Japão-Os bancos centrais e as respectivas decisões estão hoje a mexer nos mercados accionistas, conduzindo a quebras no Japão e um pouco por toda a Ásia, com excepção para a China. Os preços do petróleo avançam.
O Banco do Japão decidiu manter inalterados os estímulos que dedica à sua economia. Esta era a decisão esperada pelos economistas. Contudo, as acções nipónicas deslizaram e penalizaram a negociação por toda a Ásia.
O índice japonês Nikkei recua 0,24% para os 14.042,17 pontos, enquanto o Topix segue nos 1.150,05 pontos ao cair 0,29%, movimentos de queda que mantiveram adesvalorização verificada ontem nas bolsas norte-americanas.
As quedas foram intensificadas depois de se saber que a expansão do programa de estímulos no país vai ser mantido a um ritmo de entre 60 e 70 biliões de ienes (432 e 504 mil milhões de euros). A razão para não ter havido um aumento de estímulos é, como cita o "Financial Times", a de a economia "continuar a recuperar de forma moderada". Há riscos, nomeadamente o aumento de impostos no início do ano e o seu impacto na economia nipónica.
De qualquer modo, as bolsas caíram. O índice MSCI Ásia Pacífico cede 0,2% para 138,77 pontos, o quarto dia de perdas. Esta é uma sessão mista no mercado accionista asiático. O coreano Kospi recua 0,2%, enquanto a bolsa das Filipinas desliza 0,9%.
Já na China o dia foi de avanços, com subidas de 0,3% no índice de Xangai. De acordo com o "Financial Times", a valorização ocorreu devido à especulação de que o banco central possa conduzir a condições de crédito mais flexíveis para empresas que precisam de liquidez.
Em relação a política monetária, também quarta-feira, 21 de Maio, foram divulgadas as minutas da reunião de Abril da Reserva Federal norte-americana, como relembra a Bloomberg. A presidente Janet Yellen deverá falar mais para o final da semana sobre as condições da maior economia do mundo.
Noutros mercados, o euro segue em alta muito ligeira, somando 0,3% para os 1,3706 dólares norte-americanos. O petróleo segue com avanços nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, sobe 0,54% para 102,88 dólares por barril ao passo que em Londres, onde é transaccionado o Brent do Mar do Norte, referência para as importações portugueses, o barril avança 0,14% para 109,84 dólares.