quarta-feira, 30 de abril de 2014

Eleições Legislativa no Iraquue

Iraque-No Iraque mais de 20 milhões de eleitores escolhem um novo parlamento, nas primeiras eleições legislativas desde a saída das tropas norte-americanas do país, abalado por atentados diários e ameaçado por uma nova guerra confessional.
 
Candidato a um terceiro mandato, o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, é dado como favorito apesar das críticas e da cólera dos iraquianos cansados do desemprego, da corrupção, da falta de serviços públicos básicos e da paralisia das instituições devido à crise política e à insegurança.
 
“Aqui no distrito de Douraterrorismo, bombardeamentos e ataques governamentais e não-governamentais. Precisamos, por isso, de uma mudança. Esperamos que os candidatos nos protejam dos extremistas para vivermos em paz. Nos últimos oito anos não houve melhorias, pelo contrário, fomos de mal para pior”, disse um habitante local.
 
A campanha eleitoral foi marcada por vários ataques sangrentos contra assembleias de voto ou comícios. A violência no país já causou perto de três mil mortos desde o início do ano.

terça-feira, 29 de abril de 2014

Economist Prevê que Economia Moçambicana Cresça 7,3% em 2014



Moçambique-A economia moçambicana vai registar um crescimento de 7,3% em 2014, devendo fechar o ano com um défice orçamental equivalente a 9,2% do Produto Interno Bruto (PIB), prevê a Economist Intelligence Unit (EIU), num relatório recente sobre o país.
 
Menos optimista do que o Fundo Monetário Internacional, que apontou, em Março, uma taxa para a expansão do PIB moçambicano de 8,3%, a EIU mostra-se também mais moderada nas suas previsões para 2015, anunciando um crescimento da economia de 7,6%, abaixo da previsão de 7,9% avançada pela organização financeira.

Considerando o recente encaixe extraordinário de cerca de 300 milhões de dólares, resultante da tributação de mais-valias pelo Estado moçambicano à alienação de parte do capital (10%) que o grupo petroquímico norte-americano Anadarko Petroleum detém no projecto de exploração de hidrocarbonetos da bacia do Rovuma, a EIU reviu de 9,9% para 9,2% a sua previsão para o défice orçamental do país em 2014.

No relatório, a organização estima que a inflação média anual se situe em cerca de 4%, devendo acelerar para 4,7% no próximo ano, acompanhando a tendência dos preços internacionais do petróleo.

Notando que as exportações anuais de alumínio da multinacional Mozal vão rondar 1100 milhões de dólares até 2018, a EIU sublinha, no entanto, que o carvão deverá, já a partir de 2015, ultrapassar a posição de liderança que esta matéria-prima tem ocupado no sector exportador.

A organização baseia-se na garantia de que a linha de caminho-de-ferro do Corredor de Nacala, que vai ligar a região carbonífera de Tete ao porto de Nacala, numa extensão de mais de 900 quilómetros, entre em funcionamento no próximo ano, o que irá possibilitar exportações de carvão de cerca 22 milhões de toneladas até 2018, com receitas estimadas de cerca de 3100 milhões de dólares ao ano.

No que se refere ao período compreendido entre 2016-2018, a EIU estima que a economia moçambicana cresça a um ritmo médio anual de 7,8%, suportado por grandes investimentos na área de infra-estruturas e nos grandes projectos de exploração de recursos naturais, sobretudo com o início da construção de unidades de liquefacção de gás natural no norte do país.

No documento, prevê-se ainda a redução do défice orçamental para 7,1% durante essa altura, embora a EIU alerte para o facto de a dívida pública poder alcançar cerca de 50% do PIB, risco este que poderá ser agravado pelas reduções nas verbas atribuídas pelos doadores internacionais ao Orçamento do Estado moçambicano.

