Centro-Africana.
 
O encontro entre as duas Comissões iniciar-se-á com os discursos inaugurais da Presidente Nkosazana Dlamini-Zuma e do Presidente José Manuel Durão Barroso, seguidos de uma discussão plenária, bem como de reuniões temáticas dos Comissários. As discussões irão abranger a integração regional, o comércio e as infraestruturas, a governação económica e as matérias-primas, bem como questões aduaneiras e fiscais. Outros assuntos importantes serão o ambiente e a ação para o clima, a energia e a agricultura sustentáveis, a segurança dos alimentos e a segurança alimentar, a resiliência, a educação, o emprego, a saúde e as migrações.
 
A África e a Europa partilham um mesmo desafio que consiste em consolidar um crescimento económico sustentável e garantir o seu caráter inclusivo na criação de emprego, em especial para as mulheres e os jovens, sendo necessária uma ação coordenada a nível continental, regional e nacional para atingir este fim. Neste contexto, as questões relativas ao comércio, à integração regional, à agricultura e às matérias‑primas farão parte dos principais pontos da ordem de trabalhos.
 
Em matéria de educação, saúde e emancipação dos jovens e das mulheres, bem como do desenvolvimento do capital humano, os Comissários irão analisar os meios para cooperar de forma mais estreita para enfrentar os desafios estruturais e contribuir, deste modo, para a prosperidade económica.
 
Aquando desta 6.ª sessão anual conjunta dos colégios africano e europeu, o Presidente José Manuel Durão Barroso será acompanhado pelos Comissários Andris Piebalgs (desenvolvimento), Karel de Gucht (comércio), Kristalina Georgieva (cooperação internacional, ajuda humanitária e resposta a situações de crise), Connie Hedegaard (ação climática), Dacian Cioloş (agricultura e desenvolvimento rural) e Algirdas Šemeta (fiscalidade e união aduaneira, auditoria e luta contra a fraude).
 
A parceria estratégica entre a África e a UE persegue objetivos comuns e visa alargar o diálogo político e as iniciativas concretas a novas áreas de interesse comum, num espírito de igualdade entre os parceiros.
 
Oitenta Chefes de Estado e de Governo de África e da Europa adotaram a Estratégia Conjunta África-UE na Cimeira de Lisboa, em Dezembro de 2007. Ambas as partes acordaram em perseguir, em conjunto, interesses e objetivos estratégicos comuns, além das questões tradicionais do desenvolvimento, do âmbito geográfico exclusivo de África e das instituições, associando mais à sua ação os parlamentos e os doadores, incluindo o setor privado, a sociedade civil e os jovens. A Estratégia Conjunta África-UE define uma visão partilhada a longo prazo do futuro das relações entre a África e a UE num mundo globalizado.A próxima Cimeira África-UE deverá realizar-se em Bruxelas, em abril de 2014.
 
A União Africana e a Comissão da União Africana
A UA, organismo sucessor da Organização da Unidade Africana (OUA), foi criada em 2002 e conta atualmente 54 Estados Membros. Constitui a instituição continental mais importante e a principal organização no domínio da paz e da segurança em África. Tem por objetivos principais instaurar a unidade e a solidariedade no continente, alcançar a integração política e económica, promover a paz e a segurança, instituições e princípios democráticos, bem como o desenvolvimento sustentável.
 
A Comissão da UA, composta pelo Presidente, um Vice-Presidente e oito Comissários, é a principal instituição que assegura a gestão corrente da União Africana e o principal interlocutor da Comissão Europeia na Parceria Estratégica África-UE. Tem a sua sede em Adis Abeba e possui atualmente cerca de 1500 efetivos. Em 2012 foi eleito um novo Colégio, sendo o cargo de Presidente ocupado pela Dra. Nkosazana Dlamini-Zuma. A maior parte dos novos Comissários da UA já entraram em funções.

Ban Ki-moon Saúda Progresso na Retomada de Diálogo Político na Guiné

Guiné-Conakri-O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon divulgou quarta-feira (24) uma declaração através de seu porta-voz, saudando o progresso obtido pela Guiné na retomada do diálogo político.
 
Ban revelou que o governo, a oposição e a equipa presidencial assinaram dia 23 uma declaração conjunta apelando para que todos os partidos políticos não se realizem manifestações violentas e que estão determinados em resolver questões pendentes através de negociações pacíficas. Ban ainda saudou a garantia feita pelo presidente da Guiné Alpha Conde de tomar as medidas necessárias para manter a transparência e credibilidade da eleição parlamentar.
 
O secretário-geral da ONU ainda encorajou o governo e líderes da oposição da Guiné-Conakri a realizar diálogos construtivos para enfrentar desafios surgidos no processo eleitoral, a fim de manter a paz e estabilidade no país.

China Entregou à Guiné-Bissau 110 Postes de Iluminação Solar

eletricidade

Guiné-Bissau-A China entregou às autoridades da Guiné-Bissau 110 postes de iluminação solar de via pública para colmatar a falta de energia recorrente na cidade de Bissau.

 
No ato da entrega formal dos postes, realizado terça-feira à noite, o primeiro-ministro do Governo de transição, Rui de Barros, elogiou a China pela forma como tem vindo a consentir sacrifícios em prol do povo da Guiné-Bissau.
 
"É um gesto muito importante que o povo da Guiné-Bissau agradece do fundo do coração ao povo chinês, pelo sacrifício que tem consentido em prol da Guiné-Bissau", disse Rui de Barros, salientando que a segurança pública ficará reforçada em Bissau.
 
O projeto, cujo valor global não foi revelado, consiste na fixação de 110 postes de energia solar nalgumas avenidas da capital guineense, sobretudo nas zonas circundantes da Câmara Municipal de Bissau, perímetro da presidência da República e alguns bairros adjacentes.
 
O embaixador da China na Guiné-Bissau, Li Baojun, afirmou que o seu país tem sempre a preocupação com o ambiente "por corresponder aos princípios da cooperação da China com a África" um continente que, notou, "tem uma abundância de energia natural".
 
O presidente da Câmara Municipal de Bissau, Artur Sanha, considerou que a capital do país passa a ser mais segura com a iluminação pública o que, enalteceu, irá dar uma outra qualidade de vida aos citadinos.
 
"São 110 postes que são inaugurados e entregues ao Governo de transição, mas é verdade que não são suficientes tendo em conta a demanda real desses equipamentos", frisou Artur Sanhá.
 
