quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Carência Alimentar Severa Aumenta na Guiné-Bissau

Guiné-Bissau-A situação afeta sobretudo a população rural e os números vão ser detalhados num inquérito que começa a ser preparado para haver resultados em setembro, num país com cerca de 1,6 milhões de habitantes.
 
A má campanha de caju, principal receita das famílias rurais, e a crise causada pelo golpe de Estado de Abril de 2012, são as principais razões para os guineenses, sobretudo das zonas rurais, não terem dinheiro para comprar comida e por isso reduzirem refeições e comerem apenas frutos silvestres.
 
De acordo com Rui Fonseca, encarregado da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Bissau, um inquérito realizado em 2011 mostrava que «20 por cento da população rural estava num estado de insegurança alimentar severa», correspondendo «a cerca de 179 mil pessoas».
 
«Estamos a ter a ideia de que esta percentagem aumentou», devendo agora rondar um valor «de 30 a 35 por cento, não sendo exagerado dizer 40», estima Rui Fonseca, com base num inquérito rápido realizado pela organização em Junho.
 
Partindo do valor de população rural afetada em 2011, as previsões atuais apontam para que pelo menos 260 mil pessoas estejam a passar por «carência alimentar severa» na Guiné-Bissau.