Guerra Contra a Pobreza na África

Guerra contra a pobreza na África
África-Dividido em 54 países, o continente africano é reconhecido pela sua grande diversidade, que vai desde as características naturais até as sociais e históricas. A África é atravessada pelo meridiano de Greenwich, pela linha do Equador e pelos Trópicos de Câncer e de Capricórnio, ocupando uma posição singular no mapa do mundo.

Guerras, epidemias, pobreza e fome


Embora possua uma grande diversidade natural e as famosas savanas (tipo de vegetação dispersa, constituída por árvores de médio porte, grande porte e campos naturais que oferecem condições de sobrevivência para mamíferos como girafas, leões e outros), o continente também possui um quadro adverso: 1/3 de suas áreas são desérticas, destacando-se o Deserto do Saara, o Deserto da Namíbia e o Deserto do Kalahari, e de florestas impenetráveis, Além disso, tem o título de pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o maior Índice de Pobreza Humana (IPH) do mundo. Isso significa que o continente africano possui o menor PIB per capita, as mais elevadas taxas de analfabetismo, de subnutrição, mortalidade, natalidade, mortalidade infantil e de crescimento demográfico.
 
Em países como a Somália, Etiópia e Sudão, a população convive com as doenças e a fome; e as guerras civis são comuns em alguns países.

 

Economia de subsistência


A maioria dos países africanos vive da economia de subsistência com um baixo rendimento, passando fome no intervalo entre duas colheitas. Além de problemas como a fome e guerras, há um grande problema na área da saúde com a propagação de epidemias. Uma das doenças mais alarmantes no continente é a AIDS(sida): há duas décadas, mais de 23 milhões de casos em uma população de 760 milhões de pessoas, cerca de 71% dos portadores do vírus HIV vive na região. A malária é outra doença que provoca muitas mortes na África, sendo que cerca de 90% dos casos mundiais da doença ocorre na África Subsaariana. Além dessas doenças, o continente africano tem um número elevado de casos de meningite e tuberculose. Após a descolonização, as guerras civis tornaram-se constantes no continente. Por ser um continente rico em minerais, ouro, petróleo e outras riquezas naturais, a África foi bastante explorada por potências mundiais, além de ter sido fornecedora de mão de obra.

 

Condições de vida


Um dos problemas históricos mais notáveis no continente africano é o apartheid, com a discriminação e segregação dos povos. No continente africano existem faltas de condições de vida em diversas áreas, como na área de saúde, comunicação, comércio, educação, alimentação e moradia. A intervenção humana é também uma grande causadora da pobreza e fome no continente: a escassez de alimentos e falta de água são agravados pela instabilidade política, com políticas agrárias ruins e uma má administração dos recursos naturais. Por todas estas razões, a África é um continente que vive constantemente em guerra contra a pobreza.

Violência na Região Leste da Ucrânia

Ucrânia-Em Donetsk militantes pró-russos atacaram uma manifestação de apoiantes do governo de Kiev.
 
Cerca de mil manifestantes que durante uma marcha no centro da cidade defendiam a unidade da Ucrânia, e militantes pró-russos envolveram-se em confrontos, apesar da tentativa da polícia para os separar.
 
Pelo menos 14 pessoas ficaram feridas, entre as quais um jornalista. O presidente pró-russo da câmara de Kharkiv foi gravemente ferido a tiro por desconhecidos. Segundo agências locais, Guennadi Kernes foi atingido a tiro nas costas e submetido a uma intervenção cirúrgica delicada. As autoridades estão em campo para apurar o autor ou autores do atentado.
 
O edil de 64 anos é membro do Partido das Regiões, que já foi liderado pelo deposto Viktor Ianukovich. O secretário-geral da ONU exigiu a libertação imediata dos observadores da OSCE raptados na sexta-feira por separatistas pró-russos que os classificaram como “prisioneiros de guerra” e pretendem trocá-los por detidos pelas autoridades de Kiev. Um observador foi libertado na noite de domingo, por razões de saúde.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Crescimento de 5,5% na África Subsariana está Sujeito a Riscos - FMI

FMI-O Fundo Monetário Internacional considerou que a previsão de crescimento para a África subsariana está mais sujeita a riscos do que no passado recente, mas mantém a estimativa de uma expansão de 5,5% do PIB.
 
