sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Presidente de Cabo Verde e de Timor-Leste Preocupados com Situação


Díli- Os Presidentes de Cabo Verde e de Timor-Leste manifestaram hoje (quinta-feira), em Díli, preocupação em relação à situação na Guiné-Bissau, para onde defendem uma solução definitiva e duradoura.
 
A preocupação foi manifestada durante uma declaração conjunta à imprensa no final de um encontro entre os dois chefes de Estado, que marcou o início da visita de Estado do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, a Timor-Leste.

"Manifestamos a nossa preocupação em relação à situação na Guiné-Bissau".

Cabo Verde e Timor-Leste continuam a trabalhar com a comunidade internacional e com a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) para encontrar uma solução definitiva e duradoura para a Guiné-Bissau", afirmou o Presidente timorense, Taur Matan Ruak.

A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente interino.

A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano.

A maior parte da comunidade internacional, incluindo a CPLP, não reconhece as novas autoridades de Bissau.

"A nossa posição é convergente no sentido de que tudo deve ser feito pela comunidade internacional, pelos amigos da Guiné-Bissau, para que este país finalmente encontre os caminhos da paz, da estabilidade, da concórdia sem os quais não é possível construir uma democracia, um Estado de Direito", disse o Presidente de Cabo Verde.

Para Jorge Carlos Fonseca, todos devem trabalhar para uma solução "abrangente e inclusiva" para que todos os guineenses se sintam envolvidos no processo de reconstrução da sua própria pátria.

O Presidente de Cabo Verde defendeu também que a União Africana, a CPLP e as Nações Unidas se deviam articular e juntar esforços para encontrarem soluções "mais adequadas" para o país.

"Nós não queremos de maneira nenhuma estar a interferir nos assuntos dos outros, mas como membros da comunidade internacional e países amigos, estamos disponíveis para encontrar com os outros a melhor solução para a Guiné-Bissau", acrescentou.

No passado dia 16, o chefe de Estado de Timor-Leste recebeu em visita oficial o Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, com quem abordou a situação naquele país da África Ocidental.





quarta-feira, 28 de novembro de 2012

ONU Alerta para Necessidade de Programa de Protecção de Testemunhas


Bissau - A Comunidade Internacional, e nomeadamente a ONU, está a apoiar a Guiné-Bissau no sentido de se criar um programa de proteção de testemunhas, para através dele se concluírem processos relativos a crimes ocorridos no país.

De acordo com Antero Lopes, do gabinete das Nações Unidas em Bissau (UNIOGBIS), "se estiverem criadas as condições para que as testemunhas não tenham medo de exercer os seus direitos e deveres, a produção de prova far-se-á de acordo com o que está prescrito na lei e os processos poderão ser concluídos".

Antero Lopes falava terça-feira em Bissau após o início do II Fórum Nacional sobre Justiça Criminal (o primeiro foi em Novembro do ano passado), organizado pelo UNIOGBIS e pelo Supremo Tribunal de Justiça, e que junta na capital guineense magistrados, investigadores, advogados e académicos.

Para o responsável, o processo de justiça na Guiné-Bissau e o sentimento geral de que há total impunidade tem "uma lacuna evidente", que é a da "dificuldade na preservação dos meios de prova", pelo que um programa de proteção de testemunhas poderia ajudar na conclusão de processos em investigação.

O sentimento de impunidade é generalizado na Guiné-Bissau, um país onde ciclicamente ocorrem crimes sem que os infractores sejam punidos. Nos últimos anos têm sido assassinadas figuras públicas, e outras espancadas, mas até hoje ninguém foi levado à justiça.

Questionado sobre para que servem tantas reuniões e discussões sobre impunidade, se nada mudou até agora, o vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá, disse aos jornalistas que os tribunais não podem fazer nada quando os processos estão em investigação.

"Há uma cadeia de órgãos que intervêm para que a justiça seja feita, desde a Polícia ao Ministério Público. Os tribunais só recebem o processo acusado. Os processos que chegam ao tribunal na maioria já estão a ser julgados ou estão agendados", observou, acrescentando: "A impunidade não depende dos tribunais".

Antero Lopes reconheceu que existe essa impunidade mas considerou que tem "havido passos" no sentido de a resolver.

Hoje há uma participação mais activa "dos actores militares e penso que é um sinal positivo, de aproximação, de trabalhar em conjunto para ajudar a combater as questões que dão azo a uma perceção generalizada de impunidade", disse.

"Há dificuldades no processo de justiça" mas reuniões como a de justiça criminal servem para sensibilizar os "atores do sistema de justiça criminal, que estão de facto empenhados em fazer justiça", mas sensibilizar também "as estruturas políticas", disse, acrescentando: "O que eu vejo é congregação de esforços que não tínhamos, vejo abertura das estruturas militares em vir debater os problemas da impunidade com os colegas civis".

Menos optimista, Francilino Nhaga, padre de Bissau, disse na reunião que vê na Guiné-Bissau uma sensação generalizada de que "a punição é rara", de que há uma "displicência na pena" e de que a justiça não funciona.

"Não há um condutor neste país que atropele alguém e que fique para socorrer" (por ter medo de ser morto), disse, para concluir que "o sistema judicial é posto em causa pela sua falta de credibilidade e ausência de poder".
 
Guiné-Bissau, disse também, é um país "onde a polícia solta um detido após receber um telefonema de 50 segundos e onde "muitos juízes não escondem a sua filiação partidária".

E a impunidade, advertiu, leva os criminosos a reincidirem nos crimes porque "têm a certeza absoluta de que ficarão impunes", sendo também "a maior geradora de medo" e de corrupção.






terça-feira, 27 de novembro de 2012

Políticos e Peritos da Comissão do Golfo da Guiné Debatem Segurança na Região

 
Vista da cidade de Luanda.
Vista da cidade de Luanda.
Luanda Políticos e peritos da Comissão do Golfo da Guiné, integrada por Angola, Camarões, Congo-Brazzaville, República Democrática do Congo (RDC), Gabão, Guiné Equatorial, Nigéria e São Tomé e Príncipe, vão debater, a partir de hoje, terça-feira, em Luanda, aspectos inerentes à Paz e Segurança na região em que estão inseridos.

