Ucrânia-Uma delegação ucraniana parte esta quinta-feira de Kiev para duras negociações com o Fundo Monetário Internacional.
Um protesto em frente à sede do Banco Nacional da Ucrânia denunciava, ontem, a grave situação económica e, sobretudo, o impacto para a população.
Uma manifestante diz que “o preço do trigo, por exemplo, duplicou. Há dois meses, custava metade. Como é que um pensionista ou qualquer outra pessoa pode sobreviver?”
A Ucrânia enfrenta uma profunda crise económica, acentuada pelas tensões no Leste do país, após a anexação da Crimeia.
O Diretor do Banco Nacional da Ucrânia, Stepan Kubiv, diz que a sua instituição “não tem culpa, porque quando [o país] começava a estabilizar, aconteceu a Crimeia. Os depósitos começavam a estabilizar, as pessoas começavam a trazer dinheiro para os bancos em Kiev e agora temos o problema no Leste”.
O FMI desceu as previsões do crescimento mundial, evocando “o aumento dos riscos geopolíticos” associados à crise ucraniana.
Mas o economista Dmytro Boyarchuk mantém algum optimismo, dizendo que “é de esperar que, no fim do ano, haja uma descida significativa do défice e uma redução da pressão sobre a moeda ucraniana”.
Os ministros das Finanças do G7 encontram-se esta quinta-feira em Washington para debater nomeadamente a situação na Ucrânia e o impacto económico a nível mundial.