Bandeira do Malawi |
Blantyre - O Malawi descarta qualquer intenção de entrar em guerra contra a Tanzânia para resolver a disputa fronteiriça que opõe os dois países devido o Lago Malawi, onde foram descobertos jazigos de gás e petróleo, afirmou quarta-feira a presidente da República, Joyce Banda.
"Mesmo que a solução diplomática falhe, isso não significa necessariamente que vamos entrar em guerra com os nossos irmãos na Tanzânia, porque podemos utilizar outros meios para resolver o problema", disse Banda à imprensa.
A Tanzânia, colonizada inicialmente pela Alemanha e posteriormente pelo Reino Unido, reclama uma parte dos 29.600 km2 do lago. O Malawi apoia-se num acordo de 1890 que estipula que a fronteira entre os dois países passa ao longo do rio tanzâniano, atribuindo todas as águas do lago ao Malawi.
Em Setembro de 2011, o governo do Malawi do ex-presidente Bingu wa Mutharika concedeu uma empresa britânica, SureStream Petroleum, uma licença de prospecção de petróleo e gás no lago.
"Mesmo que seja um facto conhecido por todos que o lago pertence ao Malawi, vamos discutir com nossos parceiros tanzanianos e resolver as nossas diferenças através da diplomacia e de forma amigavel", insistiu Banda.
A presidente anunciou a sua intenção de abordar a questão com o seu homólogo Jakaya Kikwete durante a cimeira da SADC (Organização da África Austral) a decorrer de sexta-feira a sábado, em Moçambique.
A 01 de Agosto , a Tanzânia já havia apelado para uma solução negociada. "Esta é uma questão sensível e que gostaríamos que fosse resolvida amigavelmente", disse o ministro tanzaniano dos Negócios Estrangeiros, Bernard Membe.