quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A Enfermeira e Freira Suíça Gaudentia Meier, Reside no País Há 40 Anos Cuidando dos Nativos. Um Dia, no Almoço, Ouviu Crianças Correndo e Gritando “Eles Vão Cozinhar a Sanguma (feiticeira)!”.

Papua-Nova Guiné-É difícil de acreditar que em pleno século 21 mulheres ainda sofram com acusações de bruxaria. Mais surpreendente ainda é que essas mulheres sejam perseguidas, torturadas, mutiladas e mortas.
 
Em Papua-Nova Guiné, na Oceania, 80% da população vive em zonas rurais e remotas com pouco ou nenhum acesso à saúde, saneamento básico e educação. De acordo com o Dr. Phillip Gibbs, antropólogo, especialista em bruxaria e padre, que mora no país há algum tempo, quando alguém morre nessas comunidades, principalmente se for homem, as pessoas começam a procurar um culpado e geralmente a culpa recai sobre a mulher mais próxima do falecido.
 
Acusadas de bruxaria e apontadas como responsáveis por feitiços e pela morte de filhos, maridos e entes próximos, elas são castigadas com violência física, mutilação e por vezes a morte. São deixadas nuas, às vezes tem as mãos ou dedos cortados com facões e por fim muitas acabam queimadas vivas.
 
Enquanto a tortura acontece, a comunidade observa inerte, nem mesmo a polícia intervém na carnificina. Alguns especialistas dizem que em lugares que ainda possuem essa tradição, as ações se tornaram mais violentas e cruéis com a ação de gangues e uma mistura de álcool, drogas e falta de informação.