Guiné-Bissau-A Guiné-Bissau tem o segundo regime mais autoritário do mundo, a seguir à Coreia do Norte, tendo em 2012 caído nove posições no índice da Democracia publicado pela revista norte-americana The Economist.
Na quinta edição do estudo, realizado pela Economist Intelligence Unit e divulgado, a Guiné-Bissau ocupa o 166º lugar entre 167 países e territórios analisados com a classificação de regime autoritário.
O índice avalia as democracias de 165 estados independentes e dois territórios, classificando-os como democracias plenas, democracias com falhas, regimes híbridos ou regimes autoritários.
Processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do governo, participação política, cultura política e liberdades cívicas são os critérios analisados.
Em 10 pontos possíveis, a Guiné-Bissau recolhe apenas 1,43, surgindo atrás de países como a Síria, o Chade ou o Turquemenistão.
Na edição de 2011 do índice, o país ocupava o 157º lugar com 1,99 pontos à frente da Síria, Irão, Chade e Guiné-Equatorial.
A Guiné-Bissau vive desde Maio do ano passado um período de transição na sequência de um golpe de Estado, em Abril, que derrubou os dirigentes eleitos. A maior parte da comunidade internacional não reconhece as autoridades de transição e cancelou os apoios
Moçambique e Timor-Leste são outros países lusófonos que no ano passado registaram retrocessos em matéria de democracia, tendo caído respetivamente dois e um lugares no índice.
Moçambique passou do 100º para 102º lugar, mantendo a classificação de regime híbrido, enquanto Timor-Leste passou do 42º para 43º lugar e continua classificado como democracia com falhas, a mesma categoria do Brasil que subiu uma posição, passado de 45º para 44º país mais democrático do mundo.Angola (133º) e Cabo Verde (26º) mantiveram as respetivas posições.
Angola surge classificado como regime autoritário, enquanto Cabo Verde é considerado uma democracia com falhas, mas muito próxima da fronteira para as democracias plenas.
Na mesma posição que Cabo Verde, aparece Portugal, que regressou ao 26º lugar, depois de no índice de 2011 ter caído uma posição.