América Latina-As cidades da América Latina estão crescendo com a prosperidade econômica da região, mas sem conseguir romper a desigualdade entre seus habitantes, afirmou terça-feira Eduardo López, coordenador da ONU-Habitat. "As cidades latino-americanas são as que apresentam índices mais altos de desigualdade, e apesar da redução desta diferença, ela segue sendo a maior", disse López à AFP.
A maioria das cidades mais prósperas do planeta está na Europa e na América do Norte, apesar dos avanços significativos nos últimos anos em centros urbanos latino-americanos como Cidade do México, Lima e Bogotá. Ao apresentar o relatório da ONU sobre o estado das cidades 2012-2013, López destacou a necessidade de os países da região desenvolverem políticas claras de desenvolvimento urbano.
"Os países que estão avançando rapidamente na prosperidade têm uma política nacional urbana clara. Utilizam as cidades como ponto de lançamento do seu desenvolvimento nacional". O relatório das Nações Unidas avaliou 110 cidades de 35 países utilizando duas novas ferramentas para avaliar o impacto das políticas públicas no desenvolvimento das cidades além dos parâmetros econômicos.
O coordenador da ONU-Habitat destacou a inclusão de parâmetros importantes, como qualidade de vida, infraestrutura urbana adequada, igualdade, inclusão e sustentabilidade do meio ambiente.A apresentação contou com Marcelo Ebrard, prefeito da Cidade do México, que com seus mais de 20 milhões de habitantes na zona metropolitana é, ao lado de São Paulo, uma das duas maiores aglomerações urbanas da América Latina.
"No México devemos investir na expansão do transporte público, como o metrô, nos espaços públicos e nos direitos sociais", declarou Ebrard, que concorrerá à Presidência mexicana em 2018.