Lembra-se desta declaração?
“Se me perguntam se eu soube? Claro que soube. Se me perguntam se eu tive uma opinião diferente. Tive uma opinião diferente. Se me perguntam se eu alertei. Alertei. Se me perguntam se eu defendi que havia outros caminhos. Defendi…”
A 16 de setembro de 2012, o país ficava a conhecer a posição de Paulo Portas que se demarcava da polémica mexida na Taxa Social Única (a medida que Vítor Gaspar e Maria Luis Albuquerque combinaram a bordo de um avião para Bruxelas). Na véspera, numa das maiores manifestações desde o 25 de abril, os portugueses gritaram: Não à TSU!
A troika tremeu…
A história é conhecida, mas serve para enquadrar o regresso ao debate político de um assunto traumático para o país e para a coligação (que não mais seria a mesma). A medida acabou por cair, mas as três letras da polémica foram agora recuperadas por Passos Coelho. Ao falar das reformas, defendeu que ainda falta reduzir o custo do trabalho para as empresas nos próximos anos. A oposição esfregou as mãos!
No passado o que estava em causa era pôr os trabalhadores a pagar o que se descontava aos patrões. Mas agora, segundo o Económico, a intenção passa por baixar os custos de trabalho para as empresas de forma faseada e sem mais austeridade. Francesco Franco, professor da Nova School of Business and Economics defende no Económico que a “descida da TSU é a medida mais imediata para descer custos de trabalho”. No Negócios, Fernando Sobral lembra: “É certo que hoje o trabalho está desvalorizado, mas o primeiro-ministro deveria refletir um pouco antes de abrir a boca. Afinal ele sabe que a questão central chama-se investimento”.
Na frente política, patrões e sindicatos já estão divididos. No CDS (apanhado de surpresa?), e em ano de eleições, todas as cautelas são poucas. Na SIC Notícias, Diogo Feio bem tentou mudar de assunto: “Não vale muito a pena estar a discutir algo que ainda não sabemos em concreto se vai acontecer.” Será? Passos Coelho terá de o clarificar. Mas tem estado em silêncio. Ao contrário de António Costa, que no meio da tempestade de Sampaio da Nóvoa (e agora que está “focado nas legislativas”), agarrou o assunto, recuperando fantasmas e acusando o PM de insistir no aumento da taxa para os trabalhadores. A discussão promete e vai aquecer. É certo!
Outro assunto, outra polémica. O fecho da privatização da TAP pode cair no colo do próximo Governo. Isto porque o processo, depois de decidido o vencedor (30 de junho), vai ficar pendurado nos reguladores. O PS, que contesta esta privatização, não gostou e alega que o arrastar desta questão condiciona o próximo Executivo.
O Público e o JN dão destaque à mesma notícia. O Governo vai proibir o consumo de todo o tipo de álcool a menores de 18 anos. “A atual legislação faz a distinção entre bebidas espirituosas, proibindo-as a menores de 18 anos, das destiladas, como a cerveja e o vinho, que são interditas apenas a quem tem menos de 16 anos. O quadro legislativo foi dado como ‘ineficaz’”. O ministério da Saúde confirma que vai haver alterações e que devem avançar até ao verão.
OUTRAS NOTÍCIAS
“Se me perguntam se eu soube? Claro que soube. Se me perguntam se eu tive uma opinião diferente. Tive uma opinião diferente. Se me perguntam se eu alertei. Alertei. Se me perguntam se eu defendi que havia outros caminhos. Defendi…”
A 16 de setembro de 2012, o país ficava a conhecer a posição de Paulo Portas que se demarcava da polémica mexida na Taxa Social Única (a medida que Vítor Gaspar e Maria Luis Albuquerque combinaram a bordo de um avião para Bruxelas). Na véspera, numa das maiores manifestações desde o 25 de abril, os portugueses gritaram: Não à TSU!
