Obama-Durante a sua excursão pela África, no Senegal, o presidente americano levantou a problemática da discriminação aos homossexuais, pedindo uma igualdade de direitos. Obama comentou sobre esta questão, após o encontro com o presidente Macky Sall.
O presidente senegalense respondeu, dizendo que o Senegal era um país tolerante, mas que não se encontra em condições de receber esta abertura nem preparado para descriminalizar a homossexualidade. O povo africano ainda é um povo reservado, e a homossexualidade é vista como um crime. A imensa popularidade do presidente Barack Obama sofreu um revés, mesmo no Quénia o país natal do seu pai.
Os actos homossexuais são ainda um crime em 38 países africanos, onde a maioria das pessoas possuem visões religiosas conservadoras. Obama sofreu críticas, inclusive de um pastor que a propósito disse que “nós como cristãos não podemos apoiar o homossexual qualquer que seja o custo”.
O presidente americano acredita que os hábitos, costumes, religião devem ser respeitados, porém a lei deve ser de igualdade para todos.Contudo, apesar das críticas, a declaração de Obama causou alegria e esperança entre homossexuais em África.
Alguns homossexuais disseram que Obama estabeleceu um exemplo que esperam ser seguido por outros, porque, segundo eles, o que eles querem é viver em paz e sem medo.
Obama defrauda quenianos
O presidente dos EUA, de raízes quenianas, tem que provar a um público desiludido que dá importância ao país de seu pai.
Muitos africanos sentem um vínculo com Obama, que é filho de um queniano já falecido, mas manifestam frustração com o facto de ele não ter mantido com o continente o mesmo envolvimento que os seus antecessores, George W. Bush e Bill Clinton. Durante o seu primeiro mandato, Obama apenas fez uma visita de um dia ao continente africano, no Gana.
Após muitas críticas e até tarde, o presidente americano, encontra-se a fazer visitas em alguns países democráticos da África-subsariana com objectivo de reforçar os laços de cooperação económica e política. Obama fez uma excursão pelo Senegal, África do Sul e Tanzânia.
Quenianos manifestaram um desagrado desta visita, uma vez que o Presidente americano tem laços sanguíneos de origem queniana e não visitou o país.
Em resposta às reclamações e críticas levantadas, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que a “cronometragem não estava certa” para ele viajar a terra natal de seu pai, durante sua actual turnê em África.
Numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo sul-africano Jacob Zuma, em Pretória, Obama disse que a sua ausência do Quénia dependia de questões “sensíveis” e organizativas do próprio Quénia que tem trabalhado sobre o assunto com a comunidade internacional.
Obama referia-se ao julgamento iminente de Kenyatta, pelo seu suposto papel na violência mortal que matou de mil pessoas após as eleições de 2007 no Quénia.
“O momento não era certo para mim, como presidente dos Estados Unidos visitar o Quénia, quando essas questões precisam ser trabalhadas”, disse Obama.
Para finalizar o presidente salientou que tem expectativas futuras de pisar a terra natal.