Na apresentação do relatório 'Regional Economic Outlook' - Perspetivas Económicas Regionais, em Washington, a directora do departamento africano, Antoinette Sayeh, disse que "a perspetiva está, no entanto, sujeita a mais riscos do que no passado recente" e explicou que "alguns dos factores que suportavam o crescimento na região começaram a enfraquecer".
 
Entre eles, os economistas do FMI destacam a desvalorização do preço das matérias-primas e as condições financeiras mundiais mais apertadas, que aumentam os custos de empréstimos financeiros que muitos países africanos têm de suportar: "Se estas tendências continuarem, provavelmente vão dificultar o crescimento em muitos países da região."
 
De acordo com a responsável pela análise do FMI à África subsariana, é preciso uma atenção maior à "sustentabilidade da estabilidade macro-económica que suportou as altas taxas de crescimento nos últimos anos" e é necessário aumentar o foco nos défices das contas públicas, que são "elevados tendo em conta as fortes taxas de crescimento e os preços das matérias-primas, ainda altos".
 
Apesar de os desequilíbrios nas contas públicas serem, em muitos casos, justificados pelo elevado nível de despesa pública financiado com recursos a empréstimos com taxas de juro muito baixas ou alicerçados em maturidades bastante alargadas, "nalguns casos tem havido uma marcada expansão dos défices orçamentais devido a fortes aumentos na despesa corrente".
 
No geral, conclui a diretora do FMI para África, o impacto destes "ventos negativos na actividade da região deverá ser limitado na maioria dos países", mas "não há espaço para complacência". A política orçamental precisa de estar mais ligada ao ciclo económico, "e, quando o crescimento está a correr bem, tem de se conter e gradualmente reduzir os défices, com particular ênfase na correcta aplicação das receitas fiscais".
 
O relatório divulgado em Washington mantém os mesmos números apresentados a 8 de Abril no World Economic Outlook, prevendo que Angola cresça 5,3% este ano, acelerando para os 5,5% no próximo ano, depois de ter crescido 4,1% em 2013.
 
O crescimento previsto pelo FMI para Angola é, aliás, o mais baixo no grupo de países que são exportadores de petróleo, com exceção da GuinéEquatorial, que deverá continuar em recessão acentuada neste ano e no próximo ano (2,4 e 8,3%), respetivamente.
 
O grupo de países africanos exportadores de petróleo deverá crescer, em média, 6,7% neste e no próximo ano, liderado pela Nigéria, cuja economia deverá expandir-se perto de 7% neste e no próximo ano.
 
Moçambique, por seu turno, deverá ver a sua economia expandir-se em 8,3% em 2014 e abrandar ligeiramente para 7,9% no próximo ano.
 
Cabo-Verde deverá crescer 3% este ano e 3,5% em 2015, ao passo que a Guiné-Bissau registará crescimentos na ordem dos 3% e 3,9% neste e no próximo ano, bem abaixo de São Tomé e Príncipe, cuja previsão de crescimento do FMI aponta para 5% e 5,5% no mesmo período.

Tecnologias Agilizam os Governos e os Cidadãos-Diz Estudo

 
 
Economist Intelligence Unit-As organizações governamentais são pouco pressionadas para se adaptarem às novas tecnologias, segundo a Economist Intelligence Unit, que diz haver falta de urgência nesta adopção. O seu impacto, contudo, beneficia cidadãos e entidades governamentais
 
A Economist Intelligence Unit divulgou os resultados do seu novo estudo - O Desafio da Rapidez -, onde concluiu que as organizações governamentais não estão a ser suficientemente encorajadas para se adaptarem às novas tecnologias. O estudo foi patrocinado pela Ricoh e baseou-se num inquérito a 461 executivos sénior europeus, de vários sectores e dimensões.
 
