Egipto-Os apoiantes do presidente deposto Mohammed Morsi não cedem um milímetro e aguardam a todo o momento uma ação das autoridades de facto para os dispersar. São dois os locais onde os manifestantes resistem às ordens dos militares liderados pelo general Abdel Fattah al-Sisi. Recusam sair e exigem que o chefe de Estado deposto, apoiado pela Irmandade Muçulmana, seja recolocado no cargo.
“Este é um protesto para todos os filhos do Egito e qualquer tentativa de nos cercar ou de nos impor uma morte lenta, com o corte de mantimentos ou eletricidade, é um crime. Os responsáveis hão de responder pelos actos. Também, a morte de egípcios com base em diferenças políticas, como tem estado a acontecer com a polícia e os militares, será punida e poderá inflamar todo o Egito”, diz Gamal Heshmat, líder sénior da Irmandade Muçulmana.
Os militares anunciaram que as operações iriam começar esta madrugada. Consideram as manifestações uma ameaça à segurança nacional e dizem estar a preparar uma nova transição política para a sociedade civil. Desde o golpe de Estado já morreram 300 pessoas.