Nova Iorque – Os líderes da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) e da Comunidade da África Ocidental (CEDEAO) vão reunir-se em
Nova Iorque para tentar lançar um plano de acção conjunto para a
Guiné-Bissau.
Citado pela Lusa, o secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, referiu que foi decidido também que os países se mobilizem de imediato para impedir que o governo saído do golpe de Estado de Abril profira a intervenção da Guiné-Bissau no debate anual da Assembleia-Geral da ONU, o que seria uma forma de reconhecimento.
O dirigente moçambicano falava em Nova Iorque, após uma reunião de concertação de representantes de membros da CPLP.
A reunião com o homólogo da Comunidade Económica para o desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a ter lugar nos próximos dias, servirá para identificar "pontos de estrangulamento e pontos de convergência, com vista a que se encontre uma solução rápida para Guiné-Bissau".
"Para a CPLP, é fundamental que haja uma força internacional, e não só da CEDEAO, que haja eleições livres e supervisionadas internacionalmente e que haja um compromisso do roteiro sobre reforma das Forças Armadas e Segurança", disse Murargy.
Sobre a retoma das eleições interrompidas pelo golpe de Estado de Abril, uma exigência que CPLP tem apresentado, recusando-se a reconhecer o governo saído do golpe, Murargy afirmou que "é um caso a repensar".