A troika tremeu…
A história é conhecida, mas serve para enquadrar o regresso ao debate político de um assunto traumático para o país e para a coligação (que não mais seria a mesma). A medida acabou por cair, mas as três letras da polémica foram agora recuperadas por Passos Coelho. Ao falar das reformas, defendeu que ainda falta reduzir o custo do trabalho para as empresas nos próximos anos. A oposição esfregou as mãos!
No passado o que estava em causa era pôr os trabalhadores a pagar o que se descontava aos patrões. Mas agora, segundo o Económico, a intenção passa por baixar os custos de trabalho para as empresas de forma faseada e sem mais austeridade. Francesco Franco, professor da Nova School of Business and Economics defende no Económico que a “descida da TSU é a medida mais imediata para descer custos de trabalho”. No Negócios, Fernando Sobral lembra: “É certo que hoje o trabalho está desvalorizado, mas o primeiro-ministro deveria refletir um pouco antes de abrir a boca. Afinal ele sabe que a questão central chama-se investimento”.
Na frente política, patrões e sindicatos já estão divididos. No CDS (apanhado de surpresa?), e em ano de eleições, todas as cautelas são poucas. Na SIC Notícias, Diogo Feio bem tentou mudar de assunto: “Não vale muito a pena estar a discutir algo que ainda não sabemos em concreto se vai acontecer.” Será? Passos Coelho terá de o clarificar. Mas tem estado em silêncio. Ao contrário de António Costa, que no meio da tempestade de Sampaio da Nóvoa (e agora que está “focado nas legislativas”), agarrou o assunto, recuperando fantasmas e acusando o PM de insistir no aumento da taxa para os trabalhadores. A discussão promete e vai aquecer. É certo!
Outro assunto, outra polémica. O fecho da privatização da TAP pode cair no colo do próximo Governo. Isto porque o processo, depois de decidido o vencedor (30 de junho), vai ficar pendurado nos reguladores. O PS, que contesta esta privatização, não gostou e alega que o arrastar desta questão condiciona o próximo Executivo.
O Público e o JN dão destaque à mesma notícia. O Governo vai proibir o consumo de todo o tipo de álcool a menores de 18 anos. “A atual legislação faz a distinção entre bebidas espirituosas, proibindo-as a menores de 18 anos, das destiladas, como a cerveja e o vinho, que são interditas apenas a quem tem menos de 16 anos. O quadro legislativo foi dado como ‘ineficaz’”. O ministério da Saúde confirma que vai haver alterações e que devem avançar até ao verão.
OUTRAS NOTÍCIAS
Na Grécia a situação continua muito confusa. Neste artigo do Expresso podemos ler: "O jornal alemão "Bild" anunciava pela manhã eleições antecipadas em preparação, o britânico "Financial Times" referia ao final da tarde a possibilidade de uma bancarrota e diversos economistas propõem que o governo de Atenas comece a pagar salários e pensões com promissórias."
A caminho das eleições gerais britânicas de 7 de maio, o partido de David Cameron leva vantagem na sondagem revelada pelo The Guardian. Os conservadores subiram, estão agora nos 39% e os trabalhistas de Ed Miliband caíram para os 33%.
Hillary Clinton já reúne apoios na Europa. Os ministros dos negócios estrangeiros francês e alemão aplaudiram a entrada de Clinton na corrida presidencial. Uma tomada de posição que está já a ser criticada por ser pouco diplomática… Sobre as presidenciais norte-americanas, agora que se sabe que o senador republicano Marco Rubio também já está a caminho, aconselho-lhe este artigo do Wall Street Journal.
Por falar em presidenciais, e depois da revista Cristina, Marcelo Rebelo de Sousa volta às capas. O professor é o entrevistado do Jornal do Comércio que hoje é relançado em Lisboa, quase 30 anos após o último número.
