sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Plano de Urgência para Guiné-Bissau Custará 24,7 Milhões de euros


Bissau - Elaborado por uma comissão estratégica, o Plano de Urgência para a Guiné-Bissau foi orçado em 24,7 milhões de euros, sendo que metade dessa quantia precisa de financiamento estrangeiro.
 
A proposta foi entregue na última semana ao Governo de transição para discussão e aprovação. Depois dessa etapa, o Plano ainda será "avaliado e auditado por um gabinete internacional".
 
O documento estipula 20 medidas para acudir as principais carências do país, de modo que as eleições gerais, marcadas para 24 de Novembro, possam ocorrer sem sobressaltos.
 
Entre as prioridades, estariam as medidas para "mitigar a ameaça de fome derivada de uma má campanha agrícola, combater a epidemia de cólera, garantir transfusão de sangue 100% segura e sanear o clima de tensão sócio laboral reinante nos sectores da educação e da saúde".
 
Medidas
 
No caso da volta à normalidade e a paz em escolas públicas, hospitais e centros sanitários, está prevista a criação de um fundo no valor de 5,8 milhões de euros, para pagar ordenados em atraso aos professores, aos médicos e aos enfermeiros.
 
Quase a mesma quantia, de 5,6 milhões de euros, será destinada a equipar os cinco blocos construídos através de um projecto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no Hospital Simão Mendes, "numa perspectiva de urgência humanitária".
 
Para ajudar a alimentar a população, será reservado 12 milhões de euros (metade do Plano de Urgência). As ações serão definidas após o inquérito que é realizado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) e pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).
 
Outro montante de 297 mil euros será destinado ao combate à cólera, "evitando que a doença se alastre ao resto do país e que aumente a mortalidade devida à epidemia".
 
 
Plano de Urgência
 
O plano foi preparado por uma Comissão Nacional de Planejamento e Coordenação Estratégica, apresentada em Julho. Ela foi escolhida pelas autoridades de transição da Guiné-Bissau, em articulação com parceiros internacionais e com o apoio da ONU.
 
De acordo com a proposta elaborada pela Comissão, sua execução "é da responsabilidade do Governo, através dos departamentos competentes, em estreita colaboração com as organizações da sociedade civil, o setor privado e os parceiros de desenvolvimento".
 
Também são sugeridas diferentes reuniões regulares e grupos de acompanhamento, assim como uma gestão assegurada por terceiros, escolhidos em consenso pelo Governo de transição e parceiros de desenvolvimento.