Co-organizado pelo Governo angolano, através do Ministério das Relações Exteriores (Mirex) e o Secretariado Executivo da Comissão Golfo da Guiné (CGG), a conferência de Luanda visa a materialização de um conjunto acções e mecanismos de observação tendentes à estabilidade na zona do Golfo da Guiné, rica em petróleo.
 
O evento, a decorrer no Centro de Conferências de Talatona, sul da capital angolana, sob o lema “Sem paz não há desenvolvimento”, tem agendado uma série de questões agrupadas em painéis, sendo o primeiro intitulado “O Golfo da Guiné, zona de paz e segurança”.

Seguem-se “A influência da paz e segurança na região do Golfo da Guiné para a estabilidade e desenvolvimento do continente africano”, “A extensão da plataforma continental, necessidade e desafio para a região do Golfo da Guiné”, e “O estado e as consequências da imigração ilegal para a paz e segurança na região do Golfo da Guiné”.

A agenda alista ainda “A experiência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na manutenção da paz e segurança e ligações para a região do Golfo da Guiné”, “A importância da segurança da região do Golfo da Guiné como rota de transporte marítimo”, e “A contribuição do mecanismo de manutenção da paz e segurança na África Central, à segurança da região do Golfo da Guiné”.

“O ecossistema da região do Golfo da Guiné como parte do seu ambiente de segurança” e “A região do Golfo da Guiné na rede de produção e comércio internacional de droga”, complementam os itens escolhidos pelos organizadores da conferência, que encerra na próxima quinta-feira com a apresentação da Declaração de Luanda.

Em Agosto último, o secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné, Miguel Trovoada, observou que a problemática da segurança marítima neste espaço exige da organização um papel mais activo, a luz dos seus princípios e objectivos programáticos.

Falando na 2ª sessão extraordinária do Conselho de Ministros da Comissão do Golfo da Guiné, realizada em Luanda, cuja segurança marítima foi o epicentro da reunião, o responsável advogou a tomada de medidas concretas para se ultrapassar os constrangimentos e suprir as carências com que se debate a organização.

Durante o seu pronunciamento, Miguel Trovoada defendeu igualmente o estabelecimento de um grupo de trabalho misto entre peritos civis e militares, a fim de se analisar o formato de colaboração entre a Comissão do Golfo da Guiné e a CEDEAO, no domínio da segurança marítima na região.

Chefe do Governo Timorense Pede Apoio para Povo da Guiné-Bissau

Timor-Leste-O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, manifestou preocupação com a situação da Guiné-Bissau e pediu apoio para o povo guineense.
 
O chefe do governo timorense falava na sessão de abertura da VII reunião do Conselho de Chefes da Polícia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza em Díli entre ontem e quinta-feira.
 
"Os nossos irmãos guineenses estão também a enfrentar grandes dificuldades. Manifestamos aqui o nosso empenho para que a Guiné-Bissau rapidamente regresse à comunidade dos países onde a ordem pública e o respeito pelas decisões populares sejam a regra", afirmou Xanana Gusmão.
 
No discurso, o primeiro-ministro timorense apelou também para que não se permita que o "povo guineense fique abandonado à sua sorte".
 
A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.

Chefe Militar dos Rebeldes do M23 no Uganda para Conversações

Nairobi - O comandante dos rebeldes do M23, que enfrentam o exército da República Democrática do Congo (RDC), na província de Kivu Norte (leste da RDC), chegou segunda-feira na capital de Uganda, Kampala para negociações, disse um porta-voz do M23 à AFP.
 
A deslocação à Kampala do chefe militar do M23, Sultani Makenga, surge na sequência da anterior do líder político dos amotinados, Jean-Marie Runiga.
 
Sob mediação do Uganda, os paises de África dos Grandes tentam obter uma retirada do M23 de Kivu do Norte, Goma, que eles tomaram na última terça-feira.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Entrvista ao Presidente da Guiné-Bissau


Guiné-Bissau-No início do ano o presidente da Guiné-Bissau Malam Bacai Sanha morreu por doença. Raimundo Pereira assumiu a presidência interinamente e Carlos Gomes Júnior deixou o cargo de primeiro-ministro para se candidatar às eleições presidenciais que nunca se chegaram a realizar. No dia 12 de Abril, os militares tomaram o poder acusando Gomes Júnior de estar a preparar um golpe de estado com a ajuda de militares angolanos, que estavam na Guiné-Bissau numa missão de cooperação técnico-militar.
 Desde então, a Guiné-Bissau tem sido administrada por um governo de transição, liderado pelo primeiro-ministro Rui Barros apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, mas sem o reconhecimento da CPLP, ONU, União Africana, ou do governo de Lisboa. Em Outubro ocorreu nova nova tentativa de golpe. O governo provisório guineense acusa de imediato Portugal, a CPLP e Carlos Gomes Júnior de estarem por detrás dos acontecimentos.
No Sociedade das Nações desta semana, Manuel Serifo Nhamadjo discute a atual situação política da Guiné-Bissau. O presidente guineense comenta o atual estado de relações entre Bissau e Lisboa, as divergências internas no PAIGC e a posição da comunidade internacional face à crise guineense.

Guiné-Bissau: Ibarima Sory Djalo Eleito Presidente da ANP

Bissau - O Presidente em exercício da Assembleia Nacional Popular (ANP), Ibraima Sory Djalo, foi eleito para dirigir os destinos do parlamento guineense no próximo período de prorrogação de mandato dos deputados desta instituição.
 
A escolha de Ibarima Sory Djalo aconteceu esta sexta-feira, 23 de Novembro, no hemiciclo guineense, onde o lugar de 1.º vice-Presidente, foi confiado a Augusto Olivais e o de 2.º vice-Presidente foi atribuído a Isabel Buscardini.

Os outros lugares continuam a ser ocupados por João Seidi Ba Sane e Aurora Sano.

