SG da ONU , Ban Ki - Moon |
Nova Iorque - O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou
o assassinato de Mustapha Haji Maalim, um membro do novo parlamento somali,
dizendo que esta acção constitui uma lembrança das dificuldades encontradas
pelas novas instituições.
"Esta perda (do parlamentar Maalim) ocorreu muito cedo na vida do novo parlamento, cujo trabalho é de capital importância na nova via escolhida pela Somália. Ela constitui uma lembrança das dificuldades encontradas pelas novas instituições", acrescentou.
Ki-moon declarou que os membros do parlamento somali foram designados de maneira transparente, consultiva e representativa e que são chamados a servir num momento crítico da história do país.
Por sua vez, o representante especial do secretário geral da ONU para a Somália, Augustine Mahiga, condenou firmemente este assassinato, exigindo um inquérito independente sobre o caso.
"Estou chocado e indignado pelo assassinato do honroso Maalim", declarou num comunicado entregue à PANA domingo em Nova Iorque, afirmando que "estes actos cobardes de assassinatos direccionados e atentados cegos não podem enfraquecer a notável coragem do povo somali cuja teimosia e a determinação permitiram-lhe ultrapassar obstáculos formidáveis e chegar lá onde estamos agora".
Segundo a imprensa local, Maalim foi abatido sábado em Mogadíscio, a capital do país, por homens armados não identificados e sucumbiu mais tarde aos seus ferimentos num hospital.
O incidente segue-se a um duplo atentado suicida ocorrido quinta-feira última, em Mogadíscio, que visava um restaurante popular matando pelo menos 12 pessoas, incluindo jornalistas e polícias.
A Somália empreendeu, após décadas de guerra, um processo de paz e de reconciliação nacional, com uma série de medidas importantes tomadas nestas últimas semanas e que contribuíram para pôr termo ao período de transição política de oito anos neste país do Corno de África.
Estas medidas compreendem a adopção de uma Constituição provisória, a aplicação de um novo parlamento e a escolha de um novo presidente, indica-se.