Guiné-Bissau-As redes de narcotráfico presentes na Guiné-Bissau estão mais activas e influentes no país desde o golpe de Estado de Abril, considerou o representante do secretário-geral da ONU para a África Ocidental numa reunião quarta-feira à noite do Conselho de Segurança em Nova Iorque .
O representante especial Said Djinnit falava num "briefing" aos 15 membros do Conselho de Segurança sobre a situação "precária" de segurança na África Ocidental, em que estiveram em foco os golpes de Estado no Mali e na Guiné-Bissau, este último ocorrido a 12 de Abril.
"Há actividades crescentes e influência de redes de tráfico de droga na Guiné-Bissau, especialmente desde o recente golpe", explicou o responsável da ONU. Djinnit apontou o caso guineense como exemplo do potencial do "flagelo do tráfico de droga e crime organizado para minar seriamente a governação e a segurança na região", se não for alvo de medidas prontas e eficazes.
Para Said Djinnit, "os atores regionais têm de redobrar esforços" para lidar com esta criminalidade. No seu anterior "briefing" ao Conselho de Segurança, em Maio, o diplomata argelino alertara para uma "nova vaga de desafios à governação e paz" na região, patente nos casos do Mali e Guiné-Bissau, sob ameaça do crime organizado e terrorismo.
Apesar dos "progressos significativos nos últimos anos na promoção e consolidação da paz, graças a iniciativas tomadas pelos líderes regionais com apoio do continente e da comunidade internacional, particularmente a ONU", para Said Djinnit a segurança na África Ocidental "continua precária e reversível". Isto porque "as causas de base da insegurança ainda não foram resolvidas totalmente. A atenção e apoio continuado da ONU continuam a ser críticos.