Banco do Chipre, maior instituição bancária da ilha, perdeu um bilhão de euros em 2011.
O Chipre apresentou segunda-feira passada uma solicitação de ajuda financeira à zona do euro, tornando-se assim o quinto país da União Europeia a procurar a ajuda de seus parceiros. Pela manhã, Madri oficializou um pedido de recursos para recapitalizar o sistema bancário espanhol.
A ajuda, que será desembolsada através de fundos de resgate europeu, busca "conter os riscos existentes sobre a economia do país”, explica o comunicado do governo cipriota. Esses riscos, acrescenta o documento, são “provenientes do setor financeiro, muito exposto à economia grega”.
Após a Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha, que também depositou um pedido formal de ajuda aos bancos segunda-feira passada, o Chipre é o quinto país da união monetária a recorrer a uma assistência financeira.
Há dias que os membros da zona do euro esperavam um pedido formal do Chipre para conseguir pagar dívidas que vencem no dia 30 de Junho.
Na segunda, a agência Fitch rebaixou a nota atribuída à ilha, passando de BBB- a BB+, com perspectiva negativa. As duas outras maiores agências do mercado financeiro, a Standard and Poor's e a Moody’s, já haviam feito a redução em Janeiro e em 13 de Junho, respectivamente. "A redução da nota soberana de Chipre reflete um aumento das necessidades de capital dos bancos do país", justificou a Fitch, em um comunicado.
Segundo a agência, os três principais bancos do país - que é parte da zona do euro e assume a presidência semestral da União Europeia em 1º de Julho - estão muito expostos à crise da dívida grega. Tratam-se do Bank of Cyprus, Cyprus Popular Bank (CPB) e Hellenic Bank.
Além dos 1,8 bilhões de euros necessários para a recapitalização do CPB, a Fitch estima que as necessidades totais dos bancos do país poderiam elevar-se a 4 bilhões de euros, 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.