Guiné-Bissau-Os "imperativos" foram apresentados pelo embaixador de França em Bissau, Michel Flesch, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros de transição, quando considerou fundamental que o povo se exprima em liberdade e se façam eleições rapidamente.
"Mas há outros dossiês que estão em cima da mesa como são os casos da reforma do setor da Defesa e Segurança e luta contra a impunidade, toda a forma de impunidade, e a luta contra o narcotráfico", observou Michel Flesch em declarações após uma audiência na terça-feira passada com Faustino Imbali divulgadas pela Rádio Nacional.
Naquele que foi o primeiro encontro com Faustino Imbali, Michel Flesch disse que transmitiu ao ministro de transição a posição de França relativamente à Guiné-Bissau e que, afirmou, não difere do que tem sido defendida pela maioria da comunidade internacional.
A comunidade internacional sem exceção condenou o golpe de Estado perpetrado pelos militares guineenses de 12 de Abril passado e exigiu o regresso à normalidade constitucional. Até agora a União Europeia não reconheceu qualquer autoridade de transição que entretanto foi empossada.
"Como sabem a França condena o golpe de Estado, qualquer golpe de Estado, e não pode aceitar que as Forças Armadas se metam na vida política. O papel das Forças Armadas é o de estar nas suas casernas e submeter-se ao poder civil", frisou Michel Flesch.
Faustino Imbali reuniu-se terça-feira passada com alguns diplomatas "para explicar as razões do golpe de Estado" militar de Abril, na sequência do qual o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro eleito, Carlos Gomes Júnior, foram afastados, estando agora em Portugal.
"O Ministério dos Negócios Estrangeiros convocou-me e sendo eu o embaixador da França na Guiné-Bissau, vim. A França mantêm relações diplomáticas entre países, o ministro dos Negócios Estrangeiros de transição convocou-me e vim para trocar impressões com ele, ver a situação atual e analisar as relações entre os nossos dois países", justificou Michel Flesch.