EUA-Barack Obama discutiu a crise na Ucrânia com os líderes do Congresso, quinta-feira passada, um dia em que o Presidente norte-americano assinou(promulgou) uma lei em que oferece 1000 milhões de dólares em garantias de empréstimos a Kiev e apela à aplicação directa de sanções a pessoas ligadas à anexação da Crimeia à Rússia.
A NATO negou entretanto ter violado os acordos com a Rússia quando decidiu aumentar a presença militar na Europa de Leste na sequência da crise que se vive na Ucrânia.
Segundo o número dois da Aliança Atlântica, “uma parte fundamental da resposta da NATO à crise com a Rússia por causa da Ucrânia consiste no reforço dos meios de dissuasão e em dar uma garantia visível aos aliados na linha da frente”. Alexander Vershbow mostrou-se “satisfeito por ver esse tipo de garantia visível e os meios de dissuasão em ação”, durante uma visita a uma base da NATO na Lituânia.
A Aliança Atlântica expressou, nos últimos dias, uma “grave preocupação” pela forte presença militar russa junto à fronteira com a Ucrânia, que permitiria ao Kremlin ocupar grande parte do país em menos de uma semana.
Moscovo garantiu entretanto que as tropas que estão junto à fronteira com a Ucrânia vão regressar às bases quando terminarem os exercícios militares em curso e o Kremlin quer um esclarecimento da NATO sobre o reforço militar na Europa de Leste para além de ter criticado o facto de navios de guerra dos Estados Unidos terem, “por duas vezes”, ultrapassado o o tempo de permanência máxima no Mar Negro, tal como foi acordado.
Os Serviços Secretos russos (FSB) anunciaram, quinta-feira passda, a detenção de 25 ucranianos, suspeitos de terem cometido atentados em diversas regiões da Rússia.
Antes, o Kremlin tinha negado o envolvimento de agentes russos na morte de perto de 90 pessoas em Kiev, durante incidentes junto à praça da Independência no mês de Fevereiro.