terça-feira, 3 de julho de 2012

Presidente do TPI Viaja para a Líbia para Acompanhar Libertação de Funcionários Detidos

O porta-voz do tribunal sediado em Haia, Fadi el-Abdallah, dissera antes  que Song viajaria para a Líbia, onde se previa "a libertação de quatro funcionários  do TPI".  

O enviado da Líbia ao TPI confirmou que a libertação está iminente:  "Se o presidente do TPI chegar ontem, é garantido que eles serão libertados ", disse Ahmed Jehani. 

"A transferência da equipa desde Zintan até Tripoli tem de acontecer  durante o dia" por razões de segurança, acrescentou. 

Os quatro funcionários, incluindo a advogada australiana Melinda Taylor,  foram detidos em Zintan, a sudoeste de Tripoli a 7 de Junho, depois de viajarem  para o país com o objetivo de ajudarem a preparar a defesa de Seif al-Islam  Kadhafi. 

Taylor foi acusada de levar consigo uma câmara e de tentar dar a Seif  al-Islam uma carta codificada do seu antigo braço-direito, Mohammed Ismail,  procurado pelas autoridades líbias. 

A Líbia acusou a equipa do TPI de "violar a segurança nacional".Os outros três elementos do TPI detidos são a intérprete libanesa de  Taylor, Helen Assaf, e dois colegas, o russo Alexander Khodakov e o espanhol  Esteban Peralta Losilla. 

O ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Bob Carr, disse   ter informação do TPI de que a equipa seria libertada entre as 10:00 e as  11:00 TMG (11:00 e 12:00 em Lisboa) e acrescentou que a libertação resultou  de "negociações frutuosas" entre o TPI e as autoridades líbias. 

O TPI quer julgar Seif al-Islam, de 39 anos, por crimes contra a humanidade  alegadamente cometidos no ano passado, quando o regime do seu pai tentou  em vão dominar a revolta popular no país, mas Tripoli insiste que o filho  de Kadhafi deve ser julgado num tribunal líbio e no início de Maio interpôs  uma moção a questionar a jurisdição do tribunal de Haia. 

O Ministro australiano disse na semana passada que as negociações entre  o TPI e as autoridades líbias resultaram num pedido de desculpas, por parte  do tribunal, "por qualquer mal entendido". 

O TPI não admitiu qualquer irregularidade, mas garantiu que irá investigar  o comportamento dos seus funcionários quando eles regressarem a Haia. 

"Quando o TPI tiver terminado a investigação, assegurará que se alguém  for considerado responsável por má prática será sujeito às sanções apropriadas",  informou em comunicado no mês passado.