O Mundo-Já várias pessoas informadas alertaram que verdadeiramente importante neste momento, no mundo, é o que se passa na Ucrânia. Eu acrescentaria, como Federica Morgherini, a Alta Comissária da União Europeia fez, a Síria e o Norte de África. Na Líbia, como se sabe, foram decapitados 21 cristãos egípcios, o que levou o Egipto a bombardear naquela zona as posições do auto-denominado Estado Islâmico, a quem alguém já chamou espécie de Ku Klux Klan muçulmano. Mas, afinal, o que querem estes radicais extremistas que desprezam a vida humana? Eis o que a revista The Atlantic pretende responder neste excelente artigo. Não nos esqueçamos, a propósito do que aqui é dito acerca do ISIS, que também durante o auge das guerras religiosas na Europa (séc. XVI e XVII) os turcos estavam às portas de Viena e o Apocalipse era esperado pelos cristãos a qualquer momento.
Na Ucrânia, embora o cessar-fogo esteja a ser mais ou menos cumprido, há resistências no aeroporto de Donetsk e na cidade de Debaltseve (importante nó ferroviário), além de que os rebeldes falharam o prazo para retirar as armas pesadas. Ontem eram apontadas 129 violações do cessar-fogo que tinha começado dois dias antes (a fonte é o Exército Ucraniano). Hoje serão mais, apesar da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Europeia) andar a vigiar o segundo acordo de Minsk (Bielorrússia), onde Putin, Merkel e Holande tentaram pôr fim à guerra. Putin, entretanto, foi ontem recebido calorosamente, na Hungria, onde Viktor Orban conduz uma política hostil à tradição europeia, incluindo no campo das liberdades. O gás natural é o motivo próximo e assim, com a Grécia (que tem um governo de sinal político contrário), já são dois países da UE a ter atenções excessivas com o déspota do Kremlin, apesar das condenações europeias à invasão da Ucrânia e dos avisos dos EUA às violações do acordode cessar-fogo.
Mas lá chegamos à Grécia, onde um porta-voz afirma que nem com uma pistola apontada à cabeça o país pode aceitar a extensão do resgate que assinou. A irredutibilidade grega face ao conjunto dos restantes 18 países do Eurogrupo é acompanhada de frases que não fazem parte da mais feliz diplomacia. Imaginem a metáfora da pistola dita por Marine Le Pen e terão uma ideia do sururu que criaria. De qualquer modo, até sexta-feira os gregos têm uma espécie de ultimato para dizerem o que querem. Esperemos para ver se é um jogo de bluffs de que pode ainda resultar um acordo de última hora (algo comum na Europa), ou se a frase da pistola indicia uma guerra mais séria, como aposta o Financial Times. Para já, dois dados que podem ser positivos: 1) Atenas pediu a extensão do financiamento, embora não do resgate, o que pressupõe contrapartidas; 2) A opção de Tsipras por um candidato presidencial que foi ministro da Nova Democracia (recorde-se que as eleições que deram a vitória ao Syriza ficaram a dever-se à falta de consenso no Parlamento grego sobre o nome do candidato presidencial) parece indicar uma vontade de evitar mais uma crise.
Na Ucrânia, embora o cessar-fogo esteja a ser mais ou menos cumprido, há resistências no aeroporto de Donetsk e na cidade de Debaltseve (importante nó ferroviário), além de que os rebeldes falharam o prazo para retirar as armas pesadas. Ontem eram apontadas 129 violações do cessar-fogo que tinha começado dois dias antes (a fonte é o Exército Ucraniano). Hoje serão mais, apesar da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação Europeia) andar a vigiar o segundo acordo de Minsk (Bielorrússia), onde Putin, Merkel e Holande tentaram pôr fim à guerra. Putin, entretanto, foi ontem recebido calorosamente, na Hungria, onde Viktor Orban conduz uma política hostil à tradição europeia, incluindo no campo das liberdades. O gás natural é o motivo próximo e assim, com a Grécia (que tem um governo de sinal político contrário), já são dois países da UE a ter atenções excessivas com o déspota do Kremlin, apesar das condenações europeias à invasão da Ucrânia e dos avisos dos EUA às violações do acordode cessar-fogo.