Foi esta a proposta avançada pela bancada parlamentar do PAICG mas que tinha sido recusada pelo agora eleito Presidente da ANP.

Ibarima Sory Djalo pretende que estes lugares sejam ocupados por João Seidi Bá Sane, deputado do PAIGC, a ficar com o lugar de 1.º vice-Presidente da ANP e a deputada Aurora a ocupar o posto de 2.ª vice-Presidente do Parlamento guineense.

Ibraima Sory Djalo assumiu o lugar na sequência do golpe de Estado de 12 de Abril.

Guiné-Bissau: Cerca de Três Dezenas de Guineenses Deportados da Líbia

Bissau – As autoridades de transição líbias expatriaram cerca de trinta cidadãos de nacionalidade guineense, por se encontrarem a viver de forma ilegal no país.
 
O retorno destes cidadãos foi facilitado pela Organização Internacional de Migração (OIM), que fez chegar os conterrâneos via terrestre ao país, passando pelo Níger, Mali, Gâmbia e Ziguinchor.
Em declarações à PNN, Amadu Tidjane Embalo, porta-voz do grupo, disse que a maioria dos cidadãos foi surpreendida pelas autoridades policiais, que os colocaram de imediatos no centro de detenção, de onde foram encaminhados aos países de origem.

Amadu Tidjane Embalo disse que deixou Bissau há três meses e prevê emigrar para Itália, através das fronteiras Líbias.

O porta-voz informou ainda à PNN que seis dos seus colegas foram levados para local desconhecido há mais de trinta dias e há poucas informações acerca de como encontram.

Uma boa parte destes retornados são originários da região leste da Guiné-Bissau, concretamente de Gabu. De acordo com a fonte da Direção-geral da Migração e Fronteira todos vão ser entregues às suas famílias, cujo processo de identificação já está em curso nesta instituição.

A emigração ilegal é um acto frequente na Guiné-Bissau, tendo já provocado a morte de vários jovens que procuram, a todo custo, chegar à Europa em busca de melhores condições de vida

África Lançada na Guiné-Bissau Obra de 6 Milhões que Inclui Centro Comercial


Guiné-Bissau-O lançamento da obra foi hoje presidido pelo primeiro-ministro do governo de transição da Guiné-Bissau, Rui de Barros, que destacou que quando das obras concluídas, no prazo de 18 meses, a iniciativa vai dar emprego directo a 360 pessoas.
 
"Continuaremos a dar apoio e todas as facilidades para permitir que nacionais e estrangeiros tenham condições para poder realizar investimentos" na Guiné-Bissau, disse Rui de Barros, garantindo que "há todas as condições" para se pode investir no país, aquele que exige menos formalidades a nível da região para se poder abrir uma empresa, disse.
 
De Maio deste ano até agora, se comparando com igual período do ano passado, há mais 19 por cento de intenções de investimento na Guiné-Bissau, segundo Rui de Barros.
 
O "Empreendimento Cartur" tem 70% de capitais de empresários portugueses e é presidido pelo guineense Carambá Turé, que hoje explicou que as obras que agora vão começar ocupam um espaço que já esteve infra-estruturado mas que a guerra dos anos 90 obrigou ao abandono.
 
O empresário prometeu mais investimentos no país, o mesmo fazendo Francisco Melo, outro empresário, português, que além da energia eléctrica falou de futuros investimentos no sector da água.
 
Com uma Europa "virada ao contrário" a Guiné-Bissau vai receber "os que tiverem visão" porque "há muita coisa para fazer", disse Francisco Melo.
 
Luís Neves, outro empresário português, do ramo da construção civil (empresa de construção Nível Dominante) explicou também na cerimónia de hoje que o Centro Comercial, o primeiro da Guiné-Bissau, terá 63 lojas, esplanada de restauração e duas salas de cinema com capacidade para 230 pessoas.
 
Tudo integrado num espaço onde haverá cinco armazéns pequenos e quatro grandes, postos de polícia, bombeiros e de primeiros socorros, além de zonas verdes e de estacionamento.
 
Luís Neves disse à agência Lusa não ter dúvidas de que o centro comercial será um sucesso, porque é o primeiro mas também porque Bissau "é um grande mercado onde tudo se vende e se compra" e o Centro vai "abrir espaço a marcas, com lojas de qualidade", havendo em Bissau procura para esse tipo de produtos, garantiu.
 
Apesar de no quadro que apresenta o empreendimento aparecer a referência à Lusomundo (cinema), Luís Neves disse à Lusa que os promotores da iniciativa estão em contacto com a empresa para a abertura das duas salas de cinema embora esta não seja ainda, de facto, parceira.
                              

Governo Promete 18O Milhões de Kwanzas para Detenção do Líder de Boko Haram


Lagos - O governo nigerino prometeu uma recompensa de 18O milhões de kwanzas por qualquer informação que permita a detenção do líder da seita islamita Boko Haram, imame Abubakar Shekau, e de 18 dos seus companheiros, noticiou sábado a imprensa local.
 
Há uma semana, o Presidente Goodluck Jonathan rejeitou qualquer diálogo com esta seita religiosa, cujos actos de violência teriam feito 3 mil mortos, desde 2009.
 
As 19 pessoas estariam a ser procuradas pela série de ataques à bomba e de assassinatos cometidos no nordeste do país.
 
Segundo uma fonte oficial, esta iniciativa demostra a determinação do governo a erradicar o terrorismo em todo o país.
 
A Boko Haram exige a instauração dum Estado islâmico na Nigéria, país mais povoado e primeiro produtor de petróleo do continente africano, cuja população de cerca de 163 milhões de habitantes está dividida equitativamente entre cristãos e muçulmanos.



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

África Importou 43 Milhões de Toneladas de Géneros Alimentares em 2011


Addis Abeba - África importou cerca de 43 milhões de toneladas de géneros alimentícios em 2011, informaram os peritos na oitava reunião do Comité sobre Segurança Alimentar e Desenvolvimento Sustentável iniciada segunda-feira em Addis Abeba, na Etiópia.

