Guiné-Bissau-O ex chefe de Estado maior da Marinha guineense, José Américo Bubo Na Tchuto, confessou o seu envolvimento em redes de narco-terrorismo operando na África Ocidental. Vai colaborar com as autoridades norte americanas e, viu assim reduzida a sua pena.
José Américo Bubo Na Tchuto, antigo chefe de Estado maior da Armada guineense, foi detido a 2 de Abril de 2013, ao largo da Guiné-Bissau, juntamente com dois cúplices guioneenses: Tchamy Yala e Papis Djeme, numa cilada montada pelo Departamento de Estado Americano.
A justiça norte americana, que os acusa de narco-terrorismo a favor das Forças Armadas Revolucionárias da Colombia - FARC - e de introdução de cocaína nos Estados Unidos, pretende a colaboração de Bubo Na Tchuto e dos seus cúmplices, para desmontar redes de narco-terrorismo que operam na Africa Ocidental.
Os Estados Unidos acusam neste mesmo processo, o chefe de Estado maior general das forças armadas guineeses, general António Indjai, que liderou o golpe de Estado militar de 2012 e sempre negou qualquer envolvimento no tráfico de droga.
Este tema foi abordado com o jornalista de origem cabo verdiana e guineense Nelson Herbert, radicado nos Estados Unidos, que vem seguindo de perto este dossier, que considera que os Estados Unidos pretendem com esta medida a colaboração de Bubo Na Tchuto, para "desmontar a rede narco-terrorista e não apenas de narco-tráfico" em que ele está envolvido e desmantelar as células da rede terrorista existente na Guiné-Bissau e noutros países da África Ocidental.