Maputo-Chefes de Estado e governo do sul da África pediram sábado passado a Ruanda que interrompa sua "interferência" e pare imediatamente de apoiar os rebeldes na República Democrática do Congo (RDC), por considerarem que se trata de uma ameaça à estabilidade regional.
Em uma reunião de cúpula da Comunidade de Desenvolvimento do Sul da África (SADC, sigla em inglês), os líderes decidiram enviar uma missão a Ruanda, após uma discussão de dois dias em Maputo, capital de Moçambique.
"A reunião registrou, com grande preocupação, que a situação da segurança no leste da República Democrática do Congo piorou nos últimos três meses, provocando o deslocamento de pessoas e a perda de vidas, bem como danos a propriedades", assinalou Thomas Salamao, secretário executivo do encontro.
"Esta situação é provocada por grupos rebeldes, com a assistência de Ruanda, e a SADC pede com urgência àquele país que interrompa imediatamente esta interferência, que representa uma ameaça à paz e estabilidade, não apenas na República Democrática do Congo, mas também em toda a região da SADC", afirmou o secretário.
Cerca de 250 mil pessoas já fugiram do leste da RDC desde Abril, depois que o movimento 23 de Março (M23) tomou as armas para enfrentar as tropas do governo."A reunião decidiu enviar uma missão a Ruanda, para pressionar pelo fim do apoio ao M23."