Lagos - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) rejeitou a tentativa de criação de um "Estado islamita do Azawad" no território ocupado do Norte do Mali, na sequência da fusão a 26 de Maio de 2012 entre o Movimento da Libertação de Azawad (MNLA) dos rebeldes tuaregues e Ansar Dine.
"A CEDEAO condena com vigor esta iniciativa oportunista, que só faz piorar a aflição das populações já confrontadas com a privação e atrocidades em curso no território ocupado bem como a ameaças à paz e à segurança regionais", informou o bloco regional num comunicado.
"A CEDEAO reafirma assumir compromissos no que diz respeito à integridade do território do Mali. A CEDEAO não reconhece a alegada declaração de independência", lê-se no texto.
A CEDEAO estima que este último desenvolvimento é uma ameaça séria à paz e à segurança regionais e reitera a sua oferta a favor de uma resolução negociada.
A organização sub-regional reafirma a sua determinação a "tomar todas as medidas necessárias para impedir o mergulho do Norte-Mali na zona de não direito para os terroristas e outras redes criminosas e ajudar o Mali a restabelecer a sua unidade e integridade territorial".
O MNLA e Ansar Dine proclamaram neste fim de semana a criação de um Estado islamita, após ter anunciado a sua fusão.
O desdobramento de uma força de três mil homens da CEDEAO no Mali foi retardado porque as autoridades malianas não o pediram, de acordo com a mesma fonte.