"África importou cerca de 43 milhões de toneladas de géneros alimentícios em 2011, incluindo dois milhões sob forma de ajudas alimentares", deploraram os peritos no quadro desta reunião que permitirá compreender plenamente as implicações das conclusões principais da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio + 20, para África.

Segundo os documentos de base da reunião, devido à falta de meios, nomeadamente a redução do poder de compra, as importações alimentares deverão recuar em 2012-2013, enquanto a ajuda alimentar deverá, segundo as previsões, passar de dois milhões para 2,3 milhões de toneladas.

África continua a não produzir quantidades suficientes de géneros alimentares para responder à procura crescente de cereais das suas populações, acrescentaram.

A tendência em baixa da factura das importações alimentares da região aproxima-se actualmente em cerca de 550 biliões de dólares americanos anualmente, daí, sublinham, a urgência de investir na agricultura em África para aumentar tangivelmente a produção dos géneros alimentícios na região.

As necessidades em cereais de África são cada vez mais satisfeitas pelas importações provenientes do resto do mundo, que cobrem actualmente 45 a 50 por cento do arroz e 80 por cento do trigo consumidos na região, segundo os peritos.

Guiné-Bissau:Os Deputados Prorrogam Legislatura da ANP

Bissau – A proposta que o Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apresentado junto da Assembleia Nacional Popular (ANP) foi aprovada esta terça-feira, 20 de Novembro, pelos parlamentares.
 
A moção incidiu sobre a revisão constitucional com a finalidade de prorrogação do mandato dos deputados da ANP.

A iniciativa tinha como objectivo prevenir o PAIGC da não subscrição da Carta de Transição Política, um instrumento jurídico adoptado pelos seus signatários, que legitimou o golpe de Estado de 12 de Abril.

Com este passo, o mandato dos atuais deputados vai ser alargado até à tomada de posse de novos parlamentares, a serem eleitos nas próximas Legislativas, ainda sem data marcada.

Em declarações à imprensa, Rui Dian de Sousa, líder da bancada do PAIGC, falou da importância do papel desempenhado pelos deputados da ANP.

Os elogios sobre aprovação deste pacote legislativo vieram também de líderes de outras bancadas parlamentares, nomeadamente do Partido da Renovação Social (PRS) e do líder da bancada de Aliança Democrática (AD).

Durante a sessão, que teve início a 15 de Novembro e terminará a 15 de Dezembro, os deputados vão discutir e votar a eleição do Presidente da Comissão Nacional de Eleições, de entre outras propostas.

Violência-África: Soldados se Rendem a Rebeldes na República Democrática do Congo

SÃO PAULO, SP, 21 de Novembro - Um grupo de de soldados e policiais se renderam na cidade de Goma, na República Democrática do Congo, no terceiro dia de um confronto entre um grupo rebelde formado por militares e o governo local.

Ontem, os insurgentes do M23 tomaram Goma, uma das capitais da Província de Kivu, no oeste do país, após intenso confronto com militares e policiais. Devido ao conflito, milhares de pessoas fugiram da cidade, de 1 milhão de habitantes, em direção à vizinha Ruanda.

Os combates continuaram durante a madrugada na cidade e em Bukavu, a outra capital de Kivu, com o uso de armamento anti-aéreo e lançamento de foguetes militares.

Mais cedo, o M23 anunciou que pretende "liberar" o país com a ofensiva, em um avanço que começará em Bukavu e seguirá até a capital Kinshasa. Os rebeldes alegam que o conflito foi causado pela suposta quebra do acordo de paz com o presidente Joseph Kabila.
O pacto, que foi assinado há três anos, incluía a manutenção das patentes dos oficiais e o fim das transferências dentro do país após uma tentativa de levante.

O governo nega o rompimento do acordo e acusa os vizinhos Ruanda e Uganda de apoiarem os insurgentes, o que é negado pelos dois governos.

Encontro
Devido aos confrontos com os rebeldes, o presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, fez uma reunião de urgência com os presidentes de Ruanda, Paul Kagame, e de Uganda, Yoweri Museveni, em Kampala, capital de Uganda.

O governo congolês acusa os dois países de financiarem os rebeldes com o propósito de ganhar território em Kivu, uma região com recursos minerais como ouro, diamantes e coltan, usado em telefones celulares.

A República Democrática do Congo também criticou a inação das tropas da ONU (Organização das Nações Unidas) que ocupam o país, que não interferiram no conflito porque não possuem ordens do Conselho de Segurança para fazê-lo.

O Exército local pediu a participação das tropas internacionais para retomar o controle de Kivu e a França também pediu uma revisão do mandato das forças no Conselho de Segurança para atuar contra os rebeldes.

Na terça, a organização condenou a tomada da cidade pelos rebeldes do M23 e ordenou o envio de mais tropas para assegurar as bases militares da ONU, mas sem menção a uma interferência no conflito.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pelo Menos 2,5 Milhões de Novos Infectados com Vírus da SIDA em 2011


Genebra - Pelo menos 2,5 milhões de pessoas contraíram o vírus da SIDA em 2011, números que confirmam a tendência decrescente das novas infecções que, numa década, caíram 20 porcento, revelam dados divulgados terça-feira pelas Nações Unidas.

No ano passado viviam, em todo o mundo, 34 milhões de pessoas infectadas com o HIV, 23,5 milhões na África Subsahariana, cinco milhões na Ásia, 1,4 milhões na América Latina, 1,4 milhões na América do Norte, 900 mil na Europa, 300 mil no Médio Oriente e África setentrional, 230 mil no Caribe e 53 mil na Oceânia, revela a edição de 2012 do relatório global da agência das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA).
 
O relatório, que foi divulgado terça-feira em Genebra em antecipação ao Dia Mundial da SIDA, que se assinala a 01 de Dezembro, adianta que a África Subsahariana se mantém como a região mais afectada em todo o mundo com um em cada 20 adultos infectados com o HIV, o que representa 69 porcento da população mundial que vive com o vírus.