As conclusões também sugerem que o recrutamento de novos colaboradores e a melhoria dos processos documentais são essenciais para a evolução das organizações. Dois terços dos executivos governamentais reconhecem que é necessário mudar mais rapidamente nos próximos três anos, mas apenas 27% dos inquiridos sente uma pressão pouco significativa (ou externa) para se adaptar rapidamente a estas mudanças necessárias. Em contrapartida, 55% não prevê grandes problemas relacionados com a tecnologia durante os próximos três anos, comparativamente a apenas 29% dos executivos de todos os sectores.
 
Apesar desta aparente falta de pressão de adaptação, o relatório também indicia que os últimos três anos foram palco para mudanças impulsionadas pela tecnologia: cerca de 71% dos executivos - uma percentagem significativa - admite ter enfrentado mudanças na forma como trabalham causadas pelas tecnologias.
 
Áreas de mudança nos próximos três anos
 
O universo de executivos inquiridos pretende melhorar a sua “agilidade organizacional”, mas também considera que o recrutamento de novos colaboradores (45%) e a melhoria dos processos empresariais (44%) são as duas principais áreas onde vão ocorrer mais mudanças ao longo dos próximos três anos.
 
"A identificação das mais importantes áreas de mudança e as experiências anteriores de problemas relacionados com tecnologia são positivas para os governos europeus, pois aproximam-se mais mudanças", afirma Carsten Bruhn, vice-presidente executivo da Ricoh Europa. "As metas do governo electrónico da União Europeia estão definidas: indicam que 50% dos cidadãos e 80% das empresas interagirão digitalmente com o governo até 2015. A taxa de adopção digital mais recente, medida em 2012, era de 44%.
 
Portanto, o progresso é positivo e pode ajudar a explicar porque é que os executivos do governo não sentem uma pressão extrema nem esperam mais transtornos significativos”.

Activistas Denunciam Terceiro caso de Guineenses mortos ou Desaparecidos em Angola

Guiné-Bissau-O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Luís Vaz Martins, disse que subiu para três o número de casos de guineenses mortos ou desaparecidos em Angola em circunstâncias por apurar.
 
Mamadu Bobo Baldé, 45 anos, foi detido a 11 de Março pelas autoridades angolanas e 12 dias depois encontrado morto na cela de uma esquadra de polícia, adiantou a LGDH com base em informações de familiares.
 
A vítima era um engenheiro civil guineense que residia com a família em Portugal e fazia prospeção de negócios em Angola, onde as autoridades dizem que a morte foi causada por malária cerebral, acrescentou.
 
No entanto, a Liga queixa-se de o caso não estar esclarecido e de haver indícios de violação dos direitos humanos. A situação junta-se à da morte em circunstâncias por explicar de António Maurício Bernardo numa das celas na 23ª esquadra da Polícia Nacional de Angola a 19 de Março.
 
Está igualmente por apurar o desaparecimento desde Julho de 2012 da jornalista Ana Pereira, conhecida por Milocas.
 
Estes dois últimos casos já tinham sido recordados pela LGDH numa carta aberta dirigida a 28 de Março ao Procurador-Geral da República (PGR) de Angola e em que o organismo pediu a abertura de "inquéritos urgentes, transparentes e conclusivos" sobre as situações.
 
"Até hoje não houve reação", lamentou Luís Vaz Martins. A sequência de casos pode indiciar "uma espécie de perseguição aos cidadãos guineenses em Angola, eventualmente por parte das autoridades, que fazem as detenções, e outras forças ocultas naquele país", acrescentou.
 
Face ao cenário, o presidente da LGDH considera que as autoridades deviam assumir "uma posição musculada" para resolver os casos e afastar "qualquer responsabilidade que possa depois ser imputada ao próprio Estado angolano".
 
