terça-feira, 26 de junho de 2012

Assistente é Condenado Pelo Abuso de Dezenas de Adolescentes nos EUA


Jerry Sandusky, ex-assistente técnico da Universidade de Penn State, uma das mais tradicionais dos Estados Unidos, foi considerado culpado sexta-feira passada de 45 das 48 acusações de abuso sexual contra menores de 15 anos, às quais respondia na Justiça. O júri chegou ao veredito depois de 21 horas de julgamento.

O caso Sandusky, que chocou a opinião pública dos EUA, veio à tona no ano passado e causou a demissão do técnico de futebol americano de Penn State, Joe Paterno, considerado uma das lendas do esporte universitário dos Estados Unidos.

Segundo informações do site da rede de notícias CNN, os promotores do caso descreveram Sandusky como um pedófilo que se utilizava de uma instituição de caridade - que ele criara supostamente para ajudar jovens problemáticos - para se aproximar de suas vitimas. Sandusky, 68 anos, alega ser inocente de todas as acusações. Joe Amendola, advogado de defesa, apelou para a falta de evidências físicas contra seu cliente e acusou as supostas vitimas de conspirarem contra o ex-assistente de Penn State para conseguir benefícios financeiros. Joseph McGettigan, promotor líder no caso, refutou o argumento, afirmando que a comunidade teria evidências alarmantes contra Sandusky.

Em comunicado publicado nesta quinta-feira, Matt Sandusky, filho adotivo de Jerry Sandusky, corroborou as acusações contra seu pai. Por meio de seu advogado, Matt afirmou já ter sido abusado sexualmente por Sandusky e que se preparava para testemunhar contra ele.

Segundo analistas, outras acusações, como a de incesto, podem ser trazidas à tona, somando-se às outras 48 contra Sandusky.

Paterno, que morreu neste ano, aos 81 anos, era o treinador há mais tempo no comando de uma equipe competitiva no esporte americano. Ele foi afastado, acusado de acobertar os crimes de Sandusky.

Ao testemunhar em novembro, a respeito do caso, Paterno afirmou ter sido informado por um assistente de que Sandusky havia sido pego "fazendo algo de natureza sexual com um adolescente".Paterno nunca informou à polícia, nem à direção de Penn State.

A demissão, apesar da natureza hedionda do caso, chocou alunos, ex-alunos e torcedores de Penn State, que repudiaram a demissão do treinador. Jay Paterno, antigo treinador dos quarterbacks e filho de Joe, assumiu o comando da equipe após o escândalo.