Guiné-Bissau-O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, está a partir de agora a residir no Palácio da República, na capital, disse uma fonte do seu gabinete.
Parcialmente destruído na guerra de 1998-99, o edifício foi recuperado pela China no âmbito da cooperação entre os dois países e foi entregue em Julho, após 18 meses de obras de reabilitação e ampliação que custaram 6,5 milhões de euros.
De acordo com a mesma fonte, o Presidente esperava apenas por equipamento e mobiliário para realizar a mudança, que se concretizou no domingo.
Serifo Nhamadjo residia até agora na Casa de Pedra, junto às instalações da Presidência da República, na Avenida da Unidade Africana. Os conselheiros de Serifo Nhamadjo vão, no entanto, continuar a trabalhar nas instalações da presidência e a mudança fica para mais tarde.
O Palácio da República, o mais emblemático edifício público da Guiné-Bissau, deixou de ser utilizado a 07 de Maio de 1999, quando a então Junta Militar do general Ansumane Mané bombardeou o edifício por acreditar que o presidente Nino Vieira estaria escondido no imóvel.
Na realidade, quando a Junta invadiu Bissau, já Nino se tinha posto em fuga: escondeu-se primeiro na casa do bispo de Bissau e mais tarde na Embaixada de Portugal de onde sairia dias depois para um exílio de sete anos em Portugal.
O palácio tinha sido construído por Portugal ainda no tempo colonial e o último embaixador português no país cedeu ao Governo guineense a maquete e a memória descritiva do edifício, que se destaca pela imponência, no centro de Bissau.
Entretanto, com as mudanças agora realizadas, o primeiro-ministro de transição, Rui Duarte Barros, vai também ocupar novas instalações, referiu fonte da presidência. Está previsto que passe a morar na Casa de Pedra e a trabalhar no espaço que era utilizado por Nhamadjo.