Acnur-O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, alertou que 62 mil pessoas chegaram ao Iémen este ano, ao atravessar o Golfo de Aden.
A agência continua preocupada com a grande quantidade de pessoas a arriscar a vida na travessia pelo mar, numa viagem considerada perigosa no Corno de África.
Rotas Marítimas
Segundo o Alto Comissariado da ONU, o número de pessoas que chegam ao país tem aumentado pelos últimos seis anos consecutivos. Este ano, os dados são mais baixos do que em 2012, quando mais de 107 mil realizaram a travessia pelo mar para chegar ao Iémen.
Mesmo assim, o Acnur avisa que o Golfo de Aden continua a ser uma das rotas marítimas mais usadas por migrantes ou pessoas em busca de asilo no mundo inteiro.
Desde que a agência da ONU começou a recolher informações sobre o movimento na região, mais de 500 mil pessoas à procura de asilo, refugiados ou migrantes, chegaram ao Iémen pelo mar.
Etíopes e Somalís
A maioria é composta por etíopes, principalmente devido à difícil situação económica do país. Os cidadãos do país também aproveitam para seguir do Iémen para outros países da região.
Os somalís que chegam ao Iémen recebem automaticamente o estatuto de refugiado pelas autoridades do país. O Acnur disse que a travessia da região do Corno de África para o Iémen é uma das mais perigosas.
A agência indica que centenas de pessoas, incluindo refugiados sírios, morreram na região nos últimos meses a tentar realizar a travessia do Mediterrâneo para a Europa.
Situação
Para lidar com a situação, o Acnur encoraja a cooperação entre os países mais atingidos pelo fluxo de migração. O Alto Comissariado para Refugiados informou que apoia a conferência promovida pelo governo iemenita, marcada para a próxima semana.
No encontro, os participantes vão debater a situação do asilo e da migração por toda a região do Corno de África.