Angola-A agência de notação Fitch atribuiu BB- a Angola, com "perspectiva positiva", na mais recente análise sobre o comportamento da economia angolana, divulgada esta semana.
A "perspectiva positiva" da Fitch é justificada com a "redução da vulnerabilidade externa", que reflecte o compromisso de Angola com reformas macroeconómicas e "políticas prudentes".
Estes aspectos contribuíram para assegurar o superavit nas contas correntes, com reservas acumuladas disponíveis para pagar importações no período de 6,8 meses, contra os 3,7 meses registados em 2008.
O "forte crescimento" do PIB garantiu a diversificação da economia, bem como o "rápido crescimento" da renda "per capita", que a Fitch considera ter sido o mais rápido das economias da África subsaariana, prevendo que em 2013 a economia angolana cresça 8,2 por cento, e em 2014 o crescimento deverá ser mais moderado: 7,8 por cento.
A queda da inflação para um dígito, o que acontece pela primeira vez em décadas, assinala, "reflecte a estabilidade cambial e a melhoria da política monetária, uma tendência que se espera continue a verificar-se".
Quanto à dívida de Angola relativamente ao PIB, a Fitch encontra também melhorias, tendo passado dos 36 por cento de 2010 para 22 por cento em 2012.
A "elevada dependência" de Angola das exportações de bens, particularmente do petróleo, representa para a Fitch um dos pontos fracos da economia angolana devido ao perigo da "sobreexposição" ao preço dos hidrocarbonetos.
A Fitch assinala ainda que, segundo os indicadores do Banco Mundial, "a administração pública e o clima económico" são mais fracos quando comparados com outros países.
"O ambiente de negócios é marcado por custos elevados, excessiva burocracia, corrupção e ainda extrema pobreza no cumprimento de contrato. O governo está a envidar esforços para desenvolver infra-estruturas, sobretudo na energia, estradas e infra-estruturas sociais", destaca.