Blantyre - As negociações relativas ao diferendo fronteiriço entre o Malawi e a Tanzânia devem ser retomaadas de 15 a 17 de Novembro, disse o ministro malawiano dos Negócios Estrangeiros, Ephraim Mganda Chiume.
A Tanzânia reclama metade do Lago Malawi, rejeitando o tratado anglo-alemão de 1890 (Tratado Holigoland).
A questão tinha sido antes levantada nos anos 1960 depois da ascensão dos dois países à independência, todavia o Malawi ganhou o processo. O conflito ressurge hoje depois da concessão pelo Malawi de direitos de exploração de petróleo no Lago a uma firma britânica.
A Presidente do Malawi, Joyce Banda, falou desta questão à margem duma Cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) decorrida em Maputo, em Moçambique, onde foi decidida a resolução amigável da questão.
Os responsáveis dos dois países concordaram em organizar negociações, mas a Presidente Banda ordenou ao Malawi para romper as conversações depois da publicação pela Tanzânia dum novo mapa mostrando a fronteira no meio do Lago e relatos de que pescadores do Malawi foram perseguidos.
Ela acusou o seu homólogo tanzaniano de tentar burlá-la. O ministro malawiano dos Negócios Estrangeiros disse que as discussões da próxima semana concentrar-se-ão sobre o novo mapa da Tanzânia e sobre a perseguição dos pescadores do Malawi.
"A Presidente Banda deseja que esta questão seja resolvida pacifica e diplomaticamente", acrescentou o chefe da diplomacia do Malawi, adiantando que o seu país vai levar este caso ao Tribunal Internacional da Justiça (TIJ).
"Sendo uma questão de ordem jurídica internacional, acredito que a melhor via a seguir é recorrer ao TIJ", disse o ministro malawiano dos Negócios Estrangeiros.