A capital da Guiné-Bissau, e quase todo país, tem estado sempre às escuras devido à falta de energia eléctrica da rede pública. Em Bissau, por norma, ou falta gasóleo para alimentar os geradores ou há problemas técnicos na central elétrica, o que faz com que a capital esteja quase sempre sem electricidade.
 
Como alternativa, as autoridades do país estão a tentar colocar sistemas de energia solar, com apoio nomeadamente das Nações Unidas e da China.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Rainha Beatriz da Holanda Abdica Fafavor do Filho Guilherme

Holanda-A rainha não está morta, viva o rei! Nas últimas seis décadas, tem sido esta a proclamação que acompanha o anúncio da subida ao trono de um novo monarca na Holanda, uma tradição sem igual nas restantes monarquias europeias.
 
Segunda-feira, foi a vez da rainha Beatriz abdicar voluntariamente do topo da monarquia constitucional do país. O sucessor é o seu filho Guilherme Alexandre, que será investido no final de Abril.

"É com a maior confiança que entregarei o trono ao meu filho Guilherme e à sua esposa Máxima, no dia 30 de Abril", anunciou a monarca numa comunicação ao país — a três dias de comemorar 75 anos de idade —, em que se declarou "convencida" de que ambos estão "preparados para assumir a responsabilidade".

Beatriz rejeitou a ideia de que a idade começava a pesar e apontou outro motivo para a sua decisão: "Não abdiquei porque o cargo era pesado de mais para mim, mas porque a responsabilidade por este país deve recair nas mãos de uma nova geração."

Na hora da saída, as palavras da rainha Beatriz curvaram-se perante o povo holandês: "Agradeço-vos muito a confiança que em mim depositaram nestes anos em que tive o privilégio de vos servir como rainha."

A decisão da rainha Beatriz mereceu uma reacção imediata do primeiro-ministro, Mark Rutte, que destacou o envolvimento da monarca no acompanhamento de desastres naturais no país.

"A rainha esteve sempre presente nos bons momentos, mas também nos maus momentos. O seu conhecimento e compaixão fizeram dela um ícone da Holanda", lê-se num comunicado do primeiro-ministro, citado pelo site do jornal britânico The Guardian.

Os rumores sobre a saída de Beatriz do trono da Holanda já circulavam há mais de um ano. Em Janeiro de 2012, no dia do seu 74.º aniversário, tudo levava a crer que Guilherme Alexandre iria ser investido ainda nesse ano. Era o próprio Governo de centro-direita que o dava a entender. "O príncipe herdeiro, Guilherme, está pronto para reinar", frisou então um porta-voz governamental.

A própria rainha admitiu  segunda-feira que a ideia estava a ser equacionada há muito tempo: "É uma boa altura para tomar esta decisão, que já estava a ser pensada há alguns anos."

A confirmação chegou pela boca da própria rainha, mas o acto em si não é uma novidade para os súbditos holandeses. Desde que a rainha Guilhermina abdicou do trono a favor da sua filha Juliana, em 1948, a casa real da Holanda não tem abdicado desta tradição: o herdeiro não precisa de esperar pela morte do regente para ser investido. Trinta e dois anos depois, foi a vez de Juliana sair de cena e deixar o trono a Beatriz, que tem chefiado o Estado desde 1980.

O futuro rei, o príncipe Guilherme Alexandre, tem 45 anos e é casado com a argentina Máxima Zorreguieta, de 41 anos, filha de Jorge Zorreguieta, ministro da Agricultura no regime de Jorge Rafael Videla, considerado por muitos o ditador mais cruel da América Latina.

Guilherme e Máxima casaram-se no dia 2 de Fevereiro de 2002, numa cerimónia que não contou com a presença da família da noiva devido à imagem negativa de Jorge Zorreguieta na Holanda.

Com a cerimónia de investidura marcada para 30 de Abril, Guilherme Alexandre será também o primeiro rei da Holanda em mais de 100 anos, depois de Guilhermina (1890-1948), Juliana (1948-1980) e Beatriz.

Catherine, Duquesa de Cambridge, Segura na Pá e Planta Uma Árvore


Canadá-No decorrer da viagem do príncipe William e da sua mulher Catherine, Duquesa de Cambridge. ao Canadá, houve uma tarefa a cumprir: plantar uma árvore. Kate mostrou-se à altura!

Parlamento Francês Arova Casamento e Adoção Por Casais Homossexuais

França-O Parlamento francês aprovou a lei que autoriza o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por casais homossexuais. Os deputados da câmara baixa da Assembleia Nacional, onde o Partido Socialista do Presidente francês François Hollande tem a maioria, aprovaram a lei com 331 votos a favor e 225 contra. A França torna-se assim o 14º país a autorizar o casamento homossexual.


A maior parte dos votos a favor veio dos deputados de esquerda e os votos contra vieram maioritariamente da direita.

A oposição de direita anunciou que vai enviar o texto para ser fiscalizado pelo Conselho Constitucional, que deverá pronunciar-se nas próximas semanas, antes da entrada em vigor da lei, prevista para os próximos meses.

O texto do chamado projeto de lei Taubira foi votado "conforme", sem modificações em relação ao texto aprovado no Senado na semana passada.

A França é o 14º país a autorizar o casamento para casais homossexuais e o nono a fazê-lo na Europa.

UE Apoia Envio de Mais 2.000 Militares da CEEAC

Bruxelas - A União Europeia (UE) apoiou domingo o envio para a República Centro Africana de 2.000 soldados da Comunidade Económica de Estados da África Central (CEEAC) e exortou todas as partes no país a manterem a calma.


A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, assinalou em comunicado a preocupação "pela contínua deterioração da situação de segurança" no país e as supostas violações dos direitos humanos pela coligação rebelde Séléka, no poder.


Ashton apelou ao fim "dos saques" e "dos abusos" no país e apelou a todas as partes para tomarem "medidas concretas para proteger a população civil, restaurar a ordem pública e a segurança e terminar com o recrutamento e utilização de crianças em grupos armados".


A chefe da diplomacia europeia expressou ainda satisfação pela decisão dos líderes da CEEAC em aumentar "significativamente" a força multinacional enviada para a República Centro-Africana e reiterou a condenação da tomada do poder pela Séléka.


A 24 de Março, as forças do Séléka derrubaram num golpe de Estado o Presidente François Bozizé, que também subiu ao poder através de uma rebelião militar em 2003 e que aguarda pelo exílio num país da África ocidental.


