Segundo constata o jornal Financial Times, os sukuk (tal é o nome dos títulos de valores em língua árabe) britânicos já têm uma procura avaliada 2 bilhões de libras esterlinas. Ao todo, foram emitidas obrigações no valor de 200 milhões, tendo a procura ultrapassado em 10 vezes a oferta. A emissão iniciará ainda antes do Ramadã.
Entretanto, as leis de sharia proíbem a cobrança de juros sobre os empréstimos e a participação em lucros. As obrigações sukuk se estruturam como valores que proporcionam ao comprador uma cota nos activos, obrigando a adquiri-la num prazo determinado.
De acordo com a agência russa Itar-Tass que cita o Departamento de Gestão da Dívida Pública da Grã-Bretanha, Robert Stheeman, as obrigações islâmicas foram emitidas em regime experimental, sendo difícil encontrar os respectivos activos. A imprensa britânica comunica que os bancos islâmicos de Londres se mostraram descontentes por não terem podido tomar conta de emissão dos títulos referidos.