quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Primeiro-ministro Vence Eleição em Israel, Mas Precisa de Aliança Para Governar

Israel-O partido Likud, do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, venceu a eleição legislativa em Israel, terça-feira, e terá 31 das 120 cadeiras do Parlamento. No entanto, o atual chefe de governo precisará do apoio dos atuais adversários da centro-esquerda para poder governar.

A nova coalizão que comandará o Estado judaico começará a ser montada na quinta (24), dia em que o presidente Shimon Peres inicia as negociações com os partidos. Ele terá até 40 dias para congregar forças políticas que formarão a maioria, que deve ter, no mínimo, 61 parlamentares.


Segundo os resultados oficiais, o Likud Beitenu, coalizão formada por Netanyahu e o ex-chanceler Avigdor Lieberman, conseguiu 31 das 120 cadeiras do Parlamento. O partido é a maioria entre os militantes da direita, que possuem 41 assentos.

Eles, no entanto, perderam para a centro-esquerda o posto de maior grupo ideológico na Casa. Os partidos, que faziam oposição a Netanyahu neste mandato, conseguiram 48 vagas. O maior destaque foi a surpresa provocada pelo partido Yesh Atid, que obteve 19 cadeiras.

Os árabes-israelenses, de tendência esquerdista, conseguiram 12 assentos e a extrema-direita, 19. Considerando apenas os blocos majoritários, entre esquerda e direita, cada um conseguiu 60 deputados, o que complica a pretensão de Netanyahu de aprovar os projetos de governo do Likud.

ALIANÇAS

Devido ao empate, Netanyahu será obrigado a buscar aliança com algum dos partidos de centro, em um cenário diferente do conseguido após a eleição de 2009, em que a direita obteve maioria. No entanto, o cenário mostra que a negociação será difícil.

A principal força da centro-esquerda, o recém-criado Yesh Atid, não comentou sobre coligações. No entanto, o Partido Trabalhista, de Shelly Yajimovitch, e o Hatnuá, da ex-chanceler Tzipi Livni, descartaram qualquer união com o atual premeiro-ministro. Os dois grupos possuem juntos 21 deputados.

Por outro lado, é improvável que a oposição consiga maioria, pois teria que se aliar aos ultra-ortodoxos para poder derrubar Netanyahu. Uma coalizão com o grupo seria complicada pelos eventuais conflitos com os oito deputados árabes da base de centro-esquerda.