Desde a tomada do poder pelo Séléka registaram-se vários confrontos, que já causaram pelo menos 119 mortos e 456 feridos, de acordo com um balanço da Cruz Vermelha centro-africana.


Reunidos quinta-feira numa cimeira extraordinária em N'Djamena, capital do Chade, os líderes dos países da África Central decidiram enviar mais 2.000 militares para a República Centro Africana.

Portugal é a Sétima Economia Mais Lenta do Mundo

Portugal-A economia nacional ( de Portugal)foi, nos primeiros dez anos do século XXI, uma das mais lentas do mundo, dizem dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os números do FMI só vão até 2018 mas, mesmo excluindo 2011 e 2012, dois anos de recessão, a economia nacional está entre as mais lentas e prepara-se para continuar a cumprir essa tendência.

Apenas outros seis países apresentaram pior desempenho em termos de crescimento económico: Guiné-Equatorial, São Marino, Suazilândia, Micronésia, Itália e Espanha.

A austeridade e a recessão na zona euro parecem ser as principais causas para Portugal, Itália e Espanha.
                       

António Poderá Entregar-se às Autoridades dos EUA

Bissau - O Porta-voz do Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau disse,  sábado passado, 20 de Abril, que se as investigações «confirmarem a implicação António Indjai no tráfico de droga para os EUA, o Chefe da Armada guineense irá apresentar-se à justiça como qualquer outro cidadão».
 
Em conferência de imprensa realizada este sábado, Daba Na Walna, porta-voz do Estado-maior General das Forças Armadas, disse que uma eventual detenção do Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau nunca acontecerá, como foi o caso de José Américo Bubo Na Tchuto.

«Nem quero imaginar sobre isso porque nunca acontecerá, a não ser que as investigações sejam feitas e confirmarem que ele esteve envolvido no tráfico de droga. Ele se apresentará à justiça como qualquer cidadão, agora, como foi o caso de Bubo, esperamos que isso não aconteça», disse Daba Naualna.

O responsável disse que as Forças Armadas estão dispostas a colaborarem com as autoridades americanas, se assim for o entendimento do Governo de transição, e adiantou que, até à data, as Forças Armadas não foram solicitadas em relação a este processo.

Interrogado sobre a participação do António Indjai na operação de tráfico de droga, Na Walna disse que não confirma nem desmente estas acusações.

«Não confirmo nem desminto este assunto. Quem tem competência para este efeito são os tribunais», esclareceu Daba Na Walna, e descreveu os sentimentos de António Indjai sobre as acusações de que está a ser alvo pelos EUA, dizendo que está frustrado, desesperado, agoniado e triste com tudo o que se fala sobre ele.

«Nenhum homem de bem ficaria tranquilo ouvindo o seu nome ser relacionado com a prática de crime, é muito natural que ele se encontre nesta situação por tudo quanto se fala, considerado um conspirador contra os EUA e, quem conspira contra EUA tem problemas sérios».

Este oficial das Forças Armadas considerou as acusações contra Indjai de uma «propaganda barata» que irrita os militares, sublinhando que António Indjai está a ser crucificado antes de ser jugado.

«Nós estamos a imolar a honra do General Indjai no altar da liberdade da imprensa», disse Daba Na Walna.

Sem mencionar os nomes, Daba Na Walna disse acreditar haver uma mão política invisível no caso, tendo denunciado a existência de barco que recentemente atracou e saiu no porto de Bissau, sem que alguém pronunciasse nada, além das drogas desaparecidas no tesouro público.

A ocasião serviu ainda para este responsável militar confirmar que José Américo Bubo Na Tchuto não foi capturado em águas internacionais.

Em relação à prestação da secreta americana na Guiné-Bissau que culminou com esta detenção, Daba Na Walna explicou que um destes agentes se apresentou no Estado-maior General das Forças Armadas como empresário israelita, querendo investir no fornecimentos de fardamentos e viaturas aos militares, tendo a tal proposta sido, na altura, recebida com alguma prudência por António Indjai. Era uma armadilha para o levarem, como aconteceu com Bubo Na Tchuto.

«Os agentes americanos infiltraram-se como traficantes de droga e terão aliciado Bubo para participar em tudo e depois envolver Indjai, sabendo que, há algum tempo, os dois estavam de costas viradas», referiu o porta-voz das FA, pedindo mais investigações sérias e a captura das pessoas que vendem as armas, para que o autor não seja deixado de fora.

«O verdadeiro traficante de armas pode estar a rir agora dos esforços internacionais no combate à criminalidade organizada, porque se inventou traficante de arma quando o verdadeiro ficou impune em liberdade», declarou Daba Na Walna.

De referir que, na altura em que decorria o encontro com a imprensa, o Chefe do Estado-maior General das Forças Armadas, António Indjai encontrava-se reunido com as Chefias do Estado-maior, para abordar os últimos acontecimentos sobre este caso, junto das instalações do Clube das Forças Armadas.

terça-feira, 23 de abril de 2013

BM Vai Conceder 76,4 Milhões de Euros Para Apoio Aos Mais Pobres

Maputo - O Banco Mundial vai conceder um crédito de 76,4 milhões de euros a Moçambique, para promover o benefício da exploração dos recursos minerais a favor da população e apoio à assistência social aos pobres, anunciou o Governo moçambicano, citado pela Lusa. 

Um comunicado de imprensa do Ministério da Planificação e Desenvolvimento refere que o Banco Mundial vai desembolsar 38,2 milhões de euros para programas que visam reverter a favor das comunidades a exploração das enormes reservas de recursos minerais que têm sido descobertas no país. 

Outros 38,2 milhões de euros serão destinados ao Programa de Assistência Produtivo, destinado a famílias moçambicanas extremamente pobres, indica a nota de imprensa. 

Segundo o Ministério da Planificação e Desenvolvimento, o apoio vai beneficiar cerca de 100 mil pessoas residentes em 40 distritos e cinco municípios.

O comunicado diz ainda que o Banco Mundial vai conceder 68,4 milhões de euros para o apoio à agricultura em Moçambique, Malawi e Zâmbia, visando promover a produtividade agrícola na África Austral, região a que os três países pertencem.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

«Nunca Cortamos Relações Com Angola», Diz porta – voz do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné

Guiné-Bissau-O porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da Guiné – Bissau, Daba Na Walna, disse Sexta-feira, que o seu País nunca cortou relações diplomáticas e de amizade com Angola nem Portugal e com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

“Paulatinamente às portas se estão a abrir de novo”, disse Na Walna em entrevista à Agência Lusa.