Uma "angústia muito grande" enche os dias de Zaida Pereira, residente em Bissau, irmã da jornalista guineense desaparecida há quase dois anos.
 
"Todas as hipóteses continuam em aberto. Gostávamos de saber como obter informação, qualquer coisa, do lado de Angola" sobre o paradeiro de Ana Pereira. "É como se se tivesse aberto um buraco e ela tivesse desaparecido", acrescentou Zaida.
 
A antiga jornalista da Rádio Difusão Nacional e proprietária de um jornal em Bissau é conhecida de Mamadu Candé, presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) da Guiné-Bissau, que aponta o dedo ao próprio país.
 
"Há uma fraca intervenção das autoridades de transição", referiu.Quem devia estar mais implicado nisso eram os responsáveis guineenses, mas há lentidão e desinteresse", concluiu.

Há mais Telemóveis em África que nos Estados Unidos e Europa.

África-Há mais telemóveis em África do que nos Estados Unidos e na Europa, segundo um relatório do Banco Mundial.
 
Em alguns países africanos, há mais pessoas com acesso a um telemóvel do que a água potável ou até eletricidade ou outros bens indispensáveis à sobrevivência.
 
Todavia, segundo o mesmo relatório, estes aparelhos são essenciais para o desenvolvimento do continente africano, nomeadamente compensando a falta de infra-estruturas, daí que estejam a ter uma grande utilização para aceder através da Internet a serviços governamentais.
 
Nos últimos anos, África teve um grande crescimento na utilização das novas tecnologias. Várias operadoras móveis tiveram grande sucesso, entre elas a Vodafone, com receitas superiores a mil milhões de euros. Prevê-se que até 2020 o volume de negócios do ramo das telecomunicações quase quadruplique, atingindo 230 mil milhões de dólares. Está previsto em 2015 África investir nesta área 145,8 mil milhões de dólares que irá representar dois terços de todo o investimento em telecomunicações.
 
As telecomunicações, ao mesmo tempo que empregam 5 milhões de pessoas, apresentam um outro contributo para o mundo empresarial, pois substituem vários serviços, incluindo transações bancárias, jornais, jogos, entre outros.
 
Esta notícia despertou-nos a atenção pelo grande avanço tecnológico que o continente africano revelou, apesar de ter muitos países subdesenvolvidos.
 
Muitos são os aspetos positivos que podemos identificar, designadamente o acesso à informação. Mas continua a impressionar a falta de acesso a água potável e à energia elétrica. Efetivamente, a escassez da água continua a ser um drama. Segundo um estudo da Unicef comprova,  a média de consumo de água por pessoa é de dez a quinze litros por pessoa. Já em Nova Iorque, o consumo da água é em abundância – cada pessoa gasta em média 500 litros por dia.
 
Estes dados comprovam que existe um grande desequilíbrio entre as sociedades. Esperemos que África também possa ter um dia a capacidade de aceder à água como tem à nova tecnologia.

Transparência Internacional Alerta para Riscos de Corrupção na União Europeia

União Europeia-Os riscos de corrupção na União Europeia são elevados. O alerta é deixado pela organização Transparency International. Num relatório divulgado quinta-feira última em Bruxelas, considera-se que as instituições europeias estão vulneráveis à corrupção por causa da fraca aplicação das regras de ética, transparência e controlo financeiro.
 
Carl Dolan, director da Transparency International, lembra que “Apesar das declarações de interesses e de bens feitas pelos eurodeputados e membros da Comissão, não há um controlo sistemático. O que acaba por deixar as instituições vulneráveis.”
 
O estudo, com o nome de Sistema de Integridade da União Europeia, diz ainda que só em Bruxelas existem 15 mil pessoas a fazer lóbi e que há falta de transparência no processo legislativo europeu. Os responsáveis da organismo deixam também sugestões sobre o que pode ser melhorado.
 