Mas lá chegamos à Grécia, onde um porta-voz afirma que nem com uma pistola apontada à cabeça o país pode aceitar a extensão do resgate que assinou. A irredutibilidade grega face ao conjunto dos restantes 18 países do Eurogrupo é acompanhada de frases que não fazem parte da mais feliz diplomacia. Imaginem a metáfora da pistola dita por Marine Le Pen e terão uma ideia do sururu que criaria. De qualquer modo, até sexta-feira os gregos têm uma espécie de ultimato para dizerem o que querem. Esperemos para ver se é um jogo de bluffs de que pode ainda resultar um acordo de última hora (algo comum na Europa), ou se a frase da pistola indicia uma guerra mais séria, como aposta o Financial Times. Para já, dois dados que podem ser positivos: 1) Atenas pediu a extensão do financiamento, embora não do resgate, o que pressupõe contrapartidas; 2) A opção de Tsipras por um candidato presidencial que foi ministro da Nova Democracia (recorde-se que as eleições que deram a vitória ao Syriza ficaram a dever-se à falta de consenso no Parlamento grego sobre o nome do candidato presidencial) parece indicar uma vontade de evitar mais uma crise.
OUTRAS NOTÍCIAS
Por cá, a grande notícia foi o La Caixa (CaixaBank) principal acionista do BPI querer comprar os 100% do banco dirigido por Fernando Ulrich. A ideia da compra do Novo Banco (parte boa do BES) mantém-se. Mas veremos como evoluem os sempre intrincados caminhos destas iniciativas. Para já, o diretor-adjunto do Expresso João Vieira Pereira explica aqui o que é possível saber.
Hoje no Parlamento haverá um consenso para o endurecimento das leis anticorrupção. Não é possível saber se o país precisa de mais leis ou mais meios ou mais ação. De qualquer modo,há que ressaltar o aspeto positivo da iniciativa. Aqui tem o resumo do que será hoje aprovado.
Volta o FC Porto às competições europeias, às 20:45 contra o Basileia, na Suíça, para os oitavos de final da Liga dos Campeões (TVI) enquanto o Real Madrid vai à Alemanha defrontar o Shalke 04. Ontem, em dois jogos, dois empates. Mourinho e o seu Chelsea podem dar-se por felizes face ao que se passou em Paris, contra o PSG. O Shaktar Donestsk, da Ucrânia, também empatou com o Bayern de Munique. Amanhã entra o Sporting na Liga Europa contra o Wolfsburgo, equipa sensação do campeonato alemão.
A reação de milhares de pessoas ao atentado de Copenhaga em que os radicais islâmicos fizeram mais vítimas, foi impressionante. Uma manifestação – mais uma – contra o medo.
Em França, a revolta da ala esquerda do PSF contra mais reformas decretadas pelo Governo do próprio partido está a criar problemas ao primeiro-ministro e ao Presidente Holande. Aquele que foi a esperança da esquerda é hoje seu alvo.
Para quem pensa que é só a economia que está a decrescer, eis uma notícia verdadeiramente surpreendente: o obelisco, monumento central da capital dos EUA, Washington, encolheu, tem afinal menos 25 centímetros do que se pensava. Não é pouco. Veja-se aqui.
O diário The Guardian traz-nos uma intrigante e mal conhecida questão: qual a cidade mais antiga do mundo? Em linguagem moderna chamar-se-ia Crocodilopolis, em homenagem ao crocodilo e fica na margem do Nilo, a sudoeste de Menfis. Existia há cerca de cerca de 6000 anos. Uma bonita idade.
Em Nova Iorque deu-se o grande acontecimento da temporada: o concurso de cães em Westminster. Um cão de água português – parente do inquilino da Casa Branca, raça que se espalhou a partir do Algarve para o mundo -, este de nome Matisse, foi, até agora, a grande vedeta.
