Nova York - O Conselho de Segurança da ONU anunciou a renovação do mandato de um Escritório Integrado na Guiné-Bissau.A resolução 2092, adotada por unanimidade na última sexta-feira, dá mais três meses de funcionamento da presença da ONU na nação de língua portuguesa, do oeste da África. A renovação foi recomendada pelo Secretário-Geral, Ban Ki-moon, no relatório sobre a situação do país, em Janeiro. O fim do atual mandato tinha sido previsto para 28 de Fevereiro.
A Guiné-Bissau vive um impasse político desde o golpe de 12 de Abril que deu início a um governo de transição. Ainda este mês, o novo chefe do Escritório da ONU em Bissau, José Ramos Horta, chegou ao país para ajudar nos esforços de paz e estabilização.Numa entrevista à Rádio ONU, o embaixador da União Africana junto às Nações Unidas, Téte António, falou do impacto da renovação do mandato.
"É uma continuação e, é importante que as Nações Unidas estejam no terreno tal como nós estamos. Temos uma parceria nesta questão, tivemos uma missão conjunta com a CEDEAO, a Comunidade Econômica para o Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental, União Europeia e a ONU. A missão foi a Bissau e, continua a trabalhar nesse sentido com a União Africana.Portanto, temos que ter este parceiro no terreno para solidificar este esforço que estamos a fazer".
No informe, Ban justificou a proposta com o que chamou de "complexos desafios da Guiné-Bissau".Um outro fator apresentado pelo chefe da ONU foi a nomeação do seu representante especial na Guiné-Bissau, José Ramos Horta. O ex-presidente de Timor-Leste e Prêmio Nobel da Paz deve agora "avaliar a situação no país e, com base nela, fazer recomendações a respeito do mandato da missão", como explicou Ban Ki-moon.