Rui Rio garante que não é um D. Sebastião e, esta noite em Gondomar, recusou falar sobre presidenciais, só quando "a poeira assentar". Mas sobre o perfil certo do Presidente da República diz que "tem que interferir pouco, bem e certo" e fora dos holofotes.
Hoje, no Porto, Orlando Cruz apresenta-se oficialmente como candidato a Belém. É verdade, mais um. Cruz é líder do (não formalizado) Partido Esperança Popular. Foi militante do CDS, é taxista e em 2013 candidatou-se à câmara portuense.
No Funchal, Miguel Albuquerque é recebido ao início da tarde pelo representante da República. O encontro servirá para a entrega formal da lista de membros do Governo regional.
Hoje é dia de quartos-de-final da Liga dos Campeões. Às 19h45 encontram-se: Atlético Madrid - Real Madrid e Juventus – Mónaco.
FRASES
A caminho das eleições gerais britânicas de 7 de maio, o partido de David Cameron leva vantagem na sondagem revelada pelo The Guardian. Os conservadores subiram, estão agora nos 39% e os trabalhistas de Ed Miliband caíram para os 33%.
Hillary Clinton já reúne apoios na Europa. Os ministros dos negócios estrangeiros francês e alemão aplaudiram a entrada de Clinton na corrida presidencial. Uma tomada de posição que está já a ser criticada por ser pouco diplomática… Sobre as presidenciais norte-americanas, agora que se sabe que o senador republicano Marco Rubio também já está a caminho, aconselho-lhe este artigo do Wall Street Journal.
Por falar em presidenciais, e depois da revista Cristina, Marcelo Rebelo de Sousa volta às capas. O professor é o entrevistado do Jornal do Comércio que hoje é relançado em Lisboa, quase 30 anos após o último número.
Rui Rio garante que não é um D. Sebastião e, esta noite em Gondomar, recusou falar sobre presidenciais, só quando "a poeira assentar". Mas sobre o perfil certo do Presidente da República diz que "tem que interferir pouco, bem e certo" e fora dos holofotes.
Hoje, no Porto, Orlando Cruz apresenta-se oficialmente como candidato a Belém. É verdade, mais um. Cruz é líder do (não formalizado) Partido Esperança Popular. Foi militante do CDS, é taxista e em 2013 candidatou-se à câmara portuense.
No Funchal, Miguel Albuquerque é recebido ao início da tarde pelo representante da República. O encontro servirá para a entrega formal da lista de membros do Governo regional.
Hoje é dia de quartos-de-final da Liga dos Campeões. Às 19h45 encontram-se: Atlético Madrid - Real Madrid e Juventus – Mónaco.
FRASES
"Ainda pode acontecer", Paulo Macedo, ministro da Saúde a admitir que a vacina pneumocócica Prevenar possa vir a constar do Plano Nacional de Vacinação, o que custará cerca de 12 milhões de euros anuais.
“Costa tem agora a grande responsabilidade do futuro do PS e do país. E tenho a certeza de que, não obstante as enormes dificuldades que terá de enfrentar, vai ganhar as eleições legislativas com bastante facilidade”, Mário Soares ao DN.
“Tudo sobre Sampaio da Nóvoa tem sido um almanaque sobre como não gerir as coisas”,Miguel Sousa Tavares, no Jornal da Noite da SIC.
“Governo soube das novas direções da RTP pelos jornais”, Gonçalo Reis, o novo presidente da RTP em entrevista ao DN.
O QUE ANDO A LER
“Costa tem agora a grande responsabilidade do futuro do PS e do país. E tenho a certeza de que, não obstante as enormes dificuldades que terá de enfrentar, vai ganhar as eleições legislativas com bastante facilidade”, Mário Soares ao DN.
“Tudo sobre Sampaio da Nóvoa tem sido um almanaque sobre como não gerir as coisas”,Miguel Sousa Tavares, no Jornal da Noite da SIC.
“Governo soube das novas direções da RTP pelos jornais”, Gonçalo Reis, o novo presidente da RTP em entrevista ao DN.