O Carnaval este ano foi com chuva no Rio de Janeiro. Aqui ficam sete destaques para quem não viu nada (o meu caso). Por cá em Torres Vedras afirma-se que o negócio vale 10 milhões de euros e Ovar, Mealhada e Loulé e muitos outros locais no Continente e Ilhas continuam a disputar a Torres a primazia dos momos, mas não a das matrafonas. Como dizia o outro, hoje estamos todos contentes. Uns porque se divertiram no Carnaval, outros porque o Carnaval acabou. Embora, segundo a tradição, sábado ainda haja o Baile da Pinhata. Na estrada, o balanço foi menos mau do que em anos anteriores - 3 mortos de 265 feridos.
Hoje no Parlamento haverá um consenso para o endurecimento das leis anticorrupção. Não é possível saber se o país precisa de mais leis ou mais meios ou mais ação. De qualquer modo,há que ressaltar o aspeto positivo da iniciativa. Aqui tem o resumo do que será hoje aprovado.
Volta o FC Porto às competições europeias, às 20:45 contra o Basileia, na Suíça, para os oitavos de final da Liga dos Campeões (TVI) enquanto o Real Madrid vai à Alemanha defrontar o Shalke 04. Ontem, em dois jogos, dois empates. Mourinho e o seu Chelsea podem dar-se por felizes face ao que se passou em Paris, contra o PSG. O Shaktar Donestsk, da Ucrânia, também empatou com o Bayern de Munique. Amanhã entra o Sporting na Liga Europa contra o Wolfsburgo, equipa sensação do campeonato alemão.
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Em França, a revolta da ala esquerda do PSF contra mais reformas decretadas pelo Governo do próprio partido está a criar problemas ao primeiro-ministro e ao Presidente Holande. Aquele que foi a esperança da esquerda é hoje seu alvo.
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FRASES
“Não sucumbiremos à chantagem psicológica”, Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, ao convocar para sexta-feira, data em que haverá nova reunião do Eurogrupo, uma sessão do Parlamento destinada a aprovar medidas não previstas nos acordos firmados com o BCE, a UE e o FMI. Um exemplo de serenidade e espírito de conciliação.
“Sinto muito pelos gregos, elegeram um governo que se porta de forma irresponsável”, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão – um exemplo de diplomacia e espírito de convivência.
“Nada nos fará recuar na defesa dos interesses franceses”, Manuel Valls, primeiro-ministro francês, explicando aos deputados do seu partido por que motivo leis económicas consideradas duras não seriam discutidas no Parlamento, mas sim aprovadas de acordo com o artigo 49-3 da Constituição que permite ao Governo contornar a Assembleia (e depois de saber que alguns deputados do PSF votariam contra as leis).
“Sinto muito pelos gregos, elegeram um governo que se porta de forma irresponsável”, Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão – um exemplo de diplomacia e espírito de convivência.
“Nada nos fará recuar na defesa dos interesses franceses”, Manuel Valls, primeiro-ministro francês, explicando aos deputados do seu partido por que motivo leis económicas consideradas duras não seriam discutidas no Parlamento, mas sim aprovadas de acordo com o artigo 49-3 da Constituição que permite ao Governo contornar a Assembleia (e depois de saber que alguns deputados do PSF votariam contra as leis).
O QUE EU ANDO A LER
O dicionário etimológico da Língua Portuguesa de José Pedro Machado, numa edição em cinco volumes que comprei por grosso na Feira do Livro de Braga, há uns anos largos (Edição dos Livros Horizonte, 8ª Edição já é de 2003). Aí se sabe que carnaval vem de carne levare, ou seja de se pode comer carne à vontade. Hoje, quarta-feira de cinzas (o sinal de luto tradicional era colocar cinzas sobre a cabeça) entra-se na Quaresma, 40 dias (de onde a palavra quaresma vem) até à Páscoa durante os quais a tradição – igrejas cristãs Católica, Ortodoxa, Anglicana e Luterana – apela à abstinência da carne e dos folguedos (o link da Rádio Renascença dá-lhe pormenores desta época). Tempo de tristeza, que na antiguidade correspondia aos tempos da fome – tendiam a acabar os mantimentos das colheitas e faltava tempo para as novas colheita primaveris - Março era, por isso, o mês de Marte, deus da guerra. Aquele em que se tentava pilhar quem tinha reservas. Como se vê, a etimologia explica-nos muita coisa.