segunda-feira, 30 de junho de 2014

Itália Teme Introdução de Novas Sanções Contra a Rússia

Rússia-O britânico Financial Times, maior jornal de economia e negócios do mundo, publicou sexta-feira última, um artigo dizendo que a Itália está tentando retardar as tentativas dos Estados Unidos e da Alemanha em expandir as sanções contra a Rússia. Citando como fonte um diplomata não identificado, a publicação alega que a Itália tem confrontado esta questão de forma cada vez mais intensa e confiante.
 
O jornal destaca que a Ministra das Relações Exteriores italiana, Federica Mogerini, é apontada como a principal adversária do endurecimento das sanções contra a Rússia e que a sua posição recebe o apoio de países como Áustria, Espanha, Chipre, Grécia, Eslováquia, Hungria e Bulgária. Os críticos das autoridades italianas afirmam que o governo do país está especialmente preocupado de que as medidas possam prejudicar a empresa petrolífera Eni e o banco UniCredit.
 
A publicação lembrou que nos últimos dias Washington tem pressionado a União Europeia a introduzir novas sanções contra sectores inteiros da economia russa, incluindo o energético, o financeiro e de defesa. Na segunda-feira última, o Secretário de Estado adjunto norte-americano, Dan Fried, visitou Bruxelas para mostrar que os Estados Unidos estão prontos para aprovar o “terceiro pacote” de restrições contra a Rússia, mas somente se em conjunto com o bloco europeu.
 
Com a escalada do conflito na Ucrânia, a Alemanha reiterou sua posição frente à introdução de maiores sanções contra Moscovo. Segundo a fonte diplomática do Financial Times, a expansão das restrições também foi defendida sexta-feira passada, durante uma reunião da União Europeia, por Grã-Bretanha, Suécia, Dinamarca, Polônia, Romênia e países bálticos.
 
No entanto, a União Europeia também está preocupada com as possíveis consequências econômicas das sanções contra a Rússia, responsável por 30% do fornecimento de gás para a Europa. Afinal, o volume das relações comerciais entre o bloco europeu e a Federação é 12 vezes maior do que o volume de comércio entre a Rússia e os Estados Unidos.