terça-feira, 14 de maio de 2013

Governo Moçambicano e Renamo Voltam a Discutir Reivindicações do Partido Oposicionista

Maputo - O governo moçambicano disse esperar que a nova ronda de diálogo com a Renamo, maior partido da oposição no país, a decorrer ontem segunda-feira, seja frutífera e conducente à consolidação da paz e democracia.
 
O ministro da Agricultura José Pacheco, que é igualmente chefe da delegação governamental, confirmou a realização, segunda-feira (13 de Maio), de uma ronda de diálogo entre as partes, anotando que os resultados devem constituir um valor acrescentado para o processo democrático em curso no país.
 
Pacheco disse à AIM que o diálogo é também reflexo da abertura que o governo está disposto a assumir, rumo a uma maior unidade entre os moçambicanos, porquanto todos são cidadãos que representam um único país.
 
A primeira ronda do diálogo foi dominada pela discussão de questões previamente colocadas ao Governo pela Renamo, entre elas a libertação imediata e incondicional dos 15 membros seus detidos na Beira em conexão com os ataques de Muxungue, no dia 4 de Abril último.
 
Na mesma pauta reivindicativa, destacou-se a necessidade de o Governo retirar as Forças de Defesa e Segurança posicionadas na região de Gorongosa, onde se encontra o líder desta força política, Afonso Dhlakama.
 
As outras questões colocadas têm a ver com a aceitação, por parte do Governo, da presença no diálogo, ora iniciado, de pacificadores nacionais e observadores da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), da União Africana (UA) e da União Europeia (EU), bem como a despartidarização das instituições do Estado e a distribuição de riqueza.
 
Quanto a libertação dos detidos, segundo Pacheco, o Governo recomendou a Renamo que constituísse um advogado para seguir os processos por se tratar de um assunto que estava sob alçada do tribunal, e o Executivo não podia interferir.
 
Em relação aos pacificadores e observadores, o Governo solicitou a apresentação dos termos de referência do âmbito de actuação destes. O governante explicou também que a exigência dos termos de referência surge pelo facto de não se saber qual é a razão desta solicitação.