quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cameron Opõe a Juncker como Candidato à Presidência da Comissão Europeia

Londres- O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, considera o luxemburguês Jean-Claude Juncker um candidato “totalmente inaceitável” à presidência da Comissão Europeia (CE), publicou terça-feira passada o jornal “Financial Times” (FT).
   
Faltando atribuir três representantes norte-irlandeses do total de 73 cadeiras britânicas na Eurocâmara, o Partido Conservador ficou nas eleições europeias no Reino Unido em terceiro lugar, com 19 cadeiras (perdendo sete) e 23,93% do apoio, atrás dos trabalhistas – com 20 e 25,40% dos votos – e do UKIP, claro vencedor, com 24 eurodeputados.
   
Após saber os resultados eleitorais, Cameron embarcou  segunda-feira em uma rodada de telefonemas com outros seis líderes europeus, entre eles a chanceler alemã, Angela Merkel, e pediu que aprendessem as lições do sucesso populista contra Bruxelas refletido no pleito, apontou o “FT”.

O político britânico pediu aos colegas europeus que “prestem atenção aos pontos de vista mostrados pelas urnas” e pediu que recusem as propostas para que Juncker presida a Comissão, de acordo com o jornal.
   
Os líderes europeus se reunirão a noite em um jantar em Bruxelas para analisar os resultados eleitorais das eleições europeias, que foram um sucesso dos partidos populistas e nacionalistas.
   
Cameron também disse aos colegas de partido seu desacordo com a candidatura do conservador luxemburguês Jean-Claude Juncker para a presidência da Comissão em substituição a José Manuel Durão Barroso.
   
O primeiro-ministro britânico disse que Juncker é um candidato “totalmente inaceitável” e que sua visão de uma Europa integrada, com o euro como moeda oficial, está distante da da opinião pública, publicou o “FT”.

Segundo Downing Street, a residência e escritório oficial do chefe do executivo britânico, o líder tory (conservador) considera que “mais consultas deveriam ser feitas nos próximos meses” sobre quem deveria estar à frente da Comissão.
   
O jornal apontou que Cameron preferia à frente da CE uma figura mais próxima da sua, já pensando no referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), previsto para 2017, caso os conservadores ganhem as próximas eleições gerais, que acontecem em Maio de 2015