“Nunca cortamos relações com Angola, com Portugal e com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa no seu todo. Sempre estivemos abertos no aprofundamento das relações de amizade entre os nossos povos”, acrescentou o responsável militar.

O oficial militar abordou igualmente a actual situação da Guiné-Bissau, destacando ser praticamente impossível realizar eleições gerais ainda este ano por falta de agenda nacional que balize o período de transição.

Ao ser solicitada uma data exacta para as eleições, Na Walna disse que prefere dizer o que o Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, tem dito.

“Assumiria a posição do Presidente da República. Que não é apologista de uma transição ‘ad eternum’ (sem fim) mas também não é apologista de uma transição feita à pressa”, disse Na Walna, atirando “as culpas” para a classe política por aquilo que diz ser a estagnação geral do país.

“Trinta e nove anos já se passaram desde a independência, vejam o que o nosso país é. Isto é uma miséria. Digo isso francamente, quando oiço políticos a dizerem que são políticos, eu pergunto, mas qual a vossa experiencia política, que não se traduz em bem-estar social do povo. O país está como está. A capital Bissau está com ruas esburacadas, isto não obstante o país ser rico em recurso minerais”, disse o coronel.

Para Na Walna, é “um pingue-pongue” o exercício que se faz no país sobre as eventuais responsabilidades entre os políticos e os militares sobre a situação da Guiné-Bissau.

O porta-voz do Estado-Maior citou ainda como exemplo o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, que considera preferir uma “política de terra queimada” em vez de privilegiar o interesse nacional.

Na Walna disse ter ficado perplexo quando ouviu Gomes Júnior a afirmar que se for eleito Presidente da República não irá respeitar os acordos assinados pelo actual governo de transição.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ministros Franceses Vão Declarar Bens Publicamente

Ministros franceses vão declarar bens publicamente
França-O Governo francês ordenou que os ministros declarem os seus bens publicamente dentro de dias, numa tentativa de controlar os danos do escândalo de fraude fiscal que envolveu um ex-ministro.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, anunciou  segunda-feira que os ministros têm até dia 15 deste mês para publicar os detalhes dos seus bens, iniciativa incluída num pacote de novas medidas de transparência financeira.

De acordo com a AFP, na mesma declaração, o governante francês afirma que o executivo vai avançar com uma legislação de transparência financeira entre ministros e outros cargos de topo a 24 de Abril, tencionando que esta seja adotada no verão.

Esta medida surge numa altura em que o presidente Francois Hollande se debate para conter o escândalo que envolve o ex-ministro do Finaças Jerome Cahuzac, que na semana passada foi acusado de fraude fiscal, depois de admitir que tinha uma conta bancária não declarada no estrangeiro.

"O primeiro-ministro está a preparar um pacote de medidas para assegurar a total transparência dos bens dos políticos e das equipas que trabalham com os ministros, o presidente e o primeiro-ministro", pode ler-se na mesma declaração.

Jean-Marc Ayrault disse ainda que as medidas serão tomadas para "punir mais severamente violações do direito e ética financeiro e regras de integridade, e para reforçar a luta contra a fraude fiscal e os paraísos fiscais".

terça-feira, 9 de abril de 2013

Morreu Margaret Thatcher

Londres-A antiga primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, morreu segunda-feira, aos 87 anos, em resultado de um acidente vascular cerebral. A revista Time considerou-a uma das cem figuras mais influentes do século XX, e poucos britânicos discordarão da sua presença na selectiva lista, mesmo os mais atingidos pela cura de austeridade que a Dama de Ferro aplicou como remédio ao declínio económico do Reino Unido. Mulher de convicções fortes, impôs a sua “revolução conservadora” ao país, criando uma era a que emprestou o nome.
 
Margaret Thatcher foi a primeira (e única) primeira-ministra da velha Albion, quando a presença de mulheres no cargo era ainda um facto estranho – só não foi pioneira porque antes dela houve “gigantes” como Indira Ghandi e Golda Meir.
 
Num tempo em que a política era ainda integralmente masculina, Thatcher não dava especial importância ao facto de ser a primeira mulher em tais funções, mas citava Sófocles quando a questionavam sobre isso: “Quando uma mulher está em condições de igualdade com um homem, torna-se superior.” E os que a conheceram de perto lembram a importância que dava à aparência – “Sempre que entrava na casa de banho das mulheres, lá estava Margaret a passar um vestido a ferro”, contou à ITV uma antiga rival política.
 
Thatcher também nunca usou o facto de ser mulher para cativar eleitores. Foi uma “máquina de ganhar eleições”, mas nunca trocou votos por simpatia. “Suspeito que nenhum outro líder do nosso tempo será capaz de manifestar tanta vontade de resistir ao desejo de agradar”, escreveu o seu biógrafo Hugo Young. Foi assim quando os cortes que aplicou na despesa lançaram milhões no desemprego, quando assistiu sem ceder à morte de presos do IRA em greve de fome e, sobretudo, quando em 1984 venceu o longo braço de ferro com os mineiros em greve para, logo a seguir, limitar o poder dos sindicatos.
 
Quando abandonou o Governo, em 1990, tinha invertido o ciclo de declínio do Reino Unido (com um PIB que era, em 1979, 30% inferior ao da França) e o “homem doente da Europa” transformara-se numa economia liberal em crescimento. Um país próspero, mas também muito desigual – o caminho estava preparado para a chegada de Tony Blair, um primeiro-ministro radicalmente diferente no estilo, mas que abraçou o mercado livre que herdou dela.
 
Atraída pela política
Margaret Hilda Roberts nasceu em 1925, em Grantham. Os pais, Alfred e Beatrice, eram donos de uma mercearia na pequena cidade da costa leste de Inglaterra e a família vivia no apartamento no andar de cima da loja.
 
Dos seus primeiros anos, a ex-primeira-ministra recordava os fortes laços de entreajuda da congregação metodista a que os Roberts pertenciam, mas também o envolvimento político do pai, membro do conselho local. Um “bichinho” que passou à mais nova das duas filhas.
 
Aluna nas escolas públicas de Grantham, Margaret conseguiu uma bolsa de estudo para a Universidade de Oxford, onde em 1947 se licenciou em Química, tendo como professora Dorothy Hodgkin, galardoada em 1964 com prémio Nobel. Mas às moléculas e partículas, ela preferiu a política, envolvendo-se na associação de estudantes conservadores – porta que lhe permitiu conhecer alguns dos mais influentes políticos que então visitavam a universidade.
 