O QUE ANDO A LER
Hoje quero falar-vos do que ando a ver. Sabe o que é o Periscope? Bem, trata-se de uma aplicação para smartphones que está a bater recordes de popularidade. Criada no Silicon Valley, foi comprada pelo Twitter (em resposta ao Merkaat) e é já descrita como a “rede social em que se vê a vida em direto”. Só precisa de ter um telemóvel e uma ligação 4G.
Com esta app partilhamos vídeos em streaming, mas a diferença em relação ao YouTube é que no Periscope estamos em direto. E o que transmitimos pode ser acompanhado e comentado em tempo real pelos nossos seguidores. Já há quem fale numa revolução que, na verdade, traz novos desafios às televisões. Agora podemos ser ainda mais cidadãos-jornalistas.
Foi o que aconteceu em Nova Iorque como conta este artigo. Houve uma explosão num edifício, o Twitter deu o alerta e segundos depois vários utilizadores do Periscope, que estavam nas imediações do prédio, já transmitiam. As televisões chegaram mais tarde. Mas se esta app serve para mostrar o mundo, também serve para nos mostrarmos ao mundo. Foi o que pensaram várias figuras mediáticas que já reúnem milhões de fãs. O ex-beatle Ringo Starr, o tenista Roger Federer, o cozinheiro Jamie Oliver, o músico/ator Jared Leto e os atores Edward Norton e Aaron Paul já se converteram, dizem que é ideal para autopromoção. O The Guardian pegou no Periscope e fez esta entrevista a Rand Paul, o candidato presidencial republicano dos EUA – por cá alguns partidos já fazem grandes planos para usarem a app nas campanhas que ai vêm. Mas não podemos esquecer que nestas coisas há sempre um lado menos sorridente. Têm sido levantadas questões sobre a segurança e a privacidade. E ainda sobre o potencial de pirataria contido na aplicação. No domingo foi para o ar em todo mundo (em Portugal foi só ontem) a quinta temporada da Guerra dos Tronos. A questão do momento é: quantos utilizadores do Periscope terão transmitido ilegalmente o primeiro episódio?
Por hoje é tudo.
Com esta app partilhamos vídeos em streaming, mas a diferença em relação ao YouTube é que no Periscope estamos em direto. E o que transmitimos pode ser acompanhado e comentado em tempo real pelos nossos seguidores. Já há quem fale numa revolução que, na verdade, traz novos desafios às televisões. Agora podemos ser ainda mais cidadãos-jornalistas.
Foi o que aconteceu em Nova Iorque como conta este artigo. Houve uma explosão num edifício, o Twitter deu o alerta e segundos depois vários utilizadores do Periscope, que estavam nas imediações do prédio, já transmitiam. As televisões chegaram mais tarde. Mas se esta app serve para mostrar o mundo, também serve para nos mostrarmos ao mundo. Foi o que pensaram várias figuras mediáticas que já reúnem milhões de fãs. O ex-beatle Ringo Starr, o tenista Roger Federer, o cozinheiro Jamie Oliver, o músico/ator Jared Leto e os atores Edward Norton e Aaron Paul já se converteram, dizem que é ideal para autopromoção. O The Guardian pegou no Periscope e fez esta entrevista a Rand Paul, o candidato presidencial republicano dos EUA – por cá alguns partidos já fazem grandes planos para usarem a app nas campanhas que ai vêm. Mas não podemos esquecer que nestas coisas há sempre um lado menos sorridente. Têm sido levantadas questões sobre a segurança e a privacidade. E ainda sobre o potencial de pirataria contido na aplicação. No domingo foi para o ar em todo mundo (em Portugal foi só ontem) a quinta temporada da Guerra dos Tronos. A questão do momento é: quantos utilizadores do Periscope terão transmitido ilegalmente o primeiro episódio?
Por hoje é tudo.