terça-feira, 4 de agosto de 2015

António Simões brilha no HSBC e banca grega no fundo do poço

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Portugal-Portugal ganhou esta manhã mais pontos na série "Portugueses com carreiras de sucesso no estrangeiro". António Simões, que já é o presidente executivo do HSBC para o Reino Unido, passará a partir de 1 de Setembro a liderar a unidade europeia.
 
O HSBC - Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, instituição ligada inicialmente à ocupação britânica na China na segunda metade do século XIX - é o terceiro maior banco mundial em termos de gestão de activos. António Simões, que em 2013 foi considerado pelo Financial Times o líder ‘gay' mais influente em Inglaterra, deu meses depois uma entrevista ao Económico em que fala da carreira, da identidade sexual e da atitude dos portugueses no estrangeiro - um texto que agora vale a pena reler.
 
Ainda lá fora, continua a sangria da bolsa grega, com destaque para os bancos que, ao longo da manhã, caíram até ao limite permitido em Atenas: 30%. A desvalorização brutal dos bancos gregos - que enfrentaram nos últimos meses uma queda de cerca de um quinto nos seus depósitos e têm pela frente um aumento do malparado devido à recessão no país - é um dos temas-chave nas negociações do terceiro resgate. A hipótese de um "bail in", responsabilizando detentores de dívida das instituições, é uma hipótese.
 
Os mercados financeiros europeus caíram ao longo da manhã, com o Eurostoxx a perder 0,73% ao início da tarde. As quedas são generalizadas e explicadas pelos analistas citados nas agências financeiras com resultados abaixo das expectativas de algumas grandes empresas - como a BMW - no que já é visto como um contágio do arrefecimento económico na China.
 
Em Portugal, a praça portuguesa segue o comportamento europeu com o PSI20 a perder 0,87% ao início da tarde. Apenas dois títulos (Jerónimo Martins e Teixeira Duarte) evitam a maré vermelha, numa sessão em que as perdas estão a ser lideradas pela operadora Pharol (-3,5%), pelo BCP (-2,75%) e a construtora Mota (-2,4%).
 
O Santander Totta apresentou resultados do primeiro semestre esta manhã: lucro de 103,6 milhões de euros, mais 29% face ao mesmo período em 2014.
 
Na política sectorial, duas novidades: a detenção de um ex-presidente do grupo CP e um relatório abrasivo do Tribunal de Contas sobre a má gestão no hospital Amadora-Sintra que levou ao caos nas urgências no período do Natal de 2014.