Antes de completar trinta anos, candidatou-se, em 1950 e 1951, a um lugar no Parlamento por Dartford, um bastião seguro dos trabalhistas. Perdeu, das duas vezes, mas tornou-se conhecida no país por ser a mais jovem candidata a deputada. Foi em Dartford que conheceu e se casou com Denis Thatcher, um empresário local, que se tornará pai dos seus filhos gémeos, Mark e Carol, e sua fiel sombra durante os anos do poder – em público ele tratava-a por the boss”.
 
Em 1959 é finalmente eleita deputada por Finchley, um círculo a norte de Londres que representará até 1992. Em Westminster depressa conquista visibilidade: é secretária de Estado no Governo de Harold Macmillan (1957-63), integra vários governos-sombra e quando Eduard Heath derrota os trabalhistas, em 1970, escolhe-a para ministra da Educação. O tempo era de grande agitação social e nas eleições seguintes os tories regressam à oposição, que ela passou a liderar em 1975, após desafiar a liderança de Heath e derrotar os restantes candidatos logo à primeira volta.
 
Nunca antes uma mulher ocupara tal lugar entre as democracias europeias, mas Thatcher levará o feito mais longe quando vence as legislativas de 1979, no rescaldo de um longo período de greves que ficaria conhecido como o Inverno do Descontentamento.
Revolução conservadora
Eleita com o slogan “o socialismo não funciona”, mal chega a Downing Street põe em marcha a sua “revolução conservadora”, que tinha como pilares a redução da despesa e do peso do Estado na economia, a privatização de indústrias e serviços, o controlo da inflação. Um tratamento de choque que acelera a recessão e aumenta o desemprego, mas Thatcher fortalece a sua base de apoio com o fomento do “capitalismo popular”, incentivando os britânicos a comprar as casas arrendadas em que viviam ou a adquirir acções das empresas privatizadas.
 
A recessão põe em risco a sua reeleição, mas então subitamente em Abril de 1982 a Argentina invade as Falklands, ilhas a que chama Malvinas e que reclama como suas. Sem hesitar, a primeira-ministra envia as forças para a zona e após sangrentos combates as tropas britânicas recuperam o controlo das ilhas, dando um inigualável trunfo a Thatcher, que, no ano seguinte, é reeleita por esmagadora maioria.
 
Uma vitória folgada que lhe permite radicalizar a sua agenda, fomentando em igual medida ódio e admiração. Em 1984 escapa, ilesa, a um atentado do IRA, em retaliação pela morte de Boby Sands e companheiros, mas o ataque só a torna mais intransigente com o terrorismo.
 
Na política externa, é aliada incondicional dos Estados Unidos e tem em Ronald Reagan o seu modelo. Os analistas dizem que os dois líderes, que chegaram ao poder com 18 meses de diferença, eram almas gémeas – ele garantia que ela era “o melhor homem de Inglaterra”; ela falava dele como o “segundo homem mais importante da minha vida”. Formaram uma aliança inquebrável contra uma ex-URSS em declínio (foram os soviéticos quem lhe colocou a alcunha que tanto lhe agradou), que só aceitou dialogar quando Mikhail Gorbachev assumiu o poder em Moscovo.
 
Mais complicadas foram as suas relações com a Europa – “esse continente de onde só vieram problemas”, diria. Adepta do mercado único, opõe-se ferozmente às iniciativas de integração política, tornando-se a primeira dos eurocépticos.
 
Seria, ironicamente, a questão europeia a precipitar a sua queda, em 1990, três anos depois de ser reeleita pela segunda vez e quando estava no auge do poder. A construção europeia, tornada mais urgente pela queda do Muro de Berlim, divide os conservadores e leva o partido a questionar a liderança de Thatcher. A votação acontece quando a primeira-ministra está em Paris e de regresso a Londres percebe que todos a desertaram. Sem alternativas, demite-se.
 
Os doze anos seguintes passa-os em conferências pelo mundo, escrevendo livros, incluindo A Arte de Bem Governar (Quetzal, 2002), que deixaria como testamento político. Quase em simultâneo, a Dama de Ferro anuncia o abandono da vida pública, por conselho dos médicos, após ter sofrido pequenos derrames. A filha revelará depois que a mãe sofre de uma forma de demência – a sua prodigiosa memória trai-a, passado e presente confundem-se.Não desaparece dos olhares públicos – é membro vitalício da Câmara dos Lordes e irá lá em ocasiões solenes – mas a sua voz deixa de se ouvir. A morte do marido, em 2003, deixa-a mais sozinha.
 
Quando escreveu o último livro, o seu retrato acabava de ser mudado da sala dos contemporâneos para a dos históricos na National Portrait Gallery. Thatcher não mostrava ressentimento: “É justo, já se passaram onze anos desde que deixei o n.º 10. Como se diz, o mundo avançou, sob todos os aspectos.” Um mundo que ela ajudou a mudar.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CONSEQUÊNCIAS DA DECISÃO DO TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

Portugal-O Tribunal Constitucional (TC) declarou inconstitucionais 4 normas propostas no Orçamento de Estado (OE), designadamente: o corte do subsídio de férias dos funcionários públicos e dos pensionistas, as alterações redutoras dos direitos dos cidadãos no que se refere aos subsídios de desemprego e de doença, a aplicação de impostos a bolsas de investigação.
 
As primeiras por violarem o princípio da igualdade e a última por ofender o princípio da proporcionalidade, implicando a anulação de todas estas medidas, desde a data da sua entrada em vigor (1 de Janeiro de 2013). Segundo o Jornal de Negócios, estima-se que os artigos chumbados possam equivaler a cerca de 1,3 mil milhões de euros, perto de 0,8% do PIB português. A confirmarem-se estes valores, significa que a margem dada pela troika em relação ao cumprimento da meta de défice orçamental deste ano - passa de 4,5% para 5,5% do PIB - praticamente desaparece.
 
Assim sendo, o Governo fica sem margem de manobra para executar o orçamento. A posição tomada pelo TC não constitui apenas um buraco nas contas do Governo, mas tem forte impacto político. Tem também subjacente um juízo ético-moral, sobre um governo que em dois anos consecutivos faz “tábua rasa” da Constituição, com a mesma displicência com que violou os compromissos eleitorais.
 
Não foi por acaso que alguns depoimentos políticos, ontem, por parte de apoiantes da "maioria" foram declarações de oposição ao TC, como se a Constituição fosse um obstáculo á governação! Ora, quer gostemos ou não, a Constituição configura o nosso modelo de estado de direito democrático e é nela têm que ser procuradas as soluções legislativas, sob pena de estarmos a subverte-la e a desrespeitá-la! Como muito bem referiu o Presidente do TC é «a lei que tem de conformar-se à Constituição e não o contrário».
 