As mulheres representam mais de metade (58 porcento) das pessoas infectadas nesta zona do mundo.

A África Subsahariana (25 porcento) e o Caribe (42 porcento) foram as regiões que registaram maior decréscimo no número de infecções entre 2001 e 2011.

No texto, as Nações Unidas mostram preocupação com a tendência verificada no Médio Oriente e Norte de África, onde o número de novas infecções aumentou mais de 35 porcento, passando de 27 mil em 2001 para 37 mil em 2011.

Nesta região, registavam-se no ano passado 300 mil pessoas que viviam com o vírus da SIDA, tendo ocorrido 23 mil mortes relacionadas com a doença.

As Nações Unidas encontraram ainda sinais de que as infecções por HIV na Europa de Leste e na Ásia Central começaram a aumentar desde meados da década de 2000.

Com 1,4 milhões de pessoas infectadas com o HIV, a região registou no ano passado 140 mil novas infecções e 92 mil mortes.

O estudo revela ainda que na última década várias epidemias nacionais sofreram "alterações dramáticas", tendo-se registado uma quebra na ordem dos 25 porcento da incidência das infecções por HIV em 39 países, 33 dos quais localizados na África
Subsahariana.

Moçambique, África do Sul, Jamaica, Quénia, México, Serra Leoa, Níger ou Tailândia são alguns dos países com comportamentos positivos.

Em sentido oposto, pelo menos nove países - Bangladesh, Geórgia, Guiné-Bissau, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Filipinas, Moldávia e Sri Lanka - aumentaram em pelo menos 25 porcento o número de novas infecções.

O número de mortes relacionadas com a Sida atingiu os 1.7 milhões, 1,2 milhões das quais ocorreram na África Subsahariana, valores que representam uma quebra de 24 porcento relativamente a 2005, quando ocorreram 2,3 milhões de mortes.

O número de mortes caiu 32 porcento entre 2005 e 2011, apesar de a região representar 70 porcento de todas as pessoas que morreram em 2011 de causas relacionadas com a SIDA.

Também o Caribe (48 porcento) e a Oceânia (41 porcento) registaram reduções significativas no número de mortes, tendo a América Latina (10 porcento), a Ásia (4 porcento) e a Europa Central e América do Norte (1 por cento) revelado quebras mais modestas.

As regiões da Europa de Leste e Ásia Central (21 por cento) e do Médio Oriente e Norte de África (17 por cento) registaram, por seu lado, o aumento da mortalidade associada à doença.

Profissionais do sexo (23 porcento mais que o resto da população), consumidores de droga (22 por cento mais) e homossexuais (13 porcento mais) mantêm-se como os grupos populacionais com maiores taxas de incidência de infecções por HIV.

O relatório revela ainda que o aumento do uso de anti - retrovirais em países de baixo e médio rendimento permitiu salvar 14 milhões de vidas por ano desde 1995, 900 milhões de Kwanzas das quais na África Subsahariana.

Em 2011, foram disponibilizados mais de 1.600 biliões de Kwanzas para a prevenção e tratamento da SIDA em todo o mundo, 30 porcento menos que o necessário para uma resposta completa em 2015.

CPLP Sem "atropelos" Nem "Cúmes" é Oportunidade de Crescimento

Logotipo da CPLP
Logotipo da CPLP


Lisboa - O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, disse terça-feira no XXII Encontro dos bancos centrais dos países de língua portuguesa que a CPLP sem "atropelos" nem "ciúmes" é uma oportunidade de crescimento para todos.

Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, que destacou o valor económico da língua portuguesa e que sublinhou que a lusofonia é prioridade da política externa portuguesa, "a língua falada em quatro continentes por quase 300 milhões de habitantes" é um factor de desenvolvimento que pode ter mais relevância no futuro.

"Os países da CPLP ([Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] encerram muitas geografias e afinidades. Não devemos ver isto como um risco nem ter qualquer sentimento de ciúme, devemos ver isto como oportunidades de crescimento" afirmou Paulo Portas no encerramento do XXII Encontro dos bancos centrais dos países de língua portuguesa que decorreu  terça-feira última em Lisboa.

"Se nos soubermos compreender uns aos outros e não nos atropelarmos, o factor CPLP vai ganhar escala", disse Paulo Portas que lembrou igualmente à cooperação portuguesa com os países africanos de língua portuguesa.

Ao referir-se aos atuais valores da cooperação portuguesa com os países africanos de língua portuguesa (0,29 porcento do Produto Interno Bruto português), Portas afirmou que não é preciso ter muitos projectos "pequeninos" mas sim, menos projetos "mas mais importantes".

Portas sublinhou os projectos de ajuda ao desenvolvimento, "que dentro da margem possível devem ser olhados como afirmação, manutenção e reinvenção das parcerias com os países de língua portuguesa", e destacou a "definição de políticas macro - económicas para o desenvolvimento" e questões relacionadas com "a exploração de recursos naturais".

Paulo Portas considerou que Portugal faz "a ponte" entre a CPLP e a Europa, "a terceira maior economia do mundo", e que o Brasil, "ao ser a potência que é no espaço latino-americano, constitui para os outros países da CPLP uma grande oportunidade".

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse ainda que o continente africano, se beneficiar da estabilidade e de instituições sólidas, pode originar "exemplos de sucesso económico nas próximas décadas".

"Todos conhecem o potencial de Angola, sendo uma potência regional, todos sabem a importância de Moçambique, todos conhecem a avaliação das instituições internacionais sobre a governança de Cabo-Verde e todos sabem as ligações que mantemos com São Tomé e Príncipe", disse Paulo Portas, que disse ainda que "todos" querem respeito pela "constituição e diálogo político na Guiné-Bissau".

Finalmente, ao referir-se à actual situação económica de Portugal, Portas afirmou que "as lições aprendidas com a crise são relevantes para os países lusófonos. São da maior importância para todos".

