quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Guiné-Bissau Banco Mundial só Paga Salários em Atraso a professores Guineenses em Janeiro

Guiné-Bissau-A comissão, criada em Julho, elaborou uma proposta de Plano de Urgência para vários sectores da Guiné-Bissau, segundo a qual são necessários cerca de cinco milhões de euros para pagar as dívidas aos docentes
 
Os ordenados em atraso estão a motivar uma greve de professores com a duração de três meses e que arrancou a 28 de Setembro, data em que devia ter começado o ano lectivo, mas as escolas públicas continuam paralisadas.
 
Os autores do Plano de Urgência procuraram um apoio directo ao Orçamento do Estado para pagar os salários em dívida, mas o Banco Mundial "negou essa possibilidade", explicou Huco Monteiro.
 
Em vez disso, o organismo internacional "vai entregar as verbas através de organizações não-governamentais e outras, com ações no terreno no interior da Guiné-Bissau, e que actuam no âmbito da educação e ensino".
 
Será desta forma que se vai fazer chegar o dinheiro aos professores do ensino público, explicou, sendo que a modalidade e fatias a entregar estão ainda a ser definidas.
 
Huco Monteiro receia que, se não houver outras formas de pagar os salários em atraso, o ano letivo "possa estar comprometido".
 
Entretanto, várias escolas e jardins-de-infância privadas da Guiné-Bissau fecharam as portas na terça-feira e voltam a estar paralisados em solidariedade para com os alunos das escolas públicas.
 
A ação foi promovida pela Confederação Nacional das Associações Estudantis (Conaeguib), cujo dirigente, Lamine Injai, receia que este seja "o pior ano letivo" da história da Guiné-Bissau.