Na consequência da decisão do TC, o primeiro-ministro convocou para  uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros para apreciar o teor do acórdão emitido por aquele órgão. Daqui poderá sair um de dois cenários: ou o Governo apresenta a sua demissão por achar que não tem condições para cumprir a execução orçamental (situação pouco provável mas a que melhor se adequava à atual conjuntura), ou então propõe ao Presidente da República uma solução de renegociação do memorando com a Troika, juntamente com o Partido Socialista (PS também o assinou), mantendo o atual Executivo, mas comprometendo-se a fazer remodelações em alguns ministérios.
 
Seja qual for a solução adotada, será inevitável um novo orçamento, pois a declaração de inconstitucionalidade com força obrigatória de lei, com as suas consequências inerentes, altera todas as premissas. É como se o OE tivesse sido chumbado! O Presidente da República não está isento de culpas e também deverá assumir as suas responsabilidades, porque ignorou as vozes(e eram bastantes!) que defendiam uma fiscalização preventiva ao OE2013. Cavaco Silva optou por enviar o OE para fiscalização sucessiva com as consequências que estão à vista!

Como Lula Será Investigado

Brasil-Dois anos depois de deixar o Palácio do Planalto, aclamado como um dos presidentes mais populares do País, Lula se depara com o constrangimento de ser alvo de investigação cujo processo correrá na primeira instância da Justiça Federal. As recentes acusações de Marcos Valério, de que o esquema do mensalão teria ajudado a bancar despesas pessoais do ex-presidente em 2003, motivaram, nos últimos dias, a realização de uma série de reuniões entre o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, subprocuradores e pelo menos quatro ministros do STF, entre eles o presidente do Tribunal, ministro Joaquim Barbosa. Nos encontros, ficou acertado que, logo depois do julgamento do mensalão, Gurgel irá pedir a abertura de um novo inquérito para apurar as denúncias de Valério que supostamente envolveriam diretamente o ex-presidente.
 
Em depoimento à Procuradoria-Geral da República prestado no dia 24 de setembro, Valério disse que depositou, por intermédio de suas empresas de publicidade, cerca de R$ 100 mil na conta da empresa do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. Segundo Valério, os recursos seriam destinados a custear gastos particulares do então presidente. Gurgel se diz muito irritado com o vazamento do depoimento de Valério, colhido por sua esposa e pela procuradora Raquel Branquinho, pois isso acabou criando um ambiente de pressão sobre o MP.
 
Mesmo assim, Gurgel entende que a Procuradoria será obrigada a aprofundar as investigações sobre Freud Godoy, uma espécie de faz tudo de Lula, sob risco de prevaricação. Ainda há dúvidas se o inquérito será aberto logo após a aplicação das penas ou depois de transitado em julgado o processo do mensalão. Mas, por temer que a Procuradoria possa ser usada por Marcos Valério para chantagens políticas ou para benefício próprio, Gurgel e os subprocuradores definiram que o melhor caminho é mesmo uma nova investigação.
 
Em conversas com subprocuradores e ministros do STF, na última semana, ISTOÉ obteve informações sobre a estratégia dos procuradores da República para apurar o suposto envolvimento de Lula com o mensalão e qual será o caminho da investigação.

Brics Criam Fundo Para Resolver o Problema de Liquidez

Brics-Com a turbulência causada por Chipre, os países emergentes decidiram se proteger. Os Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, China, Índia, e África do Sul, criaram um fundo de US$ 100 bilhões contra crises de liquidez. A medida foi anunciada em Durban, na África do Sul, onde o grupo está reunido para discutir como manter o crescimento no meio da crise mundial.
 
Dessa vez o encontro é em Durban, na África do Sul. As bandeiras dos cinco países já estão hasteadas. No mundo em crise, os cinco países são uma exceção. O Brasil foi o que teve o menor crescimento do grupo, mas em conjunto a expansão foi de 6,2%. Os Brics representam 42% da população mundial e um quinto de toda a produção do globo.
 
A presidente Dilma Rousseff já está em Durban, na África do Sul, para participar do encontro que começa terça-feira (26 de Março). O grupo se reúne anualmente, e desta vez tem na agenda questões complexas como a criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de reservas para proteção de crises.
 
Há aspectos simples e práticos, como onde vai ser a sede dos Brics para facilitar a vida entre quem vem de lugares distantes como Brasil, África do Sul, Índia, Rússia e China.
 
“Essas reuniões são para estreitar os laços e descobrir complementaridades para que nós possamos crescer juntos enquanto os países avançados resolvem os seus problemas”, afirma Guido Mantega.

Leia o Discurso de Obama na Íntegra

Estados Unidos da Ámérica-O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, fez segunda-feira (21 de Março) um apelo pela união dos Estados Unidos, em seu discurso de posse para o segundo mandato.
 
Em discurso nas escadarias do Capitólio, o democrata reiterou o compromisso norte-americano com a liberdade e protegeu, em seu segundo governo, proteger os mais vulneráveis.
 
Leia abaixo a íntegra do discurso em português e em inglês, ou assista no vídeo acima:
 
"Vice-presidente (Joseph Robinette “Joe”) Biden, presidente do Supremo Tribunal, membros do Congresso dos Estados Unidos, distintos convidados e meus concidadãos:

Toda vez que nos reunimos para a posse de um presidente, damos o testemunho da força duradoura de nossa Constituição. Nós confirmarmos a promessa de nossa democracia. Nós recordamos que o que mantém esta nação unida não é a cor de nossa pele nem os dogmas de nossa fé nem as origens de nossos nomes. O que nos torna excepcionais – o que nos faz norte-americanos – é a nossa fidelidade a uma ideia, articulada em uma declaração proferida há mais de dois séculos:

'Nós consideramos estas verdades autoexplicativas: que todos os homens são iguais, que eles são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis e que, entre estes direitos, estão a vida, a liberdade e a busca pela felicidade'.

Hoje nós damos prosseguimento a uma jornada sem fim para aproximar o significado dessas palavras à realidade de nosso tempo. Pois a história nos diz que, embora essas verdades possam ser autoexplicativas, elas nunca se realizam por si mesmas; que embora a liberdade seja um dom de Deus, ela deve ser garantida por Seu povo aqui na Terra. Os patriotas de 1776 não lutaram para substituir a tirania de um rei pelos privilégios de poucos nem pelo governo de uma multidão. Eles nos deram uma República, um governo do povo, pelo povo e para o povo, e confiaram que cada geração manteria o credo de nossa fundação em segurança.