Carl Dolan explica que “há coisas simples que as instituições europeias podem fazer: uma delas é ter, por defeito, uma política de transparência. Ou seja, todos os documentos relacionados com reuniões, sejam informais ou formais, devem ser tornados públicos. Não devem ficar com acesso restritito a algumas pessoas. Isto fará com que o processo legislativo se torne mais aberto.”
 
Este é primeiro estudo sobre os riscos de corrupção em 10 instituições europeias e é divulgado, a um mês das eleições europeias e numa altura em que surge uma sondagem que diz que 70% dos europeus acredita que existe corrupção no seio da União.

Detido na África do Sul Canibal Acusado de Matar e Cozinhar duas Pessoas

África do Sul- A polícia da África do Sul anunciou nesta sexta-feira a detenção na cidade de Durban de um homem que confessou ter matado, cozinhado e comido parte dos corpos de duas pessoas.
 
Makhele Lehlohonolo Joseph Scott tem 27 anos e é um fugitivo da Justiça de Lesoto, um pequeno país encravado no território sul-africano, onde ele cometeu os dois crimes, mas escapou da prisão em Outubro de 2012.
 
Conforme o comunicado da polícia, Scott foi detido no último 7 em uma igreja de Inanda (Durban), onde morava e tocava na banda.
 
"Ele se mostrou muito surpreso quando foi abordado e detido pelos membros do Serviço Sul-Africano de Polícia (SAPS)", assinala a nota. O documento detalha que sua busca estava sendo feita há meses pelas polícias de Lesoto e da África do Sul, assim como pela Interpol.
 
Ontem, Scott compareceu perante um juiz para pedir sua liberdade provisória pagando fiança, mas ela foi negada. O caso será retomado em 15 de Maio.
 
A primeira vítima de Scott tinha 13 anos quando desapareceu no distrito de Berea (Lesoto), em Janeiro de 2012. Poucos dias depois, os moradores da região encontraram as extremidades, o tronco e a cabeça do adolescente.
 
Em Julho do mesmo ano, um jovem de 22 anos desapareceu também em Berea, e, pouco tempo depois, seus braços, uma perna, o pênis e os testículos foram encontrados em uma caminhonete.
 
Scott se entregou, confessou ser o autor dos dois crimes e de ter cozinhado e comido algumas partes do corpo de suas vítimas. Ele levou os agentes até um túmulo e a uma escola, onde mostrou as outras partes e órgãos dos corpos. Depois de ser preso pela polícia de Lesoto, fugiu da prisão da capital, Maseru, enquanto esperava o julgamento.

Guiné-Bissau: PRS Apoia o Independente Nuno Nabiam na Segunda volta

Guiné-Bissau-No final da reunião da Comissão Política Nacional, realizada na tarde de quarta-feira última, 23 de Abril, em Bissau, o Partido da Renovação Social (PRS) decidiu dar o seu apoio ao candidato independente Nuno Nabiam para a segunda volta das eleições Presidenciais, marcada para 18 de Maio. A notícia foi avançada por fonte partidária do PRS: “Como é óbvio, decidimos apoiar a candidatura de Nuno na segunda volta”, revelou.


Sem avançar mais detalhes, a mesma fonte manifestou-se confiante na vitória do candidato escolhido pelos militares e apoiado anteriormente por Koumba Yala durante a primeira volta destas eleições. Com poucas vantagens para segundo turno do pleito, Nuno Nabiam teve maior número de votos em apenas duas regiões do país, nomeadamente na região de Tombali e Oio, onde arrecadou 12.492 votos e 41.229 votos, respectivamente. José Mário Vaz (JOMAV) obteve 10.230 votos em Tombali e 29.219 votos em Oio.
 
Em relação a Abel Incada, candidato escolhido pelo PRS, o empresário obteve nestas localidades pouco mais de cinco mil votos, na região de Tombali, e também pouco acima dos cinco mil votos na região de Oio.
 
