Economist Intelligence Unit-As organizações governamentais são pouco pressionadas para se adaptarem às novas tecnologias, segundo a Economist Intelligence Unit, que diz haver falta de urgência nesta adopção. O seu impacto, contudo, beneficia cidadãos e entidades governamentais
A Economist Intelligence Unit divulgou os resultados do seu novo estudo - O Desafio da Rapidez -, onde concluiu que as organizações governamentais não estão a ser suficientemente encorajadas para se adaptarem às novas tecnologias. O estudo foi patrocinado pela Ricoh e baseou-se num inquérito a 461 executivos sénior europeus, de vários sectores e dimensões.
As conclusões também sugerem que o recrutamento de novos colaboradores e a melhoria dos processos documentais são essenciais para a evolução das organizações. Dois terços dos executivos governamentais reconhecem que é necessário mudar mais rapidamente nos próximos três anos, mas apenas 27% dos inquiridos sente uma pressão pouco significativa (ou externa) para se adaptar rapidamente a estas mudanças necessárias. Em contrapartida, 55% não prevê grandes problemas relacionados com a tecnologia durante os próximos três anos, comparativamente a apenas 29% dos executivos de todos os sectores.
Apesar desta aparente falta de pressão de adaptação, o relatório também indicia que os últimos três anos foram palco para mudanças impulsionadas pela tecnologia: cerca de 71% dos executivos - uma percentagem significativa - admite ter enfrentado mudanças na forma como trabalham causadas pelas tecnologias.
Áreas de mudança nos próximos três anos
O universo de executivos inquiridos pretende melhorar a sua “agilidade organizacional”, mas também considera que o recrutamento de novos colaboradores (45%) e a melhoria dos processos empresariais (44%) são as duas principais áreas onde vão ocorrer mais mudanças ao longo dos próximos três anos.
"A identificação das mais importantes áreas de mudança e as experiências anteriores de problemas relacionados com tecnologia são positivas para os governos europeus, pois aproximam-se mais mudanças", afirma Carsten Bruhn, vice-presidente executivo da Ricoh Europa. "As metas do governo electrónico da União Europeia estão definidas: indicam que 50% dos cidadãos e 80% das empresas interagirão digitalmente com o governo até 2015. A taxa de adopção digital mais recente, medida em 2012, era de 44%.
Portanto, o progresso é positivo e pode ajudar a explicar porque é que os executivos do governo não sentem uma pressão extrema nem esperam mais transtornos significativos”.