Arménia-Erevan foi palco de uma manifestação anti-Rússia segunda-feira passada em que a Arménia recebeu a visita de Vladimir Putin.
O presidente russo está a negociar uma união aduaneira com antigas repúblicas soviéticas, que os críticos denunciam como um regresso ao passado.
“Não há URSS”, lia-se num dos cartazes empunhados pelos manifestantes.
Os protestos na capital arménia, em que participaram cerca de 1000 pessoas, acabaram com perto de uma centena de manifestantes detidos pela polícia.
Tal como a Ucrânia, a Arménia não quis assinar o acordo de associação com a União Europeia em prol do reforço dos laços com Moscovo.
O Kremlin procura assegurar a sua influência na estratégica região do Cáucaso e, nesse sentido, Putin declarou que “a Rússia não se está a preparar para deixar o Cáucaso do Sul. Pelo contrário, quer “reforçar” a presença na zona.
Putin aproveitou também para comentar os acontecimentos na Ucrânia, considerando que se trata de “uma tentativa da oposição fazer tremer (…) as autoridades legítimas no país”. Segundo o presidente russo, o que está a acontecer “não é uma revolução, mas um protesto muito bem preparado, não para este momento, mas para a campanha presidencial em março de 2015”.
No quadro das negociações em curso para a união aduaneira, Erevan e Moscovo chegaram a acordo para a venda dos restantes 20% da companhia de gás estatal da Arménia, que passa a ser controlada na totalidade pela Gazprom.