Ucrânia -O chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, encontrou-se segunda-feira última com o seu homólogo ucraniano Andrii Dechtchitsa, pela primeira vez desde a crise diplomática provocada pela incursão russa na Crimeia.
O encontro teve lugar à margem da cimeira sobre segurança nuclear a decorrer em Haia. O ministro ucraniano sublinhou que o seu país não vai desistir da Crimeia:
“Acreditamos numa coexistência pacífica, mas a Ucrânia não desiste da Crimeia. Continuaremos a desenvolver esforços em conversas bilaterais e junto da comunidade internacional, para que a Crimeia regresse à Ucrânia”
A Ucrânia decidiu apresentar à Assembleia Geral das Nações Unidas um projecto de resolução que invalidaria o referendo de anexação da Crimeia à Federação Russa.
O texto, tornado público na segunda-feira passada, inspira-se no projecto de resolução que a Rússia bloqueou no Conselho de Segurança, usando do direito de veto.
O documento declara que o referendo de 16 de Março, que abriu caminho à anexação da península, “não é válido e não pode servir de base a uma alteração do estatuto da República Autónoma da Crimeia ou da cidade de Sebastopol”.
Entretanto, as tropas ucranianas começam a abandonar a Crimeia, depois de as forças russas terem conseguido tomar de assalto as bases militares da região.
Não foi, porém, dado a todos voltar – um militar disse que o comandante ficou para trás, pois foi raptado:
“Durante o último mês, todos nós e principalmente o nosso comandante, que infelizmente continua retido na Crimeia, estivemos encurralados numa enorme tensão. Agora espero que possamos finalmente descontrair”.
Os soldados deixam a Crimeia com as suas famílias, Kiev aposta agora na diplomacia.