segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Países em Desenvolvimento Pedem que Nações Ricas Diminuam Emissões

 
Brasilia-Representantes de Brasil, Índia, China e África do Sul cobraram sexta-feira última (21de Setembro) que os países ricos aumentem a taxa de redução das emissões de gases do efeito estufa na segunda etapa do Protocolo de Kyoto. Os quatro países, que formam o grupo Basic, debateram em Brasília as ações que serão defendidas na Conferência do Clima (COP18), que acontecerá em Dezembro em Doha, no Catar.

A segunda fase do Protocolo de Kyoto- documento que prevê metas de redução de emissões- começa a partir de Janeiro de 2013, mas ainda não foram definidos os compromissos que deverão ser adotados. Para o Basic, a COP 18 precisa promover negociações “concretas” sobre os novos objetivos de redução de emissões.

 
“Em relação à redução de emissões, os países em desenvolvimento estão reduzindo em 70% e os desenvolvidos em 30%. Acreditamos que a redução de países desenvolvidos ainda não é suficiente.
 
Temos que negociar como aumentar a taxa de redução dos países desenvolvidos”, disse o vice-ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China, Xie Zenhua.

Para o governo brasileiro, a conferência em Doha será importante para assegurar que a segunda etapa do Protocolo de Kyoto tenha, de fato, início em 2013. “É um desafio para Doha assegurar o segundo período de compromisso de Kyoto e caminhos mais objetivos de [proteção ambiental]”, afirmou a ministra do meio-ambiente,
Izabella Teixeira.

A ministra defendeu que seja mantido na segunda etapa de Kyoto o princípio das responsabilidades comuns porém diferenciadas, segundo o qual os países desenvolvidos devem contribuir mais que as nações em desenvolvimento no esforço de proteção do meio-ambiente.

De acordo com o Itamaraty, o objetivo da reunião de ministros do Basic, em Brasília, foi alcançar a unificação das posições dos quatro países para as negociações climáticas da COP18. Os países integrantes do Basic pretendem contribuir com menos dinheiro nas medidas de redução das emissões de carbono, apesar de já poluirem como alguns países desenvolvidos. A China, por exemplo, é o maior emissor de gases do efeito estufa do mundo.