Secretário executivo adjunto para integração do bloco económico regional da SADC, João Caholo |
Luanda - A entrada em vigor de uma moeda única na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) depende sobretudo de uma integração fiscal, estabilidade política sólida e segurança nas fronteiras da região, disse quarta-feira passada, em Luanda, o secretário executivo adjunto para integração do bloco económico regional, João Caholo.
Segundo o responsável, está prevista para 2018 a entrada da moeda única na África Austral, mas para tal é necessário, além de algumas questões que merecem cuidados, uma base jurídica legal e disciplina fiscal.
Nesse sentido, João Caholo informou que está em curso um processo, que iniciou recentemente com o Protocolo de Finanças e Investimentos – documento que vai sustentar o roteiro para se chegar a implementação da moeda única.
O interlocutor referiu que não se pode entrar para uma zona de moeda única sem um tratado fiscal assim como aconteceu com o Euro. "E se quisermos desenvolver como região é necessário sabermos, qual a taxa de inflação, o rácio de despesas públicas e o modo de intervenção de várias instituições na comunidade.
Quanto à estabilidade política e segurança, o secretário-executivo adjunto disse que a SADC é a sub-região de África tida como a mais estável, apesar das situações que estão a ocorrer no Leste da RDCongo e a crise política no Madagáscar, já em fase resolução definitiva.
Se a SADC tivesse recursos financeiros disponíveis para realizar os projectos, principalmente relacionados com as infra-estruturas, seriam todos implementados.
Nesse momento, disse, o grande esforço da região está direccionado em tentar trazer à boa vontade política sólida da região um instrumento complementar de recursos domésticos próprios para se realizar o que se tem como prioritário para o desenvolvimento comum.