terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Conflito-África 2: Radicais Islâmicos Ameaçam Novos Ataques

Mali - O grupo radical islâmico Os Mascarados ameaçou novamente hoje fazer novos ataques contra instalações estrangeiras após o fim do sequestro ao campo de gás de In Amenas, no sul da Argélia, que terminou no sábado.

A entidade reivindicou a ação, iniciada na quarta, em que mais de 800 pessoas foram sequestradas, entre funcionários argelinos e estrangeiros. Segundo as autoridades locais, pelo menos 23 reféns e 32 terroristas morreram após uma ação militar. Outros 25 corpos foram encontrados, mas ainda não foram identificados.

Em comunicado, a organização, que é ligada à Al Qaeda, disse que tentará fazer novos ataques enquanto não acabar a operação francesa no Mali. Eles alegam que tentaram negociar com as autoridades argelinas, que preferiram usar a força.

"Prometemos fazer novas ações se as autoridades que iniciaram a ocupação na região de Azawad (norte do Mali) não revertem sua decisão de entrar no conflito", disse o grupo, em nota distribuída à agência de notícias ANI, da Mauritânia.

Na última sexta-feira, os rebeldes haviam pedido a troca de dois reféns americanos por dois terroristas presos nos EUA e o fim da intervenção no Mali pela liberação dos retidos franceses e britânicos. As autoridades ocidentais e argelinos não aceitaram a proposta e iniciaram o ataque.

Mortos

Até o momento, foram confirmadas as identidades de 23 reféns mortos e 32 terroristas, mas sem mencionar nacionalidades. Um romeno também morreu no hospital após sair da Argélia para tratamento em seu país. Outras 792 pessoas foram resgatadas com vida.

Dentre os mortos estão seis filipinos, três britânicos, dois romenos, um americano e um francês. Ontem, foram encontrados outros 25 corpos, mas não há informações se são dos funcionários do campo de gás ou de sequestradores.


Os governos dos países que possuem cidadãos envolvidos no ataque informaram que ainda estão desaparecidos dez japoneses, três britânicos, cinco noruegueses, quatro filipinos e dois malaios.

Hoje, o Departamento de Estado dos EUA autorizou famílias dos diplomatas na Argélia a sair do país africano, em uma ação preventiva contra represálias após o sequestro em In Amenas.

O governo americano diz que a decisão foi tomada como medida de segurança para evitar sequestros. Também foram reforçadas as orientações a cidadãos americanos sobre a segurança no país.

Os EUA foram o primeiro país a fazer a retirada de parte de seus funcionários devido ao incidente no campo de gás.