E, por mais de 200 anos, nós temos mantido esse credo em segurança.

Por meio do sangue derramado pelo chicote e do sangue derramado pela espada, nós aprendemos que nenhuma união fundada sobre os princípios da liberdade e da igualdade poderia sobreviver na semi-escravidão e na semiliberdade. Nós nos renovamos mais uma vez e prometemos avançar juntos.

Juntos, estabelecemos que uma economia moderna exige ferrovias e rodovias para acelerar as viagens e o comércio, além de escolas e faculdades para educar nossos trabalhadores.

Juntos, descobrimos que um mercado livre só prospera quando há regras para garantir a concorrência e o jogo limpo.

Juntos, decidimos que uma grande nação deve tomar conta dos mais vulneráveis e proteger seu povo dos piores riscos e infortúnios da vida.
 
E, durante tudo isso, nós nunca abandonamos nosso ceticismo em relação à autoridade central nem sucumbimos à ficção de que todos os males da sociedade podem ser curados apenas por meio do governo. Nossa celebração da iniciativa e do espírito empreendedor e nossa insistência no trabalho duro e na responsabilidade individual são constantes em nosso caráter.

Mas sempre compreendemos que, quando os tempos mudam, nós também precisamos mudar; que a fidelidade aos princípios de nossos fundadores exige novas respostas para novos desafios; que a preservação de nossas liberdades individuais requer, em última análise, uma ação coletiva. Pois o povo norte-americano não é capaz de atender às demandas do mundo atual agindo sozinho – assim como os soldados norte-americanos não teriam sido capazes de enfrentar as forças do fascismo ou do comunismo armados apenas com mosquetes e organizados em milícias. Uma única pessoa não é capaz de treinar todos os professores de matemática ou de ciências de que vamos precisar para preparar nossas crianças para o futuro nem construir as estradas e redes e os laboratórios de pesquisa que irão trazer novos postos de trabalho e negócios para dentro de nossas fronteiras. Agora, mais do que nunca, temos que fazer essas coisas juntos, como uma só nação e como um só povo.
 
Esta geração de norte-americanos foi testada por crises que endureceram nossa determinação e colocaram à prova nossa capacidade de resistência. Uma década de guerra está terminando agora. A recuperação econômica já começou. As possibilidades que se apresentam para os Estados Unidos são ilimitadas, pois nós temos todas as qualidades que este mundo sem fronteiras exige: juventude e dinamismo, diversidade e abertura, uma capacidade infinita para assumir riscos e o dom da reinvenção. Meus compatriotas norte-americanos: nós fomos feitos para este momento, e vamos aproveitá-lo – desde que nós o aproveitemos juntos.
 
Pois nós, o povo, compreendemos que nosso país não pode ser bem-sucedido quando um número cada vez menor de pessoas vai muito bem e um contingente crescente de cidadãos mal consegue sobreviver.

Nós acreditamos que a prosperidade dos Estados Unidos deve repousar sobre os ombros largos de uma classe média em ascensão. Nós sabemos que os Estados Unidos prosperam quando cada pessoa é capaz de encontrar independência e orgulho em seu trabalho, quando os salários pagos pelo trabalho honesto libertem as famílias da beira da miséria.

Nós nos mostramos fiéis às nossas crenças quando uma menininha nascida na pobreza mais desalentadora sabe que tem as mesmas chances de ser bem-sucedida na vida quanto qualquer outra pessoa, pois ela é norte-americana, ela é livre e ela é igual aos outros – e não apenas diante dos olhos de Deus, mas também diante dos nossos olhos.

Nós compreendemos que programas antiquados são inadequados para as necessidades do nosso tempo. Portanto, temos que aproveitar novas ideias e novas tecnologias para refazer nosso governo, reformular nosso código fiscal, reformar nossas escolas e capacitar nossos cidadãos com as habilidades de que eles necessitam para trabalhar duro e aprender mais e, assim, ir mais além.

Mas, embora os meios mudem, nosso propósito se mantém o mesmo. Uma nação que recompensa o esforço e a determinação de cada norte-americano – isso é o que este momento exige. Isso é o que dará um sentido real às nossas crenças.

Nós, o povo, ainda acreditamos que todo cidadão merece o mínimo necessário em termos de segurança e dignidade. Nós temos que fazer as escolhas difíceis para reduzir os custos relacionados à assistência médica e à dimensão de nosso déficit.

Mas nós rejeitamos a crença de que os Estados Unidos têm que optar entre cuidar da geração que construiu este país ou investir na geração que irá construir nosso futuro.

Pois nós nos lembramos das lições de nosso passado, quando muitos passavam seus últimos anos na pobreza e quando os pais de crianças com deficiência não tinham a quem recorrer. Nós não acreditamos que, neste país, a liberdade esteja reservada para os mais sortudos nem que a felicidade se destine a alguns poucos. Nós reconhecemos que, independentemente do quão responsáveis sejamos ao vivermos nossas vidas, qualquer um de nós, a qualquer momento, pode enfrentar a perda do emprego ou uma doença repentina ou pode ter a casa arruinada por uma terrível tempestade. Os compromissos que assumimos uns com os outros por meio do Medicare e da Previdência Social não enfraquecem a nossa iniciativa.

Eles nos fortalecem.

Eles não nos transformam em uma nação de pessoas que aproveitam as oportunidades. Eles nos libertam para assumir os riscos que fazem deste um grande país.
 
Nós, o povo, ainda acreditamos que, como norte-americanos, nossas obrigações não são apenas com nós mesmos, mas também com a toda a posteridade. Nós responderemos à ameaça das mudanças climáticas, pois sabemos que, se não o fizermos, estaremos traindo nossos filhos e as gerações futuras.

Alguns ainda podem negar o irrefutável veredicto da ciência, mas ninguém pode evitar o impacto devastador dos incêndios intensos e das secas incapacitantes, além da incidência de tempestades mais fortes. O caminho para a adoção de fontes de energia sustentáveis será longo e, por vezes, difícil. Mas os norte-americanos não podem resistir a essa transição. Nós devemos liderá-la.

