sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cúpula dos BRICS Vai Discutir Criação de Fundo Monetário do bloco

Cúpula dos BRICS-Os países do bloco BRICSBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – vão discutir em Março de 2013 parâmetros concretos e condições de acumulação de reservas monetárias, num mínimo de 240 bilhões de dólares, para a criação de um fundo comum do grupo. O encontro de cúpula do bloco será realizado na África do Sul.
 
A concepção da criação do fundo anti-crise econômica global do grupo BRICS surgiu ainda em Junho deste ano. Na cúpula do G20, no México, o vice-ministro das Finanças da Rússia, Sergei Storchak, afirmou que o fundo será criado se Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não puderem exercer sua devida influência sobre a adoção das decisões do Fundo Monetário Internacional, que se encontra agora em fase de reforma. “É evidente que os países-membros do grupo BRICS entraram numa fase em que podem exigir que a sua opinião seja levada em consideração”, disse Storchak em Los Cabos.
Os líderes dos BRICS reunidos em Março de 2012 em Nova Délhi

Os cinco países que integram o grupo BRICS detêm 43% da população do planeta e cerca de 18% do PIB mundial. O total das suas reservas é de cerca de 4 trilhões de dólares.
 
Esse crescente poderio econômico dos BRICS permitiria reclamar também um papel mais alto na política mundial, na opinião do analista financeiro Roman Andreev, em declaração à Rádio Voz da Rússia. Disse Andreev: “Creio que a idéia básica consiste em dar a entender à comunidade mundial que no globo existem não somente o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial, e que não somente eles é que podem impor as suas regras. Neste caso prevalecem precisamente os motivos políticos, trata-se de uma certa alternativa ao Banco Mundial, ao Fundo Monetário Internacional e a outros fundos que são criados agora na Europa.
 
Creio que se trata do desejo dos países- membros do grupo BRICS de mostrar que os países emergentes não podem ser descartados, que é perfeitamente possível que em breve os atuais países emergentes passem para a categoria de países evoluídos e que precisamente eles irão recomendar aos países evoluídos que adotem as suas tecnologias políticas e econômicas.