Bissau - A antiga ministra da Justiça guineense, Carmelita Pires, anunciou quarta-feira passada, em Bissau, a sua candidatura à liderança do Partido Unido Social Democrático (PUSD).
A antiga ministra da Justiça da Guiné-Bissau explicou que o anúncio da sua candidatura foi oficializado na quarta-feira última na sede do PUSD, na capital guineense, e que essa candidatura será levada ao congresso do PUSD, que vai ter lugar "na primeira semana de Setembro".
"Espero com esta candidatura conseguir reestruturar e reorganizar o meu partido porque estamos na iminência de mais um processo eleitoral", afirmou Carmelita Pires, referindo-se às eleições gerais marcadas para 24 de Novembro pelas autoridades de transição guineenses.
"Estou convencida de que vou conseguir fazer com que o PSUD volte a entrar na vida política guineense e aspire mais do que ser uma terceira força", acrescentou.
Para antiga ministra da Justiça, o que distingue o PSUD dos "partidos ditos maioritários" na Guiné-Bissau é que "nunca efectivamente teve totalmente as rédeas da governação do país".
O PSUD "é um partido que tem um projecto de sociedade, um partido inserido na realidade guineense que certamente irá medir forças políticas com os outros partidos maioritários -- e que poderá fazer a diferença e contribuir seriamente para a mudança na Guiné-Bissau", frisou a responsável.
Carmelita Pires defendeu que "a primeira questão que tem de ser resolvida" na Guiné-Bissau é a "questão da estabilidade definitiva do país".
"Uma estabilidade do ponto de vista das instituições democráticas e da normalização da vida política. Isso é o ponto número um", sustentou.
Outras "questões principais" têm a ver com a "questão da reforma da classe política, porque a classe política também é responsável pela situação do país, e a reforma das Forças Armadas", disse Carmelita Pires, deixando mais detalhes sobre a sua candidatura e as prioridades e objectivos do partido.
Depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, quando os militares afastaram os dirigentes eleitos, estabeleceu-se um período de transição de um ano que foi prorrogado até ao final deste ano.
O Presidente da República de transição, Serifo Nhamadjo, e o primeiro-ministro de transição, Rui Duarte de Barros, têm reafirmado a vontade de realizar eleições gerais a 24 de Novembro com método de recenseamento manual de eleitores.