Jean Ping, candidato a sua sucessão |
Cidade do Cabo - O presidente da Comissão da União Africana (CUA), Jean Ping, afirmou que mantinha a sua candidatura à sua própria sucessão, refutando assim uma informação divulgada pelo jornal sul-africano Sunday Times segundo a qual ele renunciou à corrida para um novo mandato.
"Sou e permaneço candidato à minha reeleição enquanto presidente da Comissão da União Africana, visto que a minha candidatura não foi retirada pelo meu país, o Gabão, e pela minha região" (a África Central), fez questão de dizer Ping num comunicado divulgado nas vésperas da Cimeira da UA, prevista em Addis Abeba (Etiópia) este fim - de - semana, e que será marcado pela eleição do presidente da Comissão.
"Pretendo permanecer na corrida até o fim e espero ganhar a confiança renovada dos líderes do nosso continente", prosseguiu.
Devido à eleição bloqueada durante a última Cimeira da UA, em Janeiro, os dois principais candidatos - Ping, no posto desde 2008, e a ex-ministra sul-africana dos Negócios Estrangeiros, Nkosazana Dlamini-Zuma - vão concorrer ao cargo na próxima cimeira de Addis Abeba.
De acordo com o jornal Sunday Times, Ping manteve um encontro, na última semana, com responsáveis do Governo sul-africano em Pretória e aceitou retirar-se a favor de Dlamini-Zuma, à condição que ele seja nomeado para outro cargo no seio da UA.
No entanto, Ping qualificou esta informação de "mentira vergonhosa e insinuação", sublinhando que não esteve na África do Sul há vários meses.
Dlamini-Zuma disse, por sua vez, sexta-feira última durante uma reunião de negócios na África do Sul que estava pronta para assumir o cargo para bem levar a cabo a mudança necessária no seio do bloco africano.
"Gostaríamos de tornar a UA mais eficiente enquanto organização", disse a ex-esposa do Presidente Jacob Zuma durante o pequeno almoço de informação New Age/SABC.