Nova York - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, chegou domingo (23de Setembro) a Nova York, onde discursa, nesta terça-feira (25de Setembro) na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas.Ela deve reiterar que apenas esforços conjuntos na busca por soluções para conter os efeitos da crise econômica internacional evitarão danos às metas de inclusão social e redução da pobreza no mundo. Ela também pretende destacar os avanços obtidos na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em Junho.
Dilma desembarcou acompanhada da filha, Paula Araújo, e dos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Marco Aurélio Garcia (Secretaria Especial de Assuntos Internacionais), Aloizio Mercadante (Educação), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social). Dilma fica até o dia 26 em Nova York.
No ano passado, a presidente foi a primeira mulher a discursar na Assembleia Geral da ONU. Inicialmente, na edição deste ano, está confirmada apenas uma reunião dela com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Não há encontros organizados com o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Porém, uma possibilidade é que ela se encontre com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.
Em relação à política externa, a presidente deverá reiterar a necessidade de respeitar a soberania interna e a ordem democrática.Referências que dizem respeito diretamente à Síria e ao Paraguai.Sobre a Síria, Dilma deverá defender o fim da violência, a busca da paz por meio do diálogo, o respeito aos direitos humanos e a não intervenção militar.
Dilma deverá, mais uma vez, apoiar o direito de a Palestina ser um Estado independente. Ela deve mencionar também a necessidade de buscar um acordo de paz entre palestinos e israelenses. No ano passado, a presidente ressaltou o apoio à oposição na Líbia. Na época, o então presidente Muammar Kadhafi (morto em Outubro de 2011) resistia em deixar o poder.
No âmbito regional, a presidente deve ressaltar que atualmente na América Latina a integração está diretamente relacionada ao respeito à democracia. É uma referência à necessidade de preservar a ordem democrática, algo que os líderes latino-americanos suspeitam que não ocorreu no Paraguai durante a destituição do então presidente Fernando Lugo, em 22 de Junho.
A 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas terá como temas principais a prevenção e a resolução pacífica de conflitos internacionais. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, acompanha Dilma e tem uma agenda paralela. O principal tema da agenda dele é o esforço para a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
O conselho é formado por 15 países – cinco com assentos permanentes e dez com rotativos. O Brasil defende a ampliação para, pelo menos, 25 lugares no total. O assunto deve ser reunião de Patriota com representantes do G4 (Alemanha, Brasil, Índia e Japão) e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).