Em termos globais apenas 43.890 cidadãos guineenses acreditavam em Abel Incada para ser Presidente, enquanto Nuno Nabiam mereceu a confiança de 156.163 eleitores na primeira volta, perante um universo de 257.572 cidadãos eleitores guineenses que apostaram em JOMAV para Presidente da República, o que corresponde respectivamente a 6,97% para Incada, 24, 79% para Nabiam e 40, 89% para JOMAV.
 
Ainda não oficial, a posição do PRS em apoiar Nuno Nabiam é do conhecimento do PAIGC, que uma fonte partidária do partido vencedor das Legislativas de 13 de Abril disse não ser uma surpresa.
 
A escolha de Nuno Nabiam por Koumba Yala como candidato independente a estas eleições era ponto de discórdia entre o PRS e o seu líder fundador, o que levou à indigitação de Abel Incada como candidato oficial do partido.

Guiné-Bissau Dificuldades Obrigam os Media a "Vender-se" a candidatos

Guiné-Bissau -As eleições legislativas e presidenciais realizaram-se a 13 de Abril e o PAIGC elegeu a maioria dos deputados do parlamento enquanto a corrida ao palácio presidencial vai decidir-se numa segunda volta a 18 de Maio.
 
A poucos dias do início da campanha há um "quadro de dificuldades financeiras em que alguns órgãos se estão a vender", referiu Mamadu Candé, presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs) ao Cirilo João Vieira.
 
Aquele responsável aponta como exemplo situações em que os candidatos pagam um valor diário aos jornalistas para que os acompanhem em determinadas ações - caso contrário, podem não ter meios para o fazer.
 
"Um candidato leva consigo o jornalista e paga-lhe um per diem". Isto não tem nenhuma independência nem objetividade. Há riscos enormes" para a tarefa de informar o público, destaca Mamadu Candé.
 
Artigos de opinião a favor de um ou outro candidato apresentados como sondagens e candidaturas que dominam a informação de alguns órgãos foram outras das situações verificadas nas semanas que antecederam a votação de 13 de Abril.
"A comunicação social teve de comprometer a sua independência em troca da sobrevivência financeira" durante a campanha, concluiu na altura o relatório da missão eleitoral da União Europeia (UE) que analisou alguns dos casos.
 
"Os órgãos de comunicação públicos e privados cobriram o processo eleitoral com condições financeiras extremamente difíceis, o que influenciou a sua capacidade de oferecer uma cobertura equilibrada e imparcial, pondo em causa o pleno gozo da liberdade de imprensa", destacou-se no documento.
 
No caso do setor público, uma greve calou a televisão e rádios nacionais durante vários dias - afetando inclusivamente a transmissão dos tempos de antena.
 
Apesar de a situação estar, por agora, pacificada, Mamadu Candé realça que os trabalhadores dos órgãos públicos têm entre quatro a seis meses de salários em atraso, a que se somam alguns subsídios por pagar.
 
O presidente do Sinjotec faz um apelo à solidariedade dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau para que possam ajudar de imediato os órgãos de comunicação social e jornalistas com dinheiro ou equipamento.
 
"Com o governo não podemos contar, já deram exemplos de que não têm interesse nisso. Dos parceiros da Guiné-Bissau precisamos da solidariedade de todos, senão vamos ter uma comunicação social dependente dos candidatos", realçou.
 
Os órgãos de comunicação social guineenses receberam nas últimas semanas apoio material das Nações Unidas e os meios estatais beneficiaram de ajuda financeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
 
No entanto, Mamadu Candé receia que o auxílio concedido não esteja à altura da responsabilidade dos "media" para "criação de um clima de paz e tranquilidade que o povo merece e precisa de ter".
 
As eleições presidenciais na Guiné-Bissau vão ser decididas a 18 de Maio num segunda volta entre José Mário Vaz, ex-ministro do PAIGC, e Nuno Nabian, independente apoiado por figuras do PRS, principal partido da oposição.