África - O professor de direito da Universidade António
Agostinho Neto, Sebastião Isata, advogou sexta-feira à necessidade da promoção
da cultura democrática, como caminho para acabar definitivamente os conflitos no
continente africano.
O docente defendeu três ponto de vista numa palestra
subordinada ao tema “África razão dos conflitos, situação da unidade africana e
caminhos a seguir para estabilidade do continente”, realizado no cine teatro do
Bié, no âmbito dos 50 anos da União Africana.
“O respeito aos direitos humanos, promoção de boa governação,
a consolidação do primado da lei e dos estados de direito, da democracia
política e democracia económica, elevação do nível cultural e educacional dos
africanos são indispensáveis para o progresso de África”, reforçou.
Considerou ainda que o ser humano é a maior riqueza de
qualquer país, mais a educação é fundamental, para tal deve tornar-se a
preocupação primária dos estadistas a nível do continente.
“Toda a riqueza do mundo comparada com a sabedoria é como um
grão de areia”, enfatizou.
A África, salientou a fonte, necessita de trabalhar
seriamente para a superação da pobreza e das dificuldades socioeconómicas que o
continente depara.
Devido a instabilidade de África, segundo a fonte, 200
milhões de habitantes estão desprovidos de água potável, 25 milhões infectados
com o vírus do HIV/Sida, 200 milhões sofrem de paludismo crónica, em cada três
segundos morre uma criança,resultante de patologias preveníveis.
Mostrou-se ainda preocupado com divida externa do continente
“berço da humanidade”, sublinhando que actualmente ronda em 213 biliões de
dólares norte-americanos, agravando a vida dos seus povos.
A nível da SADC, Angola joga e continuar a desempenhar um
papel brilhante na pacificação dos países, estabilização económica e outros
feitos, em benefício do cidadão que habita e não só na região.
Todas as conquistas, no entender do docente Sebastião Isata,
foram graças a visão do Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, que em
primeira estância conquistou a paz e granjeou o respeito/dignidade para com
África e o mundo em geral.
A União Africana (UA) foi fundada em 2002 e é a organização
que sucedeu a Organização da Unidade Africana (OUA), tendo como missão a ajudar
na promoção da democracia, direitos humanos e desenvolvimento económico do
continente, especialmente no aumento dos investimentos estrangeiros por meio do
programa Nova Parceria para o desenvolvimento de África.
A organização tem ainda como objectivos a unidade e a
solidariedade africana, defendendo a eliminação do colonialismo, a soberania dos
estados africanos e a integração económica, além da cooperação política e
cultural no continente.