Não podemos ceder a outros países as tecnologias que alimentarão a criação de novos empregos e de novos setores da economia. Devemos reivindicar para nós mesmos a promessa que essas tecnologias representam. É assim que vamos manter a nossa vitalidade econômica e nosso tesouro nacional, nossas florestas e cursos de água, nossas terras agrícolas e nossos picos cobertos de neve. É assim que vamos preservar nosso planeta, que foi entregue aos nossos cuidados por Deus. Isso é o que vai dar sentido às crenças declaradas por nossos fundadores.

Nós, o povo, ainda acreditamos que a segurança permanente e a paz duradoura não necessitam de uma guerra perpétua.

Os nossos bravos homens e mulheres de uniforme que foram forjados pelas chamas da batalha são incomparáveis em habilidade e coragem.

Nossos cidadãos, marcados pela memória daqueles que perdemos, sabem muito bem o preço que é pago pela liberdade. O conhecimento de seu sacrifício vai nos manter para sempre vigilantes contra aqueles que poderiam nos fazer mal. Mas também somos herdeiros daqueles que estabeleceram a paz, e não apenas a guerra. Daqueles que transformaram inimigos jurados nos amigos mais ternos. E nós também temos que carregar essas lições para os tempos atuais. Vamos defender o nosso povo e os nossos valores por meio da força das armas e do Estado de direito.

Vamos demonstrar a coragem de tentar resolver pacificamente nossas diferenças com outras nações. Não porque somos ingênuos em relação aos perigos que enfrentamos, mas porque os compromissos são capazes de erradicar as suspeitas de maneira mais duradoura do que a desconfiança e o medo.

Os Estados Unidos continuarão a ser a âncora de fortes alianças em todos os cantos do mundo. E vamos renovar as instituições que ampliam a nossa capacidade de gerenciar crises no exterior. Pois ninguém tem uma participação maior em um mundo pacífico do que o país mais poderoso do planeta. Vamos apoiar a democracia – da Ásia à África, das Américas ao Oriente Médio – porque os nossos interesses e nossa consciência nos obrigam a agir em nome daqueles que anseiam por liberdade. E temos que ser uma fonte de esperança para os pobres, os doentes, os marginalizados, as vítimas de preconceito.

Não por mera caridade, mas porque a paz em nosso tempo exige o avanço constante desses princípios que nossas crenças comuns descrevem; tolerância e oportunidade, dignidade humana e justiça. Nós, o povo, declaramos hoje que a mais evidente verdade, a de que todos nós somos iguais, é a estrela que ainda nos guia, assim como guiou nossos antepassados através de Seneca Falls e Selma e Stonewall; assim como guiou todos os homens e mulheres, celebrados e não celebrados, que deixaram pegadas por esse longo caminho para ouvir um pregador dizer que não podemos andar sozinhos, para ouvir um rei proclamar que a nossa liberdade individual está intrinsecamente ligada à liberdade de cada alma da Terra.

Agora, é tarefa de nossa geração continuar o que aqueles pioneiros começaram, pois nossa jornada não estará completa até que nossas esposas, nossas mães e filhas puderem ganhar a vida de acordo com a medida justa de seus esforços.

Nossa jornada não estará completa até que os nossos irmãos e irmãs gays forem tratados como qualquer outra pessoa perante a lei, pois se realmente fomos criados como iguais, certamente o amor que atribuímos uns aos outros deve ser igual também.

Nossa jornada não estará completa até que nenhum cidadão seja obrigado a esperar durante horas para exercer seu direito de voto.

Nossa jornada não estará completa até que encontremos uma maneira melhor de acolher os esforçados e esperançosos imigrantes que ainda veem os estados Unidos como uma terra de oportunidades, até que jovens e brilhantes estudantes e engenheiros sejam incorporados em nossa força de trabalho, em vez de expulsos de nosso país.

Nossa jornada não estará completa até que todas as nossas crianças, das ruas de Detroit até as montanhas dos Apalaches e as pacatas alamedas de Newtown, saibam que elas são cuidadas e amadas e que estarão sempre seguras contra qualquer perigo.

Obama: Essa é a tarefa de nossa geração – transformar esses esforços, esses direitos, esses valores de vida e liberdade e a busca verdadeira pela felicidade em algo real para todos os norte-americanos.

Quando dizemos que somos fiéis aos escritos originais de nossos fundadores não estamos necessariamente obrigados a concordar sobre todos os aspectos da vida. Isso não significa que todos nós definimos a liberdade exatamente da mesma maneira, ou que seguimos o mesmo e idêntico caminho para a felicidade.

O progresso não nos obriga a resolver para sempre debates que se prolongam há um século a respeito do papel do governo, mas ele exige que nós tomemos uma decisão em nosso tempo.

Por agora, as decisões estão em nossas mãos e nós não podemos nos dar ao luxo de permitir atrasos. Nós não podemos confundir o absolutismo com um princípio nem substituir a política pelo espetáculo ou tratar xingamentos como debates bem fundamentados.

Temos que agir. Temos que agir sabendo que o nosso trabalho será imperfeito. Temos que agir sabendo que as vitórias de hoje serão apenas parciais, e que, portanto, ficará a cargo daqueles que estarão aqui em quatro anos, em 40 anos e em 400 anos fazer avançar o espírito atemporal outrora conferido a nós em um salão vago da Filadélfia.
Meus compatriotas norte-americanos, o juramento que fiz diante de vocês hoje, da mesma forma que os juramentos proferidos pelos outros que prestam serviços neste Capitólio [prédio do Congresso dos EUA], foi um juramento a Deus e ao país, e não a um partido ou facção.

E devemos cumprir fielmente essa promessa durante o nosso tempo de serviço. Mas as palavras que pronunciei hoje não são tão diferentes das palavras que constam do juramento feito sempre que um soldado se alista para o serviço ou que uma imigrante realiza seu sonho.

Meu juramento não foi tão diferente da promessa que todos nós fazemos diante da bandeira que tremula acima de nossas cabeças e que enche nossos corações de orgulho. Essas foram as palavras de cidadãos, e elas representam a nossa maior esperança. Você e eu, como cidadãos, temos o poder de definir o rumo deste país. Você e eu, como cidadãos, temos a obrigação de moldar os debates de nosso tempo, não apenas com nossos votos, mas com as vozes que levantamos em defesa dos nossos valores mais antigos e das nossas ideias mais duradouras.

Que agora cada um de nós abrace com dever solene e incrível alegria o que é nosso direito de nascença permanente. Com esforço e propósito comuns, com paixão e dedicação, vamos atender ao chamado da história e carregar pelo futuro incerto aquela luz preciosa da liberdade.