Banco de Investimento da CEDEAO Avaliza Financiamento de Projectos Culturais


Cidade da Praia - O Banco da Cultura (BC) de Cabo Verde assinou segunda-feira um protocolo com o Banco de Investimento para o Desenvolvimento da CEDEAO (BIDC), que permitirá, através de um fundo, financiar projectos de agentes culturais e artistas crioulos.

Segundo o ministro cabo-verdiano da Cultura, Mário Lúcio Sousa, o Fundo de Garantia das Industrias Culturais da África de Oeste foi dado pela Organização Internacional da Francofonia (OIF) e será gerido pelo BIDC, que é uma garantia do Banco da Cultura junto da banca comercial cabo-verdiana.

"Significa que, a partir de agora, os agentes culturais e os artistas cabo-verdianos podem submeter os seus projectos directamente ao Banco da Cultura, onde serão analisados. Os bancos comerciais serão parceiros, mas não correm riscos, na medida em que somos o garante em 'primeira mão'", explicou.

Mário Lúcio Sousa indicou que, quando os montantes ultrapassarem os 15 mil euros, o BIDC da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) será "o garante, também em 'primeira mão'", junto dos bancos.

Depois, caberá ao Banco da Cultura receber os projectos candidatos a empréstimos reembolsáveis, analisar a respectiva viabilidade e prestar auxílio na elaboração dos documentos, caso seja necessário, após o que serão submetidos à banca comercial para financiamento.

União Africana Condena Ataques Rebeldes no Leste da RDC

 
 
Bandeira da União Africana
Bandeira da União Africana
Kigali - A presidente da Comissão da União Africana (UA), Nkosazana Dlamini-Zuma, condenou veementemente nessa segunda-feira a ofensiva militar lançada pelo movimento rebelde M23 em Goma, no Leste da RD Congo, pedindo a este grupo para pôr termo “incondicional e imediatamente” a estes actos.

 
"A União Africana condena com firmeza as violências perpetradas contra a população civil na província do Kivu-Norte, no Leste da República Democrática do Congo", declarou Dalmini-Zuma, citada num comunicado.

A mesma exige que "tudo seja feito para garantir um acesso humanitário sem obstáculos a esta província" fronteiriça com o Rwanda.

A organização pan-africana reitera a necessidade para todos os atores interessados de consagrar a sua inteira cooperação aos esforços em curso no quadro da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), com o apoio total da UA.

Desde quinta-feira última, confrontos intensos opõem no Kivu-Norte rebeldes do M23 às Forças Armadas Congolesas (FARDC) apoiadas pela Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização da RD Congo (MONUSCO).

Guiné-Bissau Vai Ter o Seu Primeiro Centro Comercial


Guiné-Bissau-O primeiro centro comercial da Guiné-Bissau deverá abrir as portas na capital Bissau dentro de 18 meses, um projecto de um consórcio luso-guineense, disse o empresário português Luís Neves, em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa.

A primeira pedra para a construção do centro comercial, enquadrado dentro de uma cadeia de vários empreendimentos a serem construídos, será lançada no próximo sábado na presença de entidades oficiais da Guiné-Bissau e de empresários dos dois países.

Luís Neves disse ainda que representantes de oito empresas portuguesas de metalomecânica, carpintaria, casas pré-fabricadas, serralharia, produtos alimentares, cozinhas e material de construção chegam sexta-feira a Bissau a fim de constatar a realidade guineense e analisar possíveis áreas de cooperação com empresários locais.

O centro comercial de construção ligeira, a ser erguido na zona industrial de Brá, a seis quilómetros do centro de Bissau, com 1500 metros quadrados e quatro pisos, disporá de “todas as condições de higiene, segurança e mobilidade” iguais aos edifícios semelhantes na Europa, sendo a única exigência apresentada pelos parceiros portugueses que os produtos a serem comercializados sejam genuínos.

Além do centro comercial, o consórcio luso-guineense pretende construir no total sete armazéns, duas salas de cinema, um edifício multi-serviços, escritórios para alugar a baixo custo, um pavilhão para uma feira de exposição de produtos produzidos na Guiné-Bissau e os de outros países e ainda abrir uma rádio privada para a divulgação das actividades do grupo.
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Tuaregues e Radicais Islâmicos Aceitam Processo de Diálogo em Mali

Mali-Os rebeldes tuaregues do Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA) e os radicais islâmicos do Ansar Dine aceitaram começar um processo de diálogo político para tentar acabar com a crise no norte de Mali.
   
"As delegações do MNLA e do Ansar Dine expressaram sua disponibilidade para começar um processo de diálogo político sob a supervisão da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (CEDEAO)", informou terça-feira o ministro das Relações Exteriores de Burkina Fasso, Djibrill Bassole.
   
Após uma reunião dos grupos rebeldes com o presidente burquinense e mediador da CEDEAO na crise, Blaise Compaoré, Bassole disse que o objetivo das conversas é "encontrar uma solução negociada, justa e sustentável para a crise no norte malinês".
   
"Eles aceitaram continuar as conversas em um marco formal e se organizaram para apresentar um programa de reivindicações que incluam as dos povos do norte de Mali", acrescentou Bassole.
   
Por sua vez, o líder do MNLA, Bilal Ag Cherif, assegurou que chegou a hora de encontrar uma saída pacífica para o conflito.
   
"Não temos outra opção a não ser nos sentar e conversar seriamente para encontrar uma solução para o conflito entre Azawad e Mali, que já dura mais de 50 anos", declarou o líder rebelde aos jornalistas.
   
Por sua vez, Bassole advertiu que "o diálogo não substituirá a intervenção militar, nem a intervenção militar o diálogo".
   
"Temos que combinar um processo diplomático e político com um militar para libertar a região dos grupos terroristas que representam uma ameaça para o processo de paz e para toda a região", asseverou Bassole.
   
Enquanto isso, na região oriental malinesa de Menaka foram travados sexta-feira combates entre o MNLA e Monoteísmo e a Jihad na África Ocidental, um dos grupos fundamentalistas islâmicos que controlam o norte do país africano.
   
Mali se encontra imerso em uma profunda crise desde o dia 22 de Março, quando um golpe de Estado militar derrubou o presidente eleito democraticamente, Amadu Tumani Turé.
   
Segundo os últimos números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), o conflito do norte de Mali causou o deslocamento de mais de 200 mil pessoas, das quais pelo menos 46 mil se mudaram para Bamaco, a capital do país.

BEAC Celebra 40º Aniversário


Paris - O Banco dos Estados da África Central (BEAC) organizará a 22 de Novembro próximo um simpósio em Malabo, a capital da Guiné Equatorial, para celebrar os seus 40 anos de existência.
 
O BEAC deseja, através deste simpósio, fazer o balanço da experiência adquirida na gestão e na consolidação duma união monetária e apresentar as perspectivas de cooperação e de desenvolvimento para os próximos anos.
 
Três temas foram escolhidos para este simpósio: "BEAC, 40 anos de Cooperação Monetária na África Central", "União Monetária e Convergência Económica: Experiências em África e na Europa" e "Perspectivas da Integração Monetária em África e no Mundo".
 
O objectivo da reunião é permitir trocas sobre as experiências respectivas das uniões monetárias em África e na Europa, bem como a elaboração duma visão comum sobre as perspectivas da integração monetária na Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC).
 
Criado a 22 de Novembro de 1972, o BEAC é o banco central comum aos seis Estados que constituem a CEMAC - os Camarões, a República Centro Africana, o Congo, o Gabão, a Guiné Equatorial e o Tchad.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Presidente Interino Deposto em Díli Para Falar Sobre Assuntos de "Interesse Comum"




Díli - O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse quinta-feira última que se deslocou a Timor-Leste para "falar sobre assuntos de interesse comum" com as autoridades timorenses, sem especificar quais.

"É uma visita normal no quadro das relações entre os povos da Guiné-Bissau e de Timor.Como sabem, nós temos um passado comum de luta pela independência e os laços históricos falam mais alto e é normal que eu esteja cá em visita para falar sobre assuntos de interesse comum", afirmou Raimundo Pereira.

O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau falava à imprensa no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, momentos depois de chegar acompanhado do chefe da diplomacia deposto, Mamadu Djaló Pires, e não do Primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, como a Lusa noticiou na quarta-feira.

A 12 de Abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.

A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em Abril do próximo ano.

A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.

O convite para visitar Timor-Leste foi feito ainda por José Ramos-Horta, que abandonou a presidência timorense em Maio, e que manteve um pequeno encontro no aeroporto com Raimundo Pereira e Mamadu Djaló Pires.

Durante a sua estada em Timor-Leste, que termina no sábado, Raimundo Pereira deverá reunir-se com o actual Presidente timorense, Taur Matan Ruak.

Cúpula dos BRICS Vai Discutir Criação de Fundo Monetário do bloco

Cúpula dos BRICS-Os países do bloco BRICSBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vão discutir em Março de 2013 parâmetros concretos e condições de acumulação de reservas monetárias, num mínimo de 240 bilhões de dólares, para a criação de um fundo comum do grupo. O encontro de cúpula do bloco será realizado na África do Sul.
 
A concepção da criação do fundo anti-crise econômica global do grupo BRICS surgiu ainda em Junho deste ano. Na cúpula do G20, no México, o vice-ministro das Finanças da Rússia, Sergei Storchak, afirmou que o fundo será criado se Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não puderem exercer sua devida influência sobre a adoção das decisões do Fundo Monetário Internacional, que se encontra agora em fase de reforma. “É evidente que os países-membros do grupo BRICS entraram numa fase em que podem exigir que a sua opinião seja levada em consideração”, disse Storchak em Los Cabos.
Os líderes dos BRICS reunidos em Março de 2012 em Nova Délhi

Os cinco países que integram o grupo BRICS detêm 43% da população do planeta e cerca de 18% do PIB mundial. O total das suas reservas é de cerca de 4 trilhões de dólares.
 
Esse crescente poderio econômico dos BRICS permitiria reclamar também um papel mais alto na política mundial, na opinião do analista financeiro Roman Andreev, em declaração à Rádio Voz da Rússia. Disse Andreev: “Creio que a idéia básica consiste em dar a entender à comunidade mundial que no globo existem não somente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, e que não somente eles é que podem impor as suas regras. Neste caso prevalecem precisamente os motivos políticos, trata-se de uma certa alternativa ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional e a outros fundos que são criados agora na Europa.
 
Creio que se trata do desejo dos países- membros do grupo BRICS de mostrar que os países emergentes não podem ser descartados, que é perfeitamente possível que em breve os atuais países emergentes passem para a categoria de países evoluídos e que precisamente eles irão recomendar aos países evoluídos que adotem as suas tecnologias políticas e econômicas.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Como a América Latina Pode Ajudar a Europa

América Latina-A zona Euro parece estar a aprender lentamente as lições de gestão de crise. Esta coluna defende que as décadas de crise financeira da América Latina podem fornecer informações importantes à Europa.Muitos países periféricos da zona euro estão a sofrer problemas financeiros e de competitividade que lembram os que ocorreram na América Latina. A analogia já foi apontada várias vezes.
 
Num trabalho recente, Cavallo e Fernandez em Arias 2012: "focamo-nos em determinados domínios em que a experiência latino-americana com a crise e retoma oferece lições úteis para as atuais preocupações europeias, nomeadamente prémio elevado de risco de dívida pública, dificuldades no sistema bancário, interrupções repentinas de fluxos de capital, e fraco crescimento e competitividade".
 
Algumas respostas latino-americanas
 
Aqui ficam algumas lições de uma região com uma longa história de crise financeira e difícil interação entre economia e política.
 
Não ficar paralisado pelo receio de riscos morais
 
A experiência latino-americana demonstra a necessidade de proporcionar um apoio externo de liquidez rápido e amplo para atenuar a pressão financeira e impedi-la de aumentar para uma crise alarmante. Os riscos morais não foram um problema nos resgates externos financeiros na América Latina pois os países saldaram as suas obrigações ao abrigo de acordos estritos de aplicação obrigatória, e portanto internalizaram todos os custos e benefícios da assistência externa oficial sem beneficiar de um comportamento oportunista.
 
Indiscutivelmente, o apoio externo insuficiente esteve por trás da profundidade dos grandes colapsos da América Latina. Os riscos morais só têm sido um problema em resgates internos de entidades subnacionais pelo Governo federal.

África Longe de Atingir Metas de Desenvolvimento do Milénio

Huambo – Grande parte dos países africanos estão muito longe de atingir as metas de desenvolvimento do milénio até 2015, devido aos inúmeros problemas que enfrentam (guerras, calamidades naturais, casos de VIH/Sida, malárias, fome e pobreza).

Sobre os objectivos do milénio, é difícil a África atingir um desenvolvimento interno até 2015 devido aos inúmeros conflitos étnicos e os mais variados problemas que aflige o continente.

É quase impossível porque o continente se debate com conflitos étnicos como na República Democrática do Congo (RDC), Guiné-Bissau, Guiné Conakry, Sudão e na Somália, entre outros problemas que afligem, como à pobreza e à fome e a própria miséria.

A Declaração do Desenvolvimento do Milénio (ODM) foi assinada em 2000 por chefes de Estado e de Governo de 189 países, nas Nações Unidas, em Nova Iorque.

A mesma pretende atingir oito objectivos até 2015, nomeadamente erradicar a pobreza extrema e a fome, alcançar a escolaridade primária universal, promover a igualdade de género e capacitação da mulher, diminuir a mortalidade infantil e melhorar a saúde materna.

Perspectiva ainda o combate a epidemia do HIV/Sida, a malária e outras doenças, assegurar o desenvolvimento sustentável e promover uma parceria global para o desenvolvimento.

Em África os países em desenvolvimento aparentemente conseguiram reduzir para metade a pobreza extrema, segundo indica um relatório do Banco Mundial.

O documento divulgado pelo Banco Mundial revela igualmente que, pela primeira vez desde 1981, menos de metade da população vive na pobreza extrema em África e que as condições para um avanço maior no continente são pouco favoráveis.

Dados preliminares apresentados pela instituição multilateral de crédito indicam que o conjunto dos países em desenvolvimento atingiu em 2010 a primeira das oito Metas de Desenvolvimento do Milénio, que inclui avanços contra à fome, doenças e analfabetismo.

Do ponto de vista do VIH/Sida, essa epidemia continua a destacar-se como um problema importante de saúde pública, exigindo cada vez mais o engajamento de diversos sectores, público e privado, das Nações Unidas (UN) e da sociedade civil, tendo em conta aspectos da efectividade humana, o respeito a diversidade e o seu alastramento em África, sobretudo em países em vias de desenvolvimento.
 
Algumas das Metas de Desenvolvimento do Milénio com vista a cortar pela metade a pobreza no mundo serão alcançadas já em 2015, segundo o relatório das Nações Unidas divulgado no contexto da 67ª Assembleia-geral da ONU são objectivos longe de serem atingidos por muitos países do continente africano, incluído da África Branca (Líbia, Tunísia e Egipto) devido a primavera árabe consubstanciada com sucessivas guerras e destruições.

No campo dos direitos humanos, alguns Estados africanos registaram avanços significativos no acesso a educação básica para as mulheres. Em Angola por exemplo, as mulheres têm procurado ganhar o seu espaço nas esferas política, económica, social, desportiva e no poder legislativo que tem servido de estímulo para as demais mulheres no mundo e na África, em particular.

A nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), tal como Angola, Moçambique também possui uma Lei sobre a violência no género, desde 2011, que defende as vítimas deste flagelo, tráfico de mulheres e crianças e abuso sexual da rapariga, tornando-se desafios permanentes aliados a formação da mulher e erradicação do analfabetismo.

Neste capítulo da igualdade do género no continente africano, se destaca ainda a eleição da sul-africana Nkosozana Zuma ao cargo de presidente da Comissão da União Africana (UA), ascensão enaltecida por várias mulheres do continente africano.

As metas sobre globais de acesso a água potável e a educação básica para meninas, distribuição equitativa da riqueza do país e sustentabilidade ambiental estão ainda longe de ser alcançados por muitos países do continente africano.





5.ª Cúpula dos BRICS Será Realizada em Março de 2013 na África do Sul

 
Rússia-O quinto encontro dos chefes de Estado dos países do grupo BRICS, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será realizado em Março de 2013 na cidade de Durban, na África do Sul. A informação foi divulgada no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, com referência ao encontro entre o Chanceler Serguei Lavrov com o seu colega sul-africano, Maite Nkoana-Mashabane.
 
Foi destacado também na reunião o ritmo crescente da parceria entre a Rússia e a África do Sul no contexto da correlação dos países BRICS.
 
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia acrescentou que os ministros expressaram satisfação com a dinâmica de interação entre a Rússia e África do Sul, observando o desejo mútuo de construir políticas comerciais e aumentar os laços econômicos, culturais e humanitários entre os países.
 
A 4.ª Cúpula dos BRICS foi realizada em Março deste ano na capital da Índia – Nova Délhi. Na ocasião, o então presidente russo, Dmitri Medvedev, representou a Rússia.

Banco Europeu de Investimento Financia Pequenas e Médias Empresas em Países Africanos

Bruxelas - O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou com o United Bank for Africa (UBA) da Nigéria um acordo de empréstimo de 50 milhões de euros destinados às Pequenas e Médias Empresas (PME) africanas, anuncia um comunicado divulgado segunda-feira em Bruxelas.
 
O BEI indica que é a primeira vez que concede uma linha de crédito a um banco nigeriano para ser utilizada em vários países africanos.
 
O UBA poderá conceder empréstimos a PME que operam na RD Congo, no Gabão, no Tchad, no Benin, na Serra Leoa e na Côte d'Ivoire.
 
Segundo o comunicado, o BEI tomou esta iniciativa para apoiar o investimento no setor privado e "para resolver os défices de investimento que entravam o